domingo, 24 de maio de 2015

"Um cão, apenas" - Cecília Meireles



Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim — plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito —, eis-me no patamar. E a meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. E um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pêlo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas. Com um grande esforço, acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem…

Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves: acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. Mas eu não o queria vexar nem oprimir. Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para um tratamento… Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente, inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica.

Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens.

Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com as plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu.

Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis. Esteve ao meu alcance, talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim, humilhado, e tão digno, no entanto; como alguém que respeitosamente pede desculpas de ter ocupado um lugar que não era o seu.

Depois pensei que nós todos somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.

Cannes 2015 - Os vencedores


Palma de ouro - Dheepan de Jacques Audiard.



O resto aqui e aqui.

Este foi um sucesso em toda a linha:


Parabéns Miguel Gomes!

terça-feira, 19 de maio de 2015

"Observatório da Grécia" - um blogue para seguir


A nossa missão

O Observatório da Grécia é um site de informação independente que parte da constatação de que a evolução na situação económica e política da Grécia se reveste de enorme interesse para o nosso país, na medida em que partilhamos problemas comuns e o trajeto dos programas de ajustamento que ambos os países percorreram. O Observatório da Grécia parte também da necessidade de disponibilizar mais informação do que a que se pode atualmente encontrar, favorecendo uma leitura informada sobre os acontecimentos naquele país.

O Observatório da Grécia trabalhará sobre as muitas fontes disponíveis, quer na imprensa nacional e internacional, quer nas instituições que disponibilizam informação sobre a economia e sociedade gregas, procurando cruzar essa informação, confrontar posições, confirmar factos e fornecer informação tão completa e isenta quanto possível. Sendo este um site de iniciativa cidadã, agradecemos todos os contributos que os leitores nos possam fazer chegar que possam enriquecer este site e contribuir para os seus objetivos. Os autores permanentes deste Observatório são:


Ana Bastos
André Albuquerque
Andreia Quartau
Catarina Principe
Daniel Oliveira
Elísio Estanque
Eugénia Pires
Filipa Vala
Frederico Pinheiro
Isabel Moreira
Joana Lopes
João Madeira
João Ramos de Almeida
José Gusmão
José Luís Albuquerque
Margarida Santos
Mariana Avelãs
Nuno Tito
Paula Cabeçadas
Paula Gil
Ricardo Noronha
Rui Bebiano
Tiago Mota Saraiva

domingo, 17 de maio de 2015

International Day against Homophobia, Transphobia & Biophobia"



It was created in 2004 to draw the attention of policymakers, opinion leaders, social movements, the public and the media to the violence and discrimination experienced by LGBTI people internationally.

In under a decade, May 17 has established itself the single most important date for LGBTI communities to mobilise on a worldwide scale.

The Day represents an annual landmark to draw the attention of decision makers, the media, the public, opinion leaders and local authorities to the alarming situation faced by lesbian, gay, bisexuals, transgender and intersex people and all those who do not conform to majority sexual and gender norms.

May 17 is now celebrated in more than 130 countries, including 37 where same-sex acts are illegal, with 1600 events reported from 1280 organizations in 2014. These mobilisations unite millions of people in support of the recognition of human rights for all, irrespective of sexual orientation or gender identity or expression.

The International Day Against Homophobia, Transphobia and Biphobia is not one centralised campaign; rather it is a moment that everyone can take advantage of to take action.

The date of May 17th was specifically chosen to commemorate the World Health Organization’s decision in 1990 to declassify homosexuality as a mental disorder.

The International Day against Homophobia, Transphobia and Biphobia has received official recognition from several States, international institutions as the European Parliament, and by countless local authorities. Most United Nations agencies also mark the Day with specific events.


"Forum Europeen Alternatives"



WHY THE EUROPEAN FORUM FOR ALTERNATIVES?

The European Forum for Alternatives will be held in Paris, Place de la Republique, on May the 30 and 31.

ENFORCE THE PEOPLES ON THE EUROPEAN STAGE

The liberal Europe never stops to deny democracy, social needs and ecological development, rightly causing a strong popular rejection. By it’s very economical architecture the EU has suffered the brunt of the financial crisis of 2008 and increased its severity with the austerity policies. European peoples have resisted a lot, more and more together, facing with the attacks against public services, labor law, against democracy and basic human rights.

The arrival of SYRIZA in power in Greece has already changed the political landscape. An unprecedented showdown took place between the Greek people and their representatives, against the proponents of liberal Europe as Angela Merkel, the forces of money, banking, financial markets, the European Central Bank, the IMF and the European Commission.

FIGHT AND UNITE FOR AN ALTERNATIVE TO AUSTERITY IN FRANCE AND EUROPE

Our mobilization in Europe is the best asset for our Greek neighbours. France is a key country. Our people opened the debate about the nature of the European construction 10 years ago, by voting no to the European Constitutional treaty. Today, France is under pressure from the European Commission to "speed up the reforms" and the government is going in this same direction, with drastic budget cuts, ANI and Macron law, privatization. We are also a key country because of the “tripartism” scenario that must be thwarted, by raising a fourth force, the one of anti-austerity for a new political response from the left.

OPENING A SPACE FOR DIALOGUE, MAKING THE SOLUTIONS VISIBLE

The European Forum for Alternative is initiated by the Party of the European Left and Transform-Europe. The forum will materialize through debates, plenary and workshop, this major political ambition. The Forum, which will be an initiative of an unprecedented scale, is open from conception to implementation to all forces and interested citizens. Our goal is to organize a major political and popular event with the participation of at least 2,000 people, part European, high-level guests (European dimension of personalities including ministers of the new Greek government), political activists, unions, social movements. Saturday, May 30 in the evening, we will organize a big concert at Republic Square in Paris named "People standing."

"Petit garçon" - Thierrry Naiglin



Um vídeo sobra a obra de um pintor que muito admiro; Thierry Naiglin

sexta-feira, 15 de maio de 2015

B. B. King



"Apelo em apoio da Grécia que resiste e à sua Comissão pela Verdade sobre a Dívida Pública Grega Pelo direito dos povos a auditar a dívida pública"

Aos povos da Europa e do mundo!

A todos e todas os que rejeitam as políticas de austeridade e não aceitam pagar uma dívida pública que nos estrangula, que foi contraída sem nós e, contra nós.

Nós, signatários deste apelo, estamos junto do povo grego que, depois do seu voto nas eleições gerais de 25 de janeiro de 2015, é o primeiro povo da Europa – e no hemisfério norte - a repudiar as políticas de austeridade aplicadas em nome do pagamento de uma dívida pública contraída pelos de cima, sem o povo e contra o povo. Ao mesmo tempo, consideramos que a criação da Comissão pela Verdade sobre a Dívida Pública Grega, por iniciativa da Presidente do Parlamento grego, constitui um acontecimento histórico de fundamental importância, não só para o povo grego, como também para os povos da Europa e do mundo inteiro.

