sábado, 23 de abril de 2011

Invenções - Caneta Esferográfica


Era necessário criar uma caneta que não borrasse, ou cuja tinta não secasse no depósito. A um certo tipógrafo, ao observar a rotativa, ocorreu-lhe que seria possível fabricar uma caneta baseada no mesmo processo, por meio de um cilindro cheio de tinta. Após meses de trabalho, ele, o irmão e um amigo conseguiram criar um modelo em que a tinta molhava uma bolinha de aço por meio da pressão de um pistão de rosca sobre o reservatório de tinta. Este foi um dos inventos mais bem sucedidos do século 20. As clássicas e elegantes canetas tinteiro de outrora são usadas por uma minoria, até por uma questão de preço. Em agosto de 1944, a revista americana Time publicou uma nota sobre o invento, lembrando que era a única caneta que permitia escrever a bordo de um avião, porque a tinta não vazava. A nota informava ainda que as forças armadas americanas queriam comprar 20 mil unidades. O inventor húngaro chamado László Bíró recebeu da empresa americana Eversharp uma proposta de compra dos direitos da invenção para os EUA por 2 milhões de dólares. O negócio foi fechado e as esferográficas tornaram-se moda em Nova York. Baratas, descartáveis e de funcionamento simples. Uma pequena esfera de tungsténio com 1 mm de diâmetro gira na ponta de um tubo contendo tinta. Ela consegue movimentar-se em todas as direções, algo que a pena da caneta tinteiro não consegue. Para evitar transbordamentos é preciso que a distância entre a esfera e a ponta metálica tenha a precisão de milésimos de mm. A tinta também tem que ser viscosa. Um barão, dono de uma pequena fábrica na França, comprou os direitos e construiu um império com as esferográficas.

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