Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
"Quero andar a pé! Posso?"
Não tem carro? Tem carro e é uma pessoa civilizada? Então este blogue interessa-lhe.
Em campanha eleitoral para as eleições autárquicas, quando se fala muito de túneis, rotundas e parques de estacionamento, o direito das pessoas, em contraponto com o "direito" dos carros, é uma questão premente.
Visite e participe!
Em campanha eleitoral para as eleições autárquicas, quando se fala muito de túneis, rotundas e parques de estacionamento, o direito das pessoas, em contraponto com o "direito" dos carros, é uma questão premente.
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World Press Photo - 1979 - David Burnett
Sa Keo - campo de refugiados, Tailândia, Novembro de 1979.
Uma mulher cambojana espera a alimentação para o seu filho.
Foto de David Burnett
Tango
Unesco declara o tango património cultural imaterial da Humanidade
Esperamos que o mesmo aconteça com o Fado.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Lamentável!
O Presidente da República abriu uma guerra institucional.
Numa altura em que Portugal vai ter um Governo minoritário, Cavaco Silva só veio gerar a confusão.
É lamentável.
Ficamos a saber que a Presidência tem problemas de segurança no seu sistema informático. Ficamos a saber que o Presidente acha normal que um membro da sua Casa Civil possa falar sobre o que quiser e informar quem quiser. Acusa membros do Governo e do Partido Socialista de querer desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos, mas não diz quem são. A título excepcional, dá-nos o prazer de conhecermos a sua interpretação pessoal dos factos.
Assim não, Sr. Presidente.
Numa altura em que Portugal vai ter um Governo minoritário, Cavaco Silva só veio gerar a confusão.
É lamentável.
Ficamos a saber que a Presidência tem problemas de segurança no seu sistema informático. Ficamos a saber que o Presidente acha normal que um membro da sua Casa Civil possa falar sobre o que quiser e informar quem quiser. Acusa membros do Governo e do Partido Socialista de querer desviar as atenções do debate eleitoral das questões que realmente preocupavam os cidadãos, mas não diz quem são. A título excepcional, dá-nos o prazer de conhecermos a sua interpretação pessoal dos factos.
Assim não, Sr. Presidente.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
27 de Setembro - dia da MPB
No Dia da Música Popular Brasileira, uma música de Chiquinha Gonzaga por Adriana Calcanhotto: A Brasileira
sábado, 26 de setembro de 2009
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Não à maioria absoluta!
Domingo há eleições para a Assembleia da República.
Neste blogue, a principal preocupação é a de que não haja maioria absoluta de nenhum partido.
As experiências que o país já teve com uma maioria absoluta (Cavaco Silva, José Sócrates) foram um verdadeiro desastre. Quem a tem torna-se incapaz de dialogar, de ouvir, de se auto-criticar. A convicção passa a ser um caso de fé. Perde-se a razão e a capacidade de encarar os outros como pessoas, seres humanos com problemas, sentimentos, alegrias e tristezas.
Independentemente das nossas opções políticas, pensamos que o fundamental é que o voto seja um voto contra. Contra a maioria absoluta.
Assim vai a Europa - 10 - França
Porque é que os trabalhadores da France Télécom estão a suicidar-se? - um artigo de Adam Sage no Times
"The Age of Stupid" - 1
The Age of Stupid é o novo documentário de Franny Armstrong, realizador de McLibel.
Sinopse: um homem idoso a viver num mundo devastado em 2055 pergunta: porque é que não impedimos as alterações climáticas enquanto podíamos?
Um documentário/drama/animação que já está a dar que falar.
The Age of Stupid Global Premiere Video News Release from Age of Stupid on Vimeo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Qual é a tua oh Ana?
Ontem foi noticiada pelo Ministério da Saúde a 1ª morte de um doente com Gripe A.
Afinal a morte foi devida a complicações renais. Qual o interesse nesta falsa notícia?
Afinal a morte foi devida a complicações renais. Qual o interesse nesta falsa notícia?
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Curiosidades da língua portuguesa - "Dar/receber luvas"
Dar/receber luvas
Significado: Subornar ou aceitar suborno.
Origem: Esta expressão provém do espanhol dar para guantes, onde era sinónimo de propina, isto é, de gratificação. É curioso: nós, quando damos uma gorjeta, às vezes, especificamos “É para um café…”, por exemplo. Já nuestros hermanos ofereciam uns trocos para a aquisição de luvas. Em França usa-se pourboire (para beber) com o mesmo sentido.
Outra explicação: Receber luvas é prática que já vem de longe. A expressão tem mais de quinhentos anos e surgiu em Espanha, em pleno Império dos Habsburgos. Na época das luvas perfumadas, símbolo de estatuto social elevado, davam-se ofertas em dinheiro a troco de favores para poder comprar luvas. A expressão saltou para França e ainda hoje é usada na Europa.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Petição - Por África!