Na realidade, esta Comissão, composta por cidadãos e cidadãs voluntários chegados de toda a parte, sem dúvida estimulará iniciativas semelhantes em outros países. Em primeiro lugar, porque o problema da dívida é uma verdadeira peste que se abate sobre quase toda a Europa e não só. E ainda porque muitos milhões de cidadãos e cidadãs colocam, com redobrada razão, perguntas elementares mas fundamentais sobre a dívida:

• Que se passou com o dinheiro dos empréstimos? Que condições lhes estão subjacentes? Que juros já foram pagos, a que taxas e que parte do empréstimo já foi reembolsada? Como se acumulou a dívida sem que isso tenha beneficiado o povo? Que destinos foram dados aos capitais? Para que serviram? Que parte foi dispersa, por quem e como isso aconteceu?

E também:

• Quem pediu emprestado e em nome de quem? Quem emprestou e qual foi o seu papel? Como foi conseguido o envolvimento do Estado? Quem decidiu e como foram tomadas as decisões? Como se converteram em “públicas” as dívidas privadas? Quem impulsionou projetos inadequados e inúteis, quem contratou, quem foi beneficiado com eles? Foram cometidos delitos ou crímes com esse dinheiro? Por que não se formalizam responsabilidades civis, criminais e administrativas?

Todas estas perguntas vão ser analisadas de forma rigorosa pela Comissão criada por iniciativa da Presidente do Parlamento da Grécia e cujo mandato oficial postula a compilação de todos os dados relacionados com o surgimento e o desmesurado aumento da dívida pública, para submissão a minucioso escrutínio científico com o objetivo de definir que parte se pode identificar como dívida ilegítima, ilegal, odiosa ou insustentável. E isso, tanto durante o período dos Memorandos, entre maio de 2010 e janeiro de 2015, como em anos anteriores. A Comissão também deve publicar informações claras e acessíveis para todos os cidadãos, realizar declarações públicas, facilitar a tomada de consciência da população grega, assim como da comunidade internacional e a opinião pública internacional, e, finalmente redigir argumentações e propostas relativas à anulação da dívida.

Consideramos que constitui o mais elementar dos direitos democráticos, para qualquer cidadão ou cidadã, a colocação destas perguntas e obter respostas claras e precisas às mesmas. Entendemos que a recusa de respostas pressupõe uma denegação de democracia e uma recusa de transparencia por parte dos de cima, que inventaram o “sistema-dívida” para enriquecer os ricos e empobrecer os pobres. Ainda mais grave: consideramos que, ao monopolizar o direito de decidir sobre o destino da sociedade, os de cima privam a imensa maioria das cidadãs e cidadãos não só do seu direito a decidir e, sobretudo do direito de assumir os seus destinos próprios, assim como o de tomar as rédeas do destino da humanidade.

Por isso, dirigimos o urgente apelo seguinte a todos os cidadãos, aos movimentos sociais, às redes de movimentos ecologistas e feministas, aos sindicatos e às formações políticas que rejeitem esta cada vez menos democrática e humana Europa neoliberal:

• Manifestai a vossa solidariedade com a resistência grega apoiando, de forma ativa, a Comissão pela Verdade sobre a Dívida Pública Grega e o seu trabalho de identificação das suas parcelas ilegais, ilegítimas, odiosas ou insustentáveis.

• Defendei a Comissão dos indignos ataques com que a acossam aqueles que, na Grécia e no resto do mundo, estão interessados em manter oculta a verdade sobre o “sistema-dívida”. • Participai ativamente nos processos de auditoria cidadã da dívida que se estão desenvolvendo em muitos lugares, na Europa e fora dela.

• Partilhai nas redes sociais o vosso apoio e solidariedade, pois só semelhantes apoios e solidariedades podem frustrar o plano dos poderes que querem asfixiar a Grécia e o povo que luta contra os nossos inimigos comuns: as políticas de austeridade e a dívida que nos estrangula.

Estamos em confronto com adversários experimentados, unidos, bem coordenados, armados com poderes imensos e totalmente decididos a levar até ao final a sua ofensiva contra todos os que constituímos a esmagadora maioria nas nossas sociedades. Não podemos permitirnos o luxo de resistir separadamente, cada qual isolado no seu canto. Assim, unamos as nossas forças num vasto movimento de solidariedade com a resistência da Grécia. apoiemos a Comissão pela Verdade sobre a Dívida Pública grega e multipliquemos Comissões semelhantes onde seja possível.

A luta do povo grego é a nossa luta e a sua vitória será a nossa. A nossa união é a nossa força.

