Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
"Los dueños del agua, El monopolio de NESTLÉ"
terça-feira, 28 de outubro de 2014
Assim vai a Europa! - Rémi Fraisse
Après la mort du militant, opposé à la construction du barrage de Sivens, le président du Conseil général du Tarn a de son côté annoncé à Europe 1 suspendre les travaux jusqu'à vendredi.
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
domingo, 26 de outubro de 2014
Di Cavalcanti - m. 26/10/1976
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976) foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro e muralista. Sua arte contribuiu significativamente para a distinção da arte brasileira entre outros movimentos da época com suas reconhecidas cores vibrantes, formas sinuosas e temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral.
Assim vai a Europa - "Marinaleda" - um exemplo
Marinaleda is a town and municipio of the province of Seville, Andalusia, Spain. The town is a self-identifiedsocial-democratic and cooperative municipality of 2,700 people; The town has been described as communist for its collectivist economy. In 2008, its population was 2,708 people in an area of 25 km.
Assim vai a Europa! - "Mondragon"
The MONDRAGON Corporation is a corporation and federation of worker cooperatives based in the Euskadi. Founded in the town of Mondragón in 1956, its origin is linked to the activity of a modest technical college and a small workshop producing paraffin heaters.
Um exemplo de uma alternativa ao capitalismo selvagem que nos querem impor.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Revolução Húngara de 1956
A Revolução Húngarade 1956 ou Contra-Revolução foi uma revolta popular espontânea contra as políticas impostas pelo governo da República Popular da Hungria e pela União Soviética. O movimento durou de 23 de outubro até 10 de novembro de 1956.
Assim vai a Europa! - "Ten myths about migration"
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
"Je me suis juré de mourir en peignant"
As Fotos que já marcaram o século XXI (III)
A heart-wrenching picture of a mother and child at an an emergency feeding centre in in Tahoua, Niger. [2005]
An indigenous woman holds her child while trying to resist the advance of Amazonas state policemen in Manaus who have been sent to evict natives. [2008]
terça-feira, 21 de outubro de 2014
Assim vai a Europa! - "Belgique: le spectre du fascisme"
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
domingo, 19 de outubro de 2014
"Why is the world ignoring the revolutionary Kurds in Syria?"
"O meu bairro tem gente de todas as cores"
Gostei tanto deste artigo que não posso deixar de o publicar:
O meu bairro tem gente de todas as cores e eu gosto de viver assim. Gosto de Lisboa com esta variedade na fila do supermercado, mistura de portugueses, imigrantes e turistas. Quando chego tarde a casa gosto de poder passar pela loja dos indianos, entender-me e desentender-me com eles na dificuldade das línguas. Um é de Gujarat, o outro do Punjab, um terceiro de Nova Deli, mas só me disseram isso depois de lhes perguntar se vinham do Paquistão, mas ficámos bem no fim da conversa. Mesmo ao lado fica a loja dos frangos assados que fecha mais cedo, ainda assim depois da oficina de metalurgia e do lugar da Lourdes que tem pão alentejano, queijo fresco e boa fruta.
É um bairro que tem gente que gosta de conversar e que vou conhecendo. A alemã seca e despenteada que espera no semáforo as moedas para o dia-a-dia. O nepalês que desmaiou de álcool e tristeza na esquina e sorriu para a rapariga da ambulância amarela. As indianas de saris coloridos a empurrar à vez o baloiço no parque infantil. O moçambicano do quiosque de jornais que faz de conta que não gosta de ninguém. Os italianos dos gelados que em pouco tempo se tornaram gente do bairro. A galeria de arte cheia de história e de artistas, com um pátio maravilhoso lá atrás. O jardim com crianças e pais e avós e velhos que jogam dominó, lagos de águas sujíssimas com patos e tartarugas.