On September 24 and 25, twenty of the world's developed countries and emerging economies will gather in Pittsburgh, Pennsylvania for the G20 Summit. The summit is a follow-up to meetings last November and April in Washington D.C. and London, respectively.
The Pittsburgh Summit offers another chance to bring Africa into the center of the global economy recovery. In today's interconnected world, Africa has enormous potential and offers a wealth of untapped agricultural, energy and intellectual resources that could help resolve the global food, financial and climate crises. In an effort to recognize the important role that the continent plays in today's world, the G20 should agree to hold the next G20 Summit in Africa. Africa must be part of the solution.
The upcoming gathering also offers the G20 an opportunity to build on previous commitments made in Italy and London at the G8 and G20 Summits earlier this year. ONE is urging the G20 to do the following:
* Ensure that pledged agriculture funding is coordinated and comprehensive;
* Provide clarity on the $20 billion pledged as part of the L'Aquila Food Security Initiative and expand participation to additional G20 members;
* Ensure that any global climate deal mobilises funding to support the response to climate change in developing countries;
* Agree on a down-payment to help developing countries deal immediately with the impact of climate change and build trust in international negotiations;
* Ensure that any Doha Deal enables African countries to benefit from increased trade opportunities through specific progress in the area of subsidies, market access, aid-for-trade and policy space;
* If such a deal is not possible through Doha, developed countries should each agree to implement a set of rules and policies to improve the trade and investment climate in Africa.
* Catalyze an international assessment on what is needed to achieve the MDGs by 2015 and an African-driven action plan;
* Increase and improve health and education financing;
* Support efforts that strengthen African efforts to improve governance and accountability
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Roberto Bolaño - 1
Na semana do lançamento do livro 2666 de Roberto Bolaño, dedicamos esta semana alguns posts a este escritor.
domingo, 20 de setembro de 2009
Livro Recomendado - "Barroco Tropical"
CAPÍTULO 1
Uma mulher a cair do céu.
Contei os segundos entre o instante do relâmpago e o do trovão – um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete. Depois multipliquei por trezentos e quarenta, a velocidade do som em metros por segundo, para calcular a distância a que caíra o primeiro raio: dois quilómetros, trezentos e oitenta metros. Calculei o segundo, o terceiro, o quarto. A tempestade avançava veloz na nossa direcção. Soube onde iria cair o quinto raio um instante antes que o céu se abrisse.
Kianda estava cerca de cem metros à minha frente e avançava, avançava sempre, como num palco, empurrada pela luz. Os sapatos afundavam-se na terra, vermelho laca sobre vermelho velho. Ao longe dançavam palmeiras. Ainda mais ao longe erguia-se a sólida silhueta de um imbondeiro. Kianda caminhava muito direita, de rosto erguido, as belas mãos, de dedos longuíssimos e finos, cruzadas sobre o peito. A luz era uma substância dourada e densa, quase líquida, à qual se colavam folhas secas, papéis velhos, a fina poeira afogueada, matéria que o vento ia erguendo nos seus braços tortos.
O meu amor continuava a avançar de encontro à massa negra das nuvens. Lembrei-me das palavras de um famoso crítico de música, um velho inglês, um tanto excêntrico, tentando explicar o sucesso dela: “O que primeiro nos cativa é o contraste entre a fragilidade da silhueta, estranhamente angulosa, estranhamente elegante, e a altiva ferocidade do olhar. A voz poderosa e delicada. Apetece ao mesmo tempo protegê-la e espancá-la”.
Kianda entrou na chuva. O leve vestido de seda, de um encarnado muito vivo, colou-se-lhe à pele, enquanto ia mudando de cor, para um tom escuro, quase roxo. O amplo decote nas costas deixava ver as duas asas azuis que Kianda tatuou numa viagem ao Japão. A mim impressionam-me sempre, por melhor que as conheça, devido ao detalhe das penas e à técnica, em tromp l’oeil, que cria uma ilusão de relevo. As asas movendo-se ao ritmo da respiração. A furiosa cabeleira em chamas, que tantas mulheres tentam imitar, apagou-se, perdeu volume e brilho, alongando-se sobre o firme desenho dos ombros.
Abri a porta e saí do carro, um Chrysler antigo, amarelo torrado, uma peça de colecção. O vento húmido fustigou-me o rosto. Gritei o nome dela, mais alto que o ribombar da tempestade. Kianda voltou-se para mim, ao mesmo tempo que erguia os olhos, num espanto mudo....
José Eduardo Agualusa
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