1. Immanuel Wallerstein, sociologist, historical social scientist, and world-systems analyst, USA
2. Noam Chomsky, MIT, USA
3. Ken Loach, film and television director, UK
4. Hugo Blanco Galdos, historico dirigente movimiento campesino indigeno, Peru
5. Etienne Balibar, philosophe, France
6. Frei Betto, writer, political activist, liberation theologist, Brazil.
7. Leonardo Boff, theologist and writer, Professor Emeritus of Ethics, Philosophy of Religion, and Ecology at the Rio de Janeiro State University, Brazil.
8. Gaillot Jacques, France, Évêque
9. Paul Jorion, Belgique, Détenteur de la chaire « Stewsardship of Finance », Vrije Universiteit Brussel, Belgium
10. Padre Alex Zanotelli- missionatio comboniano(Napoli- Italia)
11. Ada Colau (major candidate, Barcelona en Comú) Barcelona- Estat español
12. Susan George, honorary president of Attac-France ; president of the Transnational Instistute, France
13. Costas Isychos, Deputy Minister of National Defense, Greece
14. James Petras, retired Bartle Professor (Emeritus) of Sociology at Binghamton University in Binghamton, New York and adjunct professor at Saint Mary’s University, Halifax, Nova Scotia, Canada who has published prolifically on Latin American and Middle Eastern political issues, USA
15. ALBIOL GUZMAN Marina parlamentaria electa del Parlamento Europeo en las Elecciones al Parlamento Europeo de 2014 por la coalición de La Izquierda Plural.
16. DE MASI Fabio, Ökonom und Politiker (Die Linke). Bei der Europawahl 2014 wurde er in das Europäische Parlament gewählt.
17. CHRYSOGONOS Kostas, European parliamentarian, Syriza, Greece
18. LOPEZ BERMEJO Paloma, sindicalista y política española. Fue elegida eurodiputada, Izquierda Plural, Espana
19. Ransdorf Milislav, Member of the European Parliament for the Communist Party of Bohemia and Moravia, Czech Republic.
20. FORENZA Eleonora, , Parlamentaria Europea (L’Altra Europa con Tsipras) membro della segreteria nazionale del Partito della Rifondazione Comunista, Italia
21. Arcadi Oliveres, economista català i un reconegut activista per la justícia social i la pau, Catalunya
22. Jorge Riechmann, Jorge Riechmann, ensayista, poeta y profesor de filosofía moral (Universidad Autónoma de Madrid). Miembro del Consejo Ciudadano de Podemos en la Comunidad de Madrid.
23. Joanne Landy. Co-Director, Campaign for Peace and Democracy, New York City, USA
24. Tariq Ali, writer, UK
25. Mariana Mortagua, députée Bloco, Portugal
26. Cecilia Honorio, députée Bloco, Portugal
27. João Semedo, députée Bloco, Portugal
28. José Soeiro, député Bloco, Portugal
29. Jeffrey St. Clair,editor of CounterPunch, author of Born Under a Bad Sky and Grand Theft Pentagon, USA
30. Nico Cué, secrétaire général de la FGTB Métal, Belgium
31. Jaime Pastor, Profesor de Ciencia Política y editor de Viento Sur.
32. Michael Lowy, ecrivain, professeur, France
33. Paolo Ferrero, segretario nazionale del partito della Rifondazione Comunista- Sinistra Europea, Italia
34. Farooq Tariq , General secretary , Awami Workers Party, Pakistan
35. Andrej Hunko, depute Die Linke, Germany
36. Annette Groth, depute Die Linke, Germany
37. Mireille Fanon Mendes France ,Expert ONU, France
38. István Mészáros, Professor Emeritues of Philosophy, University of Sussex, Hungary/UK
39. Pierre Khalfa, coprésident de la Fondation Copernic, France
40. Aminata Traore, ancienne ministre de la culture du Mali
41. CARMEN LAMARCA PEREZ, catedratica de Derecho Penal Universidad Carlos III de Madrid, Espana
42. Francisco Louçã, Bloco de Esquerda, Portugal
43. Pablo Micheli, secrétaire général de la CTA (Central de los Trabajadores Autónoma de la Argentina)
44. Joxe Iriarte « Bikila », Miembro de la coordinadora nacional de la organizacion vasca, Alternatiba y de la coailicion Eh-Bildu.
45. Mary N. Taylor, member of editorial board, LeftEast website/Assistant Director, Center for Place, Culture and Politics, City University of New York., USA
46. Ahlem belhadj, pédopsychiatre ; militante féministe, Tunisie
47. Achin Vanaik, founding member of the Coalition for Nuclear Disarmament and Peace and a co-recipient of the International Peace Bureau’s Sean McBride International Peace Prize for 2000, India
48. Michel Warschawski, ecrivain-activiste, Israel
49. Eleonora Forenza, eurodeputata “L’Altra Europa con Tsipras”, Italia
50. Besancenot Olivier, NPA, France
51. Sol Trumbo Vila , Economic Justice, Corporate Power and Alternatives Program , Transnational Institute (TNI)
52. Jesper Jespersen,professor of Economics,Roskilde University, Denmark
53. Marta Harnecker, writer Chile
54. Michael A Lebowitz, economist Canada
55. Krivine Alain, NPA, France
56. Marco Revelli, professore universitario ed ex portavoce “L’Altra Europa con Tsipras”, Italia
57. Marcel Francis Kahn, medecin, France
58. Houtart Francois, Fundaciõn Pueblo Indio del Ecuador
59. SAMIR AMIN,Professeur d’Université,Président Forum Mondial des Alternatives, France
60. Mariya Ivancheva, member of editorial board, LeftEast website/Post-doctoral research fellow, University College Dublin, Ireland
61. Pablo Echenique, Podemos, Espana
62. Gustave Massiah (AITEC (Association Internationale des Techniciens Experts et Chercheurs),membre du Conseil International du Forum Social Mondial, France
63. Juan Carlos Monedero, Podemos, Espana
64. Achcar Gilbert, professor SOAS University of London, UK
65. Gerardo Pisarello (Barcelona en Comú) Barcelona -Estat Español
66. Paul Lootens, Président, Centrale Générale FGTB, Belgium
67. Vicent Maurí, Portavoz Intersindical Valenciana, Espana
68. Pablo Micheli, secrétaire général de la CTA (Central de los Trabajadores Autónoma de la Argentina)
69. Dr Pritam Singh DPhil (Oxford) ,Professor of Economics,Department of Accounting, Finance and Economics, Faculty of Business, Oxford Brookes University, Oxford, UK
70. Raúl Camargo Fernández, candidato en la lista de Podemos a la Comunidad
de Madrid. Miembro de Anticapitalistas, Espana
71. Miguel Benasayag, philosophe, psychanalyste, Argentina/France
72. Vincent DECROLY, ancien parlementaire fédéral indépendant, membre du Secrétariat de VEGA (Vert et de gauche), Belgium
73. Catherine Samary, économiste et altermondialiste, France
74. Harribey Jean-Marie, professeur de sciences économiques et sociales, France
75. Coutrot Thomas, économiste, porte parole d’Attac France
76. Aziki Omar, Secrétaire général, ATTAC/CADTM MAROC
77. Marga Ferré, Coordinadore General de areas Izquierda Unida, Espana
78. Vladimir Unkovski-Korica,member of editorial board, LeftEast website/ Assistant Professor, Higher School of Economics, Moscow, Russia
79. Alessandra Mecozzi,Libera International, Italia