Meses a fio apanhei o autocarro que me liga rapidamente à Baixa e fiquei a conhecer algumas pessoas, algumas famílias. A mulher concentrada em leituras, minha companheira de sete ou oito paragens - descobrimos até amigos em comum. O jovem em desequilíbrio da quarta paragem, com o pai cheio de paciência a decifrar-lhe as palavras difíceis. A Irene reformada que segue até Alcântara para ver os amigos ou então vai comer torresmos à Feira da Luz. E a Lola do restaurante na Ajuda a ansiar pela entrada da Soraia quase bebé que a tratava por avó embora só se conhecessem dali. Soraia, minha querida, pintaste as unhas, estás tão bonita. Os turistas, franceses, holandeses, japoneses, velhos, novos, casais, grupos, solitários, a pedir informações e a conversar no espanto aéreo de quem está de passeio.
Um dia, estava a chover e uma senhora perguntou ao motorista se não podia fazer um desvio para a deixar mais perto de casa. Não posso, disse ele, não posso mudar. E foi então que a Soraia deixou de aparecer (dizem que os pais se separaram) e a Lola também (dizem que o restaurante fechou).
Toda esta gente é a Lisboa do princípio do século XXI. Uma cidade perde a identidade quando abre os braços aos que vêm de fora? Não perde, não, e tem tanto a ganhar.
Ana Sousa Dias - daqui.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Bons exemplos de resistência - "Occupy group buys, then cancels nearly $4 million of student debt"
terça-feira, 14 de outubro de 2014
"O menino que escrevia versos" - Mia Couto
- Ele escreve versos!
Apontou o filho, como se entregasse criminoso na esquadra. O médico levantou os olhos, por cima das lentes, com o esforço de alpinista em topo de montanha.
- Há antecedentes na família?
- Desculpe doutor?
O médico destrocou-se em tintins. Dona Serafina respondeu que não. O pai da criança, mecânico de nascença e preguiçoso por destino, nunca espreitara uma página. Lia motores, interpretava chaparias. Tratava bem, nunca lhe batera, mas a doçura mais requintada que conseguira tinha sido em noite de núpcias:
- Serafina, você hoje cheira a Castrol.
Ela hoje até se comove com a comparação: perfume de igual qualidade qual outra mulher ousa sequer sonhar? Pobres que fossem esses dias, para ela, tinham sido lua-de-mel. Para ele, não fora senão periodo de rodagem. O filho fora confeccionado nesses namoros de unha suja, restos combustível manchando o lençol. E oleosas confissões de amor.
Tudo corria sem mais, a oficina mal dava para o pão e para a escola do miúdo. Mas eis que começaram a aparecer, pelos recantos da casa, papéis rabiscados com versos. O filho confessou, sem pestanejo, a autoria do feito.
- São versos, sim.
O pai logo sentenciara: havia que tirar o miúdo da escola. Aquilo era coisa de estudos a mais, perigosos contágios, más companhias. Pois o rapaz, em vez de se lançar no esfrega-esfrega com as meninas, se acabrunhava nas penumbras e, pior ainda, escrevia versos. O que se passava: mariquice intelectual? Ou carburador entupido, avarias dessas que do homem se queda em ponto morto?
Dona Serafina defendeu o filho e os estudos. O pai, conformado, exigiu: então ele que fosse examinado.
- O médico que faça revisão geral, parte mecânica, parte eléctrica.
Queria tudo. Que se afinasse o sangue, calibrasse os pulmões e, sobretudo, lhe estoreitassem o nível do óleo na figadeira. Houvesse que pagar por sobresselentes, não importava. O que urgia era pôr cobro àquela vergonha familiar.
Olhos baixos, o médico escutou tudo, sem deixar de escrevinhar num papel. Aviava já a receita para pupança de tempo. Com enfado, o clínico se dirigiu ao menino:
- Dói-te alguma coisa?
- Dói-me a vida, doutor.
O doutor suspendeu a escrita. A resposta, sem dúvida, o surpreendeu. Já Dona Serafina aproveitava o momento: Está a ver, doutor? Está ver? O médico voltou a erguer os olhos e a enfrentar o miúdo:
- E que fazes quando te assaltam essas dores?
