segunda-feira, 11 de junho de 2012

O Euro 2012 na Ucrânia


A matança de animais na Ucrânia tem gerado mundialmente um coro de protestos a que me associo.

Foi em Novembro de 2011 que sairam as primeiras notícias sobre o abate de mais de 60 mil cães e gatos de rua na Ucrânia, uma 'limpeza' feita em nome do Campeonato Europeu de Futebol, que a Ucrânia organiza juntamente com Polónia.

Os protestos não se fizeram esperar e reacenderam-se com o ínicio da competição no passado sábado. Ucrânia, Rússia e na Itália foram alguns dos países a organizar manifestações contra o governo da Ucrânia.


Não posso, contudo, deixar de denunciar também o que se passa com as pessoas. Se a defesa dos direitos dos animais tem toda a razão de ser face ao massacre de milhares de cães e gatos, a defesa dos direitos humanos também deveria estar nas prioridades de todos os defensores da liberdade e da democracia. E não me refiro apenas ao vergonhoso caso de Julia Timoshenko, líder da oposição ucraniana e ex-primeira-ministra condenada a sete anos de prisão. O boicote dos países europeus, apoiado pela filha de Timoshenko é de saudar (podem ler aqui a entrevista).

A Ucrânia é governada por um bando de mafiosos que, para além do massacre dos animais, resolveram dar "cursos de formação" a centenas de mulheres para turismo sexual durante o campeonato, utilizaram trabalho quase escravo para a construção dos estádios e utilizam a tortura diariamente. O que a mim me espanta é a UEFA ter escolhido esta candidatura.

Este relatório da Amnistia Internacional, com data de 30 de abril, é bastante elucidativo do que se passa no país.

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