80. Dr. Elmar Altvater, Politikwissenschaftler, Autor und emeritierter Professor für Politikwissenschaft am Otto-Suhr-Institut der FU Berlin., Germany
81. Guido Viale, economist, promotore della lista “L’Altra Europa con Tsipras », Italia
82. Gustave Massiah (AITEC (Association Internationale des Techniciens Experts et Chercheurs)membre du Conseil International du Forum Social Mondial, France
83. Dr Guy Standing,,Fellow of the Academy of Social Sciences, Professor in Development Studies, School of Oriental and African Studies,University of London. Co-President, Basic Income Earth Network (BIEN), UK
84. Julio Perez Serrano, Head of the Contemporary History Research Group, Faculty of Philosophy and Letters,Universidad de Cádiz, Espana
85. Roberto Musacchio, già eurodeputato, Italia
86. Véronique Gallais, militante et actrice de l’économie sociale et solidaire, membre du conseil scientifique d’Attac France
87. Jean Gadrey, économiste, Conseil scientifique Attac, France
88. Rossen Djagalov,member of editorial board, LeftEast website/ Assistant Professor, Koç University, Istanbul, Turkey
89. Paul Mackney – Co-Chair, Greece Solidarity Campaign, UK
90. Katz Claudio, economist, profesor, Argentina
91. Monique Dental, présidente fondatrice Réseau Féministe « Ruptures » France
92. John Weeks, economist. He is a Professor Emeritus of the School of Oriental and African Studies of the University of London, UK
93. Luciana Castellina, già deputata e già presidente Cultura del Parlamento Europeo, presidente onoraria ARCI
94. Tijana Okic, University of Sarajevo, Faculty of Philosophy, Philosophy, Faculty Member, Bosnia/Herzegovina
95. Josep Maria Antentas, profesor de sociología de la Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), Espana
96. David Graeber, London School of Economics, Usa/UK
97. Sergio Rossi, Full Professor & Chair of Macroeconomics and Monetary Economics, University of Fribourg, Switzerland
98. Óscar Carpintero,Profesor de Economía Aplicada,Facultad de Ciencias Económicas y Empresariales, Universidad de Valladolid, Espana
99. Geoffrey Harcourt, Emeritus Reader in The History of Economic Theory, Cambridge 1998 ; Professor Emeritus, Adelaide 1988 ; Visiting Professorial Fellow, UNSW 2010–2016, Australia
100. Janette Habel , universitaire, France
101. ANDREJA ZIVKOVIC, sociologist and member of Marx21, Serbia
102. Philippe Diaz, cinéaste, réalisateur de « The End of Poverty », USA
103. Attac Castilla y Leon . España.
104. Andrew Ross, Professor of Social and Cultural Analysis, New York University, USA
105. Lieben Gilbert, Secrétaire Générale CGSP Wallonne, Belgium
106. Esther Vivas, periodista, Estado español
107. Pierre Salama, economiste, professeur emerite des universités
108. Teresa Gómez, economista,miembro del Círculo 3E (Economía,Ecología y Energía) de PODEMOS
109. PACD (Plataforma Auditoria Ciudadana de la Deuda), Espana
110. Liliana Pineda, abocada, escritora -15M-movimiento por la defense de agua, Espana
111. Claude Calame,Directeur d’études, EHESS, ATTAC,Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, Centre AnHiMA (Anthropologie et Histoire des Mondes Antiques, UMR 8210), France
112. Teivo Teivainen, Professor of World Politics, University of Helsinki, Finland
113. Yannis Thanassekos, Professeur de Sociologie politique, ancien directeur de la Fondation Auschwitz, collaborateur scientifique à l’université de Liège, Belgium
114. Enrique Ortega,, professor-movimiento por la defense de agua, Espana
115. Dr. Karl Petrick,Associate Professor of Economics, Western New England University, UK
116. Rosa Moussaoui, grand reporter à L’Humanité, France.
117. Eric Corijn, Professeur Etudes Urbaines, Vrije Universiteit Brussel
118. Dr. Jorge Garcia-Arias,Associate Professor of Economics,University of Leon, Espana
119. Lankapeli Dharmasiri, member of the Polit Bureau of the NSSP, Sri Lanka
120. Colectivo Internacional Ojos para la Paz
121. Yves Sintomer, Membre de l’Institut Universitaire de France, Professeur de science politique, chercheur au CSU-CRESPPA (CNRS/Université Paris-Lumières), France
122. Prabhat Patnaik, Economist, New Delhi.
123. Roger Silverman, Workers’ International Network, UK
124. Des Gasper, professor of public policy, The Hague, Netherlands
125. Dr Julian Wells, Principal lecturer in economics, School of Economics, History and Politics, Faculty of Arts and Social Sciences, Kingston University, UK
126. Lluís Alòs i Martí, profesor economia,Barcelona
127. Benoit Hazard, Anthropologue, Institut interdisciplinaire d’Anthropologie du Contemporain (UMR Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales/ Centre National de la Recherche Scientifique), France
128. Bruno THERET, Bruno Théret, économiste, Directeur de recherche émérite au CNRS, université Paris Dauphine, France
129. Steve Keen, professor Head, School of Economics, Politics & History,Kingston University London, UK
130. Jennar Raul Marc, écrivain, France
131. Franchet Pascal, vice-président CADTM, France
132. Adda BEKKOUCHE,Juriste, France
133. Marie-Dominique Vernhes, Rédaction du « Sand im Getriebe » (ATTAC), France
134. Claude Serfati, Economiste, France
135. Samy Johsua, professeur émérite Aix Marseille université
136. Dr. Antoni Domenech, Full Professor of Methodology of Science Faculty of Economics, University of Barcelona, Espana
137. Bibiana Medialdea, economist, Espana
138. Judith Dellheim, Berlin, Zukunftskonvent, Germany
139. Dra. Patricia Britos (Universidad Nacional de Mar del Plata, Argentina)
140. Syed Abdul Khaliq, Focal Person, Executive Director Institute for Social& Economic Justice (ISEJ) Pakistan
141. María Elena Saludas, ATTAC Argentina / CADTM – AYNA, Argentina
142. Gerard PERREAU BEZOUILLE, Premier Adjoint honoraire de Nanterre, France
143. BENHAIM RAYMOND, CEDETIM, ECONOMISTE, France
144. António Dores, Professor Auxiliar com Agregação do Departamento de Sociologia do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES/ISCTE-IUL), Portugal
145. Annie Pourre, No Vox International, France
146. Pedro Ibarra catedrático ciencia política Universidad país vasco, Espana
147. Dan Gallin, Global Labour Institute, Geneva, Switzerland.
148. Cossart Jacques, économiste, France
149. Richard Danie, responsable syndicale FGTB, Belgium
150. Rome Daniel, Attac – Professeur d’économie gestion, France
151. ANGEL GARCÍA PINTADO (escritor y periodista), Espana
152. Gotovitch José, historien, Professeur hon. Université Libre de Bruxelles, Belgium
153. Nacho Álvarez, Professor of Applied Economics, University of Valladolid, Member of Podemos, Espana