- O que melhor sei, excelência.
- E o que é?
- É sonhar.
Serafina voltou à carga e desferiu uma chapada na nuca do filho. Não lembrava que o pai lhe dissera sobre os sonhos? Que fosse sonhar longe! Mas o filho reagiu: longe, porquê? Perto, o sonho aleijaria alguém? O pai teria, sim, receio de sonho. E riu-se, acarinhando o braço da mãe.
O médico estranhou o miúdo. Custava a crer, visto a idade. Mas o moço, voz tímida, foi-se anunciando. Que ele, modéstia apartada, inventara sonhos desses que já nem há, só no antigamente, coisa de bradar à terra. Exemplificaria, para melhor crença. Mas nem chegou a começar. O doutor o interrompeu:
- Não tenho tempo, moço, isto aqui não é nemhuma clínica psiquiátrica.
A mãe, em desespero, pediu clemência. O doutor que desse ao menos uma vista de olhos pelo caderninho de versos. A ver se ali catava motivo de tão grave distúrbio. Contrafeito, o médico aceitou e guardou o manuscrito na gaveta. A mãe que viesse na próxima semana. E trouxesse o paciente.
Na semana seguinte, foram os últimos a ser atendidos. O médico, sisudo, taciturneou: o miúdo não teria, por acaso, mais versos? O menino não entendeu.
- Não continuas a escrever?
- Isto que faço não é escrever, doutor. Estou, sim, a viver. Tenho este pedaço de vida - disse, apontando um novo caderninho - quase a meio.
O médico chamou a mãe, à parte. Que aquilo era mais grave do que se poderia esperar. O menino carecia de internamento urgente.
- Não temos dinheiro - fungou a mãe entre soluçoes.
- Não importa - respondeu o doutor.
Que ele mesmo assumiria as despesas. E que seria ali mesmo, na sua clínica, que o menino seria sujeito a devido tratamento. E assim se procedeu.
Hoje quem visita o consultório raramente encontra o médico. Manhãs e tardes ele se senta num recanto do quarto onde está internado o menino. Quem passa pode escutar a voz pausada do filho do mecânico que vai lendo, verso a verso, o seu próprio coração. E o médico, abreviando silêncios:
- Não pare, meu filho. Continue lendo...
Mia Couto
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Global Hunger Index 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
Prémio Nobel da Paz 2014 - Malala Yousufzai e Kailash Satyarthi
Quem é Malala?
Malala became a global advocate for the millions of girls being denied a formal education because of social, economic, legal and political factors. She started the Malala Fund to bring awareness to the social and economic impact of girls’ education and to empower girls to raise their voices, to unlock their potential, and to demand change.
Quem é Kailash?
"Ponto Final" - Baptista Bastos
Durante sete anos, às quartas-feiras, publiquei no Diário de Notícias, a convite expresso de João Marcelino, uma crítica de costumes e hábitos. Foram sete anos excelentes, de trabalho entendido como tal, e de uma estima comum que se converteu em amizade. Marcelino é um jornalista com os princípios marcantes de outro tempo, de integridade a toda a prova e de uma cortesia e camaradagem que se perdeu quando as palavras foram substituídas por números, e quem dirigia foi trocado por porta-vozes estipendiados. Como a personagem de Sartre, "je suis irrécuperable" na certeza das minhas convicções sem certezas absolutas. Vivo, ainda hoje, sob o fascínio das palavras e do seu poder subversivo. João Marcelino pertencia, e pertence, a essa estirpe de jornalistas conhecedora de que só as palavras aproximam os homens e nos ensinam da sua imperfeita grandeza. Ele e a sua equipa fizeram de um jornal cinzento, pusilânime e obediente um empreendimento cultural honrado e limpo. Honro-me de ter participado no projecto a que já não pertenço por motivos a que sou alheio.
