domingo, 14 de novembro de 2010

"Dezenas de saharauis estão a ser enviados para a Prisão Negra de El Aiún"


Segundo divulgou hoje a CODESA (Colectivo Saharaui de Defensores dos Direitos Humanos) — organização dos DDH presidida por Aminetu Haidar —, a repressão prossegue sete dias passados sobre a brutal invasão desencadeada pelas forças marroquinas contra o acampamento de Gdeim Izik. Segunda a ONG saharaui, a polícia marroquina enviou dezenas de saharauis para a prisão Negra de El Aiún

A CODESA cita várias testemunhas que asseguram que "as autoridades marroquinas detiveram dezenas de civis que, uma vez identificadas como saharauis, são submetidas a torturas e ameaças, Tais acções levaram muitos saharauis a abandonar as suas casas por temerem a repressão, ante a presença de centenas de militares e forças policiais por toda a cidade".

A CODESA assegura que a "polícia marroquina irrompeu às 13 horas do dia 13 de Novembro (Sábado) na casa de El-kaouri Lehoymad, onde detiveram três dos seus filhos: Lehoymad Hammadi, Bachri Lehoymad e Barka Lehoymad, apreenderam um computador e outros pertences, além de exercer brutalidade contra o filho mais novo Sidi Ahmed Lehoymed".

Segundo o comunicado da CODESA, "a policia invadiu a casa de Toubali Ahmed Elhafed em busca do seu filho Abdellahi Toubali, membro do Comité de diálogo no acampamento Gdeim Izik, e irrompeu também nas casas de um grupo de cidadãos saharauis perto da mesquita, entre elas as vivendas de: M'barek Boumesmar, Bacher El Mahmoudi, a casa da família dos defensores saharauis dos direitos humanos Sidi Ahmed Lamjayed e a família Sid Ahmed Charkaoui. Foram presas 12 pessoas, sem que se saiba o seu destino e os motivos da sua detenção", acrescenta.

Também ontem, foi "detido por um grupo especial intervenção Abdullah Lkhfwani, Fadel Akmash, membro do Comité de diálogo do acampamento saharaui de Gdeim Izik, e Lehcein Elkentawi".

Muitas vítimas saharauis continuam a sofrer as consequências da tortura e da violência por parte das tropas marroquinas, entre eles contam-se: Safiya Fadhel Mohamed Laaroussi, com fracturas nos dois ombros, Aziza Cheikh Aibid, que teve um aborto em consequência das torturas infligidas, Elhoçaini Mahmoud Elarabi, com fractura de ossos, Brahim Naji, com fracturas nas costelas, Mohamed Soyeh, fracturas na coluna e desaparecido, Yahdih Hammad, fractura no pescoço, Sadik Farah, fracturas nas mãos.



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