154. Dr. Jeff Powell,Senior Lecturer, Economics,Department of International Business & Economics, University of Greenwich, Old Royal Naval College, London, UK
155. J. Francisco Álvarez DNI 41981064S Full Professor of Logic and Philosophy of Science. National Distance University of Spain. Madrid, Espana
156. Christian Zeller, Professor of Economic Geography, University of Salzburg, Austria
157. Dillon John,Ecological Justice Program Coordinator, KAIROS : Canadian Ecumenical Justice Initiatives, Canada
158. Jean-Claude SALOMON, DR honoraire au CNRS, conseil scientifique d’Attac, France
159. Dr.Oscar Ugarteche,Instituto de InvestigacioneEconómicas,UNAM,Ciudad,universitaria, Coyoacán, México DF04510,Coordinador OBELA, Mexico
160. Alberto Montero, economistas de Podemos, Espana
161. Dr Vickramabahu,new same society party- NSSP, Sri Lanka
162. João Romão, Music Sociologist, University of Leipzig, Germany
163. Michel Rouseau, Euromarches, France
164. Julio Alguacil Gómez. Profesor de Sociología. Universidad Carlos III de Madrid, Espana
165. Fernando Rosas, professeur universitaire, Portugal
166. Dr Neil Lancastle,Senior Lecturer, Department of Accounting and Finance, DE MONTFORT UNIVERSITY, LEICESTER, UK
167. Rosaria Rita Canale,Associate professor in Economic Policy, Dept. of Business and Economics, University of Naples « Parthenope », Italia
168. Antonio Baylos, Professeur du Droit de Travail. Université Castilla La Mancha, Espana
169. Abdallah Zniber, ancien président du réseau Immigration Développement Démocratie (IDD) – France
170. Eric Fassin, sociologue, Université Paris-8, France
171. Paul Ariès, politologue, rédacteur en chef du mensuel les Zindigné(e)s, France
172. Nuno Rumo, Democracia e Divida, Portugal
173. Roland Zarzycki, Not Our Debt, Poland
174. Nicolas Sersiron, Président cadtm France et auteur, France
175. Noemi Levy, phd in economics. Chair professor Noemi Levy, UNAM. Economic Faculty, Mexico
176. Domenico M. Nuti, Emeritus Professor, Sapienza University of Rome, Italia
177. Christine Pagnoulle, ATTAC Liège, Université de Liège, Belgium
178. . Dr Judith Mehta, heterodox economist, recently retired from the University of East Anglia, Norwich, UK.
179. Maria João Berhan da Costa, CADPP, Revista Rubra, Habita, Portugal
180. Héctor Arrese Igor, profesor Universidad de Buenos Ayres, Argentina.
181. Ciriza Alejandra, Dra. en Filosofía por la UNCuyo. Investigadora Independiente del CONICET, INCIHUSA CCT Mendoza. Directora del Instituto de Estudios de Género (IDEGE) de la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina.
182. René Passet, Professeur émérite d’économie à l’Université Paris 1- Panthéon-Sorbonne, France
183. Dr. Susan Caldwell, professor (retired), Conseil d’administration d’Alternatives, Montréal, Canada
184. Dr. Deborah Potts , Reader in Human Geography, King’s College London, UK
185. Dr. James D. Cockcroft, author, professor (retired), Honorary Editor Latin American Perspectives ; a founder Red en Defensa de la Humanidad ; Montréal, Canada
186. Daniela Tavasci , senior lecturer ,Queen Mary University of London, UK
187. Wilfred Dcosta, Indian Social Action Forum – INSAF,New Delhi, India
188. Malcolm Sawyer,Emeritus Professor of Economcs,University of Leeds, UK
189. Matyas BENYIK, Chairman of ATTAC, Economist, Budapest, Hungary
190. Ricardo Ortega Gonzalez, economista, funcionario de Eusko Jaurlaritza-Gobierno Vasco, Espana
191. Gabriel Colletis, Professeur de Sc. économique à l’Université de Toulouse 1-Capitole. France
192. Adam Rorris, National Coordinator, Australia-Greece Solidarity Campaign, Australia
193. Carlos Durango Sáez , Universidad Carlos III de Madrid, Espana
194. Dr. Laura Horn, Associate Professor, Roskilde University, Denmark
195. Dr. Peter Herrmann, Федеральное государственное бюджетное образовательное учреждение высшего профессионального образования « Российский экономический университет имени Г.В. Плеханова/
Federal state-funded educational institution of higher professional education Plekhanov Russian University of Economics, Russia
196. Dr. Miriam Boyer, ibero-Amerikanisches Institut, Germany
197. Jérôme Duval, CADTM, Estado español
198. Michael Hartmann, Professur für Elite- und Organisationssoziologie, Technische Universität Darmstadt, Germany
199. Dr. Ulrich Duchrow, professor, Scientific Council of Attac Germany
200. Mogens Ove Madsen,Associate Professor, Department of Business and Management, Aalborg University, Denmark
201. Guglielmo Forges Davanzati, Professor of Political Economy,University of Salento, Italia
202. Mehmet Ugur,Professor of Economics and Institutions, University of Greenwich Business School, UK
203. Jacques Berthelot, économiste, France
204. Herbert Schui, Prof. of Economics, Germany
205. Mateo Alaluf, Prof émérite de l’Université Libre de Bruxelles (ULB), Belgium
206. Michele CANGIANI, economist, ecrivain, université Ca’ Foscari, Venise, Italia
207. Marcela de la Peña Valdivia, Chargée de missions (Sociologue, Maitrise en gestion interdisciplinaire de l’environnement, spécialité femmes et développement. Certificat interuniversitaire d’évaluation de politiques publiques, Suisse
208. Jean Batou, professeur, Université de Lausanne, Suisse
209. Julia Varela Fernández, catedrática de sociología de la universidad complutense, Espana
210. Benny Asman, Economic historian, Belgium
211. Pepe Mejia, activista/militante de Attac Madrid, Plataforma contra la operación especulativa en Campamento, Plataforma en Defensa de la Sanidad Pública de Latina, miembro de Podemos y de Anticapitalistas, Espana
212. Joaquin Aparicio Tovar, Catedrático de Derecho del Trabajo y La Seguridad Social. Decano, Universidad de Castilla-La Mancha, Espana
213. raffaella bolini – Arci
214. International Alliance of Inhabitants (Cesare Ottolini IAI Global Coordinator)
215. Marco Bersani, Attac Italia
216. Professor Robert Dixon,Department of Economics, The University of Melbourne, Australia
217. Nicolás Giest, argentinian lawyer, and a also a researcher about the argentinian external debt, Argentina
218. Anastassia Politi, metteur en scène – comédienne, France
219. Luis Glez Reyes. Ecologistas en Acción, Espana
220. Georges Menahem, Economiste et sociologue, directeur de recherche au CNRS, MSH Paris Nord, France
221. Franck Gaudichaud, enseignant-chercheur Université Grenoble-Alpes (France)
222. Iván H. Ayala, profesor universitario, investigador del Instituto Complutense de Estudios Internacionales, Espana
223. Asier Blas Mendoza – Profesor del Departemento de Ciencia Política de la Universidad del País Vasco UPV/EHU, Espana
224. Jean NKESHIMANA, Country Program Manager, Terre des Jeunes du Burundi