Fui posto fora, mas não das palavras. Vou com elas, velhas amantes, para aonde haja um jornal que as queira e admita a indignação e a cólera como elementos de afecto, e sinais de esperança, de coragem e de tenacidade. Nunca João Marcelino admitiu recados nem aceitou encomendas enviesadas tendentes a amenizar o texto, portanto as ideias, do seu colaborador. Nos tempos que correm, o que em outros anteriores seria normal é, agora, virtude e coragem. Estou-lhe grato pela rectidão de carácter, tantas vezes demonstrada.
Claro que também tive o suporte de milhares de leitores. O número foi crescendo na medida em que eles percebiam que o autor não envilecera com a idade nem amolecera as indignações com o peso e as ameaças da época sombria. Na edição digital do DN, as minhas crónicas chegaram a obter 15 mil visualizações, dezenas de impressões e de envios. Admiti, tola soberba!, que havia quem encontrasse nas palavras semanais uma ração de esperança, um apelo à não desistência e um aceno de confiança na força interior de cada um. Apenas relato, não lamurio. Mas não posso calar o que me parece um acto absurdo, somente justificado pelas ascensões de novos poderes. Porém, esses novos poderes são, eles próprios, transitórios pela natureza das suas mediocridades e pelo oportunismo das suas evidências.
As palavras, meus dilectos, nunca são uma memória a fundo perdido. A pátria está um pouco exausta de tanta vilania, mas não soçobra porque há quem não queira. Se me aceitarem, estou entre esses. Não quero nem posso pôr um derradeiro ponto final no texto sem o dedicar a todos os que fizeram do Diário de Notícias o jornal que tem sido. E aos leitores que o ajudaram a ser.
Publicado a 08/10/2014 no DN
terça-feira, 7 de outubro de 2014
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
"Los Refugiados de Barrancos" - "Sin embargo, gracias a la humanitaria intervención del teniente portugués António Augusto de Seixas, se crean dos campos de refugiados junto a la localidad de Barrancos para alojar y proteger a este grupo de españoles."
Septiembre de 1936. Los últimos pueblos republicanos situados junto a Portugal son conquistados por las tropas del general Franco. Al igual que en Badajoz y otras poblaciones, la represión que desatan es brutal. El apoyo del dictador portugués Salazar a los golpistas no hace aconsejable huir hacia Portugal, pero para muchos es su única salida. De esta manera, cientos de personas deciden cruzar la frontera perseguidos de cerca por los sublevados. El procedimiento habitual de las autoridades portuguesas es entregarlos a sus aliados franquistas, que proceden a fusilarlos sin tardanza. Sin embargo, gracias a la humanitaria intervención del teniente portugués António Augusto de Seixas, se crean dos campos de refugiados junto a la localidad de Barrancos para alojar y proteger a este grupo de españoles.
Dirección:
Ángel Hernández García, Antonio Navarro Millán, Fernando Ramos Mena, Paco Freire Magariños y Pedro J. Martín Millán.
domingo, 5 de outubro de 2014
Filme Recomendado - "Os Maias"
O Cinema português está de parabéns, Os Maias de João Botelho é um belíssimo filme. As estrelas são minhas.
Apaixonada por cinema, cinéfila por amor, não sou crítica. Essa deixo-a aos entendidos, Recomendo a crítica de Carlos Melo Ferreira.
Não quero deixar de dizer o que mais gostei: os interiores, os cenários fabulosos (em particular do Chiado) e as interpretações fantásticas de Graciano Dias, como Carlos da Maia, e, em particular, a de Pedro Inês, como João da Ega. O Ega que imaginei sempre. Fabuloso!
As Fotos que já marcaram o século XXI (II)
A month and a half after the invasion began, U.S. Marine Kirk Dalrymple watches as a statue of Iraq's President Saddam Hussein falls in central Baghdad. [2003]
The Columbia Space Shuttle breaks apart during re entry [2003]
Mark Zuckerberg and Dustin Moscovitz in 2004, after they had just lauched FaceBook.
The Christian world mourns the passing of Pope John Paul II [2005]
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