segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"Um guião político para as Europeias de 2014" - Alexandre Abreu, João Rodrigues e Nuno Teles


Alexandre Abreu, João Rodrigues e Nuno Teles são 3 jovens economistas que se alinham à esquerda. São daqueles economistas que nunca vão aos telejornais porque as suas opiniões, propostas e soluções são antiliberais, são a favor das pessoas. Para os órgãos de comunicação social é muito melhor ouvir os mesmos que há quase 40 anos dizem o mesmo todos os dias. Alguns que até foram governantes e são também responsáveis pela situação da economia portuguesa.

Elaboraram um documento importantíssimo para a necessária reflexão que se avizinha para as próximas eleições para o Parlamento europeu no próximo ano.

Fundamental!

Conclusões:

No atual contexto, sabemos que as contradições colocadas pela Zona Euro à periferia
europeia não encontram em Portugal o seu expoente máximo. Todavia, tal
constatação não deve traduzir-se em maior tibieza por parte da esquerda portuguesa.

Pelo contrário, num quadro em que a diabolização da opção soberana tenderá a
crescer no espaço público, até na proporção em que a sua popularidade for
crescendo, é decisivo que a esquerda nacional consiga construir uma robusta
plataforma política soberana para o país que responda aos desafios políticos que se
colocarão à União Europeia no futuro, sejam eles produto de uma correlação de
forças sociais favorável em Portugal ou em qualquer outro país da periferia
Europeia.

Uma Europa solidária de esquerda implica por isso a ativa mobilização contra uma
integração europeia em cujo centro está a neoliberalização assimétrica do espaço
europeu. Assim, a campanha de uma força de esquerda que queira ser portadora de
um projeto de esperança para os que aqui vivem tem de saber articular três grandes
linhas: desobediência e recusa das perdas passadas e futuras de soberania, porque
quem manda aqui é o povo português; renegociação da dívida, porque esta foi o
produto de uma integração disfuncional e constitui um fardo intolerável; e exigência
de saída do Euro, porque é a única forma de recuperarmos os instrumentos de
política sem os quais não existe a escolha de que é feita a soberania democrática.


Na íntegra aqui

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