225. Piero Di Giorgi, direttore di Dialoghi Mediterranei, Italia
226. Dr. Stefanie Wöhl,Guest Professor,University of Kassel,Political Science Department, Kassel, Germany
227. Enzo Scandurra, Full Professor of Urban Planning, Sapienza University of Rome, Italia
228. Massimo Pasquini, Segretario Nazionale Unione Inquilini, Italia
229. Manuel Martínez Forega, Crítico literario y filólogo. Estudios de Filología Española, de Filología
Románica y de Derecho en la Universidad de Zaragoza, Espana
230. Josep Maria Antentas, profesor de sociología de la Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), Espana
231. Barry Finger, Editorial board member, New Politics, Netherlands
232. Giusto Catania, Assessore al Comune di Palermo. – Ex Deputato europeo, Italia
233. Janette Habel , universitaire, France
234. Francesco Denozza, Professore ordinario di diritto commerciale., Dipartimento di diritto privato e storia del diritto., Università degli Studi di Milano, Italia
235. Javier De Vicente, (on behalf of) UNION SINDICAL OBRERA (USO), Secretario Confederal de Accion Internacional, Espana
236. Sebastian Franco (Alter Summit wants to sign the Call for the Commission on debt audit).
237. Jonathan Davies, Professor of Critical Policy Studies, De Montfort University, UK
238. Katu Arkonada – Red de Intelectuales en Defensa de la Humanidad, Espana
239. Juan Tortosa, periodista, Espana
240. Eleonora Ponte, Movimento NO TAV Valle di Susa, Italia
241. Pablo de la Vega, Coordinador Regional, En representación de la “Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo (PIDHDD Regional)”, organización de derechos humanos de carácter regional, con presencia en 15 países latinoamericanos y caribeños, y sede administrativa en Quito Ecuador
242. Matias Escalera, Cordero, Escritor y profesor, Espana
243. Enzo Traverso, Cornell University, USA
244. José Manuel Lucía Megías, Catedrático de la Universidad Complutense de Madrid, Escritor, Espana
245. Juan Ramón Sanz, Presidente de la Fundación « Domingo Malagón » Madrid España
246. Bruce Clarke, artiste plasticien, France
247. Luis Buendia, Associate Professor of Economics, Espana
248. Dominique Taddéi, économiste, ancien député, président de la commission des lois à l’Assemblée Nationale, France
249. Isabel Pérez Montalbán, escritora, Espana
250. Pablo Duque García-Aranda. Músico y profesor. Madrid, España
251. Frédéric Neyrat, philosophe français, ancien directeur de programme au Collège international de philosophie et Docteur en philosophie (1998). Il est membre du comité de rédaction de la revue Multitudes et de la revue Lignes, France
252. Daniel TANURO, militant écosocialiste, membre de la LCR, Belgium
253. BRACONNIER, Yves, CGSP-Enseignement-Luxembourg, Belgium
254. Jean-Marie Roux, économiste et syndicaliste France
255. Antonio Canalìa sindacalista CGIL Piemonte Italia
256. Michel Cahen, senior researcher, CNRS/Sciences Po Bordeaux, France.
257. Yu Maxime, Compositeur-Comédien, Liège, Belgiun
258. Renato Zanoli – Commissione Ambiente PRC Torino – Italia
259. Luis Cabo Bravo, miembro de IU de Madrid y de la dirección del PCE, Espana
260. Giorgio Ferraresi, “Società dei territorialisti”, già Ordinario di urbanistica al Politecnico di Milano, Italia
261. Edouard Bustin, enseigne les Sciences Politiques à l’Université de Boston et est, également, membre du Centre d’études africaines, USA/Belgium
262. Guillermo Cruz, Guillermo Cruz, realizador de documentales (€uroestafa), España,
263. Françoise Clément, chercheur militante altermondialiste, France
264. Gianni Fabbris – coordinatore nazionale di Altragricoltura –
Confederazione per la Sovranità Alimentare, Italia
265. Luis Dominguez Rodriguez. , Presidente de Attac Castilla y Leon.
266. Antonio Martinez-Arboleda, Reino Unido, profesor universitario, Espana
267. Werner Ruf, Professor an der Universitaet Kassel, Germany
268. Ricardo García Zaldívar. Economista. Activista (Attac España
269. Pratip Nag, Unorganised Sector Workers Forum, India
270. Marc Amfreville (professeur Paris-sorbonne), France
271. L’Initiative de Solidarité avec la Grèce qui Résiste – Bruxelles, Belgium
272. Jean-Michel Ganteau, Professeur, Université Montpellier 3, France
273. Marco Revelli, professore universitario ed ex portavoce “L’Altra Europa con Tsipras”, Italia
274. Rosa Rinaldi, Direzione Rifondazione Comunista
275. Sylvie FERRARI, Associate professor in economics, University of Bordeaux, France
276. Srecko Horvat, Independent scholar, Croatia
277. Karl Fischbacher (Labournet-Austria)
278. Guido Ortona (Prof. Ordinario di Politica Economica),Dipartimento DIGSPES,, Università del Piemonte Orientale, Italia
279. oscar flammini, Espacio de Cultura y Memoria « El Rancho Urutau » de la Ciudad de Ensenada,Provincia de Buenos Aires,Argentina
280. Isabel VAZQUEZ DE CASTRO, Enseignant-Chercheur, formatrice ESPE, France
281. Arnal Ballester, dessinateur. Catalogne, Espana
282. amal Juma, coordinator of the Stop the Wall Campaign.
283. Liliane Blaser, Documentalista, Venezuela
284. Gonzalo Haya Prats, profesor y director del Departamento de Teología en la Universidad del Norte de Chile ; profesor de habilidades directivas en instituciones de enseñanza empresarial en España
285. Sol Sánchez Maroto. Socióloga/Antropóloga/ Activista (Attac España)
286. Raquel Freire, cineasta, activista, Portugal
287. Lisa Tilley, Erasmus Mundus GEM Joint Doctoral Fellow, Department of Politics and International Studies, University of Warwick, Université Libre de Bruxelles, Belgium
288. Thomas Berns, professeur, Université Libre de Bruxelles, Blegium
289. Francesca Gobbo , former Professor of Intercultural Education & Anthropology of Education, University of Turin, Associate Editor of « Intercultural Education », Italia
290. Marcos Del Roio, prof. de Ciências Políticas UNESP, Brasil.
291. Andrea Zinzani, researcher in Political Geography, CNRS (Paris), France
292. MARIAN SANTIAGO (ciberactivista ecosocial), Espana
293. Gloria Soler Sera, Barcelona, escritora-profesora, Espana
294. Sara Rosenberg, escritora y dramaturga, Argentina-España
295. CARINA MALOBERTI, Consejo Directivo Nacional – ATE-CTA (Asociación Trabajadores del Estado – Central de Trabajadores de la Argentina)
296. Convocatoria por la liberación Nacional y Social, Frente Sindical :
Agrupación Martín Fierro (Varela, Mar del Plata y Neuquén
297. Massimo Torreli, Responsabile “L’Altra Europa con Tsipras”.
298. Hichem SKIK, universitaire, dirigeant Parti « Al-Massar » (Voie démocratique et sociale), Tunisie
299. Inma Luna,escritora, poeta, periodista y antropóloga, Espana
300. Manuel Giron, catedratico, Alicante, Espana

