A manhã sobe
na minha vidraça.
Ó penumbra nítida!
Ó claridade!
A manhã rebenta
como explosão.
Salto remoçado
da cama pró chão.
Ó realidade
crescida, sincrónica,
sempre afirmação
só para quem ama!
A manhã vibrou
numa gota fina
suspensa da folha
que à janela assoma.
Que manhã tão fria
me anuncia inverno.
Quanto arrepio
na minha cidade.
Medito na vida
ano após ano.
Um mês repetido
sempre um desengano.
Ruy Cinatti
Sem comentários:
Enviar um comentário