Assine aqui.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

"Grèce: l’heure de la rupture, par Stathis Kouvelakis"



La peur du Grexit ne doit plus nous paralyser.

La décision du gouvernement de Syriza de transférer la totalité des réserves disponibles du secteur public à la Banque de Grèce marque un tournant politique. Ce mouvement à haut risque démontre le plus clairement possible la nature de la situation telle qu’elle a évolué en deux mois et demi, depuis l’accord du 20 février.

L’argument qui avait été avancé en faveur de cet accord était qu’il permettait « de gagner du temps », malgré son prix élevé, en vue de préparer le terrain pour les négociations clés de l’été. On nous affirmait que, pour une période de quatre mois, la Banque Centrale Européenne allait mettre un terme à la torture qu’elle imposait à l’économie grecque depuis le 5 février, quand elle avait décidé de mettre fin au principal mécanisme d’approvisionnement en liquidités des banques grecques. Comme on le reconnaît généralement aujourd’hui, le gouvernement grec avait été contraint de signer cet accord inéquitable sous la pression d’un retrait accéléré des dépôts des banques et la menace de leur effondrement.

Et maintenant, avec l’épuisement des fonds publics, désormais insuffisants pour assurer à la fois le service de la dette et les obligations incompressibles de l’Etat, il est évident que le seul temps gagné a été à l’avantage des institutions européennes et que la partie grecque est exposée à l’intensification du chantage tant ses positions se détériorent.

Le climat belliqueux, sans précédent, de la réunion de l’Eurogroupe de Riga, au cours de laquelle le Ministre grec des Finances, Yanis Varoufakis, a été cloué au pilori par ses homologues ( y compris ceux de pays pesant d’un aussi faible poids que la Slovaquie et la Slovénie) montre suffisamment clairement de combien d’humiliations le gouvernement grec a eu à souffrir au cours des deux derniers mois.

Au-delà de l’erreur

Dans une déclaration remarquable, le 23 avril, Euclide Tsakalotos, vice-ministre responsable des relations économiques internationales, qui a maintenant succédé à Yanis Varoufakis à la tête de l’équipe des négociateurs, soulignait, de manière significative « Quand nous avons apposé notre signature au bas de l’accord du 20 février, nous avons commis l’erreur de ne pas nous assurer du fait que cet accord serait un signal pour la Banque Centrale Européenne pour commencer le compte-à-rebours des liquidités ». Cette « erreur » ne concerne pourtant pas quelques aspects secondaires, mais bien le point central de l’accord. Elle a une raison spécifique, qui est de caractère politique et non pas technique.

La partie grecque n’a pas pris en compte ce qui était évident, dès le début, à savoir que la BCE et l’Union Européenne n’allait pas rester à se tourner les pouces face à un gouvernement de la gauche radicale. Dans leur arsenal, l’arme au plus gros calibre est le contrôle des liquidités, et il était totalement prévisible et logique qu’ils s’en servent immédiatement. Et, naturellement, les créanciers ont toutes les raisons de continuer à « serrer le nœud » (l’expression est d’Alexis Tsipras) jusqu’à ce qu’ils aient contraint la Grèce à une capitulation totale.

Pour le dire autrement, si les créanciers, avec l’accord du 20 février, avaient accepté « d’assurer l’approvisionnement en liquidités », s’ils avaient dissocié cette provision des plans d’austérité qu’ils tentent d’imposer, ils se seraient tout simplement privés eux-mêmes du plus significatif des moyens de pression qu’ils avaient à leur disposition. Que Tsakalotos puisse penser qu’ils auraient pu le faire est le signe d’une extrême naïveté politique, sinon d’un aveuglement volontaire, en particulier quand une grande partie de son propre parti l’avait averti d’entrée de jeu de l’inévitabilité de ce développement.

Ainsi, l’ « erreur » provient d’une hypothèse de travail fondamentalement fausse, sur laquelle la stratégie du gouvernement a été basée dès les premiers moments : « nous aboutirons finalement à un accord avec les créanciers, permettant à Syriza de mettre en œuvre son programme tout en demeurant dans l’Eurozone ». C’est, on le voit clairement, à présent, la logique vouée à l’échec de « l’européanisme de gauche ».

Et maintenant ?

Bien que l’on ait usé et abusé de cette formulation, on ne peut trouver de meilleure pour décrire la situation actuelle du pays, que de dire qu’elle est suspendue à un fil. Avec la méthode et le contenu de la décision sur le transfert des fonds, i.e. par décret ministériel, le gouvernement se retrouve dans une situation très difficile, non seulement sur le plan économique, mais aussi politiquement. Il pourrait bien avoir créé les conditions, pour des « cacerolazos » à la grecque, ces formes de protestations utilisées par les forces réactionnaires et les oppositions soutenues de l’étranger dans les pays d’Amérique Latine qui tentent de renverser les gouvernements de gauche.

La seule issue face au risque d’enfermement dans la cage de fer des Memoranda et de déraillement du projet de Syriza réside dans la relance des mobilisations populaires, pour retrouver le climat d’espoir et la combativité qui prévalaient avant l’accord du 20 février. Il n’est pas trop tard. C’est le moment précis de tenir un discours clair, le seul qui peut avoir un impact et mobiliser le peuple, précisément parce qu’il le traite avec respect, en adulte, agent de son propre destin.

Ce qui est en jeu aujourd’hui en Grèce, c’est la possibilité d’un changement radical, l’ouverture d’une voie vers un bouleversement politique et l’émancipation de son peuple, de sa classe travailleuse, mais aussi de celle de toute l’Europe.

La peur du Grexit ne doit plus nous paralyser. Il est temps d’affirmer clairement, pour commencer, que quels que soient les fonds transférés par la nouvelle législation dans les coffres publics, il doivent être consacrés à la couverture des besoins publics et sociaux et non aux paiements des créanciers.

L’heure est également venue de mettre un terme au radotage soporifique à propos des « négociations qui avancent » et des « accords en vue ».

Il est temps de mettre immédiatement un terme aux références surréalistes aux « solutions mutuellement profitables » et aux « partenaires » avec lesquels nous sommes supposés être les « copropriétaires de l’Europe ».

Il est temps de révéler au public grec et à l’opinion publique internationale les faits qui mettent en évidence la guerre sans merci qui est menée contre ce gouvernement.

Et le temps est venu, par dessus tout, de se préparer finalement, politiquement, techniquement et culturellement à cette solution honorable que serait la séparation d’avec cette implacable bande de djihadistes du néo-libéralisme.

Le temps est venu d’expliciter le contenu et d’expliquer la viabilité de la stratégie alternative, qui commence avec la double initiative de la suspension des remboursements de la dette et de la nationalisation des banques, et qui se poursuit, si nécessaire avec le choix d’une monnaie nationale approuvée par le public au cours d’un référendum populaire .

Le temps est venu pour la réflexion sérieuses mais aussi pour les actes décisifs. C’est le moment dans lequel le désastre et la rédemption se retrouvent côte-à-côte.

C’est le moment de riposter.

"Adendas ao código deontológico do jornalista, por António Costa" - Ricardo Araújo Pereira



O jornalista tinha dito apenas que entregar a elaboração do programa do partido a um grupo de independentes revelava falta de coragem política. Isto, para Costa, é um insulto reles. O que significa que este candidato a primeiro-ministro nunca foi a uma feira, nunca esteve 20 minutos no trânsito, nunca foi ao futebol. Alguém precisa de conhecer o mundo.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Opiniões da Grécia - "Le Ministre grec de l’Economie, George Stathakis, au sujet du traité TTIP"


George Stathakis, Ministre de l’Economie, des Infrastructures, des Transports Maritimes et du Tourisme a représenté la Grèce au Conseil des affaires étrangères de l’Union européenne qui s’est tenu à Bruxelles le 07-05-15.

Au sujet du « Partenariat Transatlantique de Commerce et d’Investissement » (TTIP), le Ministre a souligné que il ne s’agit pas simplement d’un traité commercial de plus, mais d’une affaire bien plus vaste, faisant émerger toute une série de questions importantes. Côté grec c’est un problème que le traité, en s’alignant sur la position des E-U, ne reconnaît pas les Appellations d’Origine Protégées. Mais des problèmes il y a également dans bien d’autres domaines, tel celui de l’énergie.

Toutefois, le problème le plus important, a indiqué le Ministre, est celui que crée le « Mécanisme de règlement des différends entre investisseurs et États » (Investor-State Dispute Settlement), qui permet aux premiers d’assigner en procès des gouvernements pour toute action jugée restrictive de la maximalisation de leurs profits. Le Ministre a évoqué un « un domaine très épineux », qui fait potentiellement obstruction au droit de légiférer de gouvernements démocratiquement élus. Dans la mesure où, au stade actuel, il n’est plus possible d’évincer le rôle de ce mécanisme, il faudra au moins que sa compétence juridictionnelle soit limitée et qu’il y ait un cadre fort de régulation, garantissant que les investisseurs n’abuseront pas de ce mécanisme au détriment des citoyens. Dans les cas où il y aurait recours à des procédures juridiques il faudra que celles-ci se déroulent dans des cadres nationaux, alors qu’auniveau international l’instance à créer ait une compétence de médiation et pas de compétence de coercition ni juridique.

Concernant « l’Accord Economique et Commercial Global » (Comprehensive Economic and Trade Agreement-C ETA) avec le Canada et la protection de l’indication d’origine géographique du fromage feta, le Ministre de l’Economie a souligné que le résultat des négociations ne correspond pas à ce qui était souhaité, côté grec. Le pays vise la meilleure protection possible de l’indication d’Origine Géographique « feta », encore même à l’étape actuelle d’élaboration juridique du traité, dans le cadre de possibilités disponibles restreintes. «Il faudra rechercher des solutions qui donnent la possibilité que le traité soit validé par notre Parlement national et accepté par l’opinion publique a-t-il dit en conclusion, pour rajouter par la suite : « A l’étape actuelle ceci me paraît extrêmement difficile »

Filme Recomendado - Phoenix



Realização de Christian Petzold

segunda-feira, 11 de maio de 2015

"SYRIZA remplit se promesses: Couverture maladie pour les personnes non assurées en Grèce"


Le projet de décision interministérielle (DIM-KYA) pour la couverture maladie des personnes non assurées est publiée depuis le 30/04 sur internet, ouverte au débat électronique public jusqu’au 11/05

(http://www.opengov.gr/yyka/?p=1202)

Elle prendra effet immédiatement après et sera publiée au journal officiel.

Dans le préambule de la DIM (signé par le ministre délégué à la Santé Andréas Xanthos) il est fait mention de la crise humanitaire que traverse le pays et de l’urgence d’autoriser l’accès à la totalité des soins médicaux et pharmaceutiques aux personnes privées de couverture maladie.

Les catégories concernées :
La totalité des mineurs (moins de 18 ans), des femmes enceintes, des personnes handicapées, des réfugiés et demandeurs d’asile et de leurs familles, des victimes d’abus sexuels, des personnes atteintes de maladies chroniques, des personnes incarcérées, des personnes hospitalisées, des patients dépendants en cure, quel que soit leur statut administratif.
Tous les ressortissants hellènes ou d’états-membres de l’espace européen commun et de leurs familles.
Les personnes présentes sur le sol grec pour des raisons humanitaires
Tous les citoyens majeurs et en bonne santé de pays tiers possédant un titre de séjour ou une décision administrative de report du refoulement à la frontière.
Les personnes faisant partie des catégories citées se verront octroyé un carnet autorisant les soins dans les établissements publics de tous les niveaux, au même titre que les personnes assurées sociales.

Les soins concernés : prévention, diagnostic, traitement, dentisterie, obstétrique, chirurgie, psychiatrie, psychothérapie, hospitalisation, réhabilitation, prothésie, pharmacie, soins ambulatoires, matériel de réhabilitation, matériel de chirurgie, optique.

La procédure : dépôt d’une demande et de 2 photos d’identité au Centre de Services au Public (ΚΕΠ) de proximité, l’administration se chargera d’obtenir les pièces nécessaires à la constitution du dossier.

La possession d’un carnet de santé de ce type pourra être utilisée comme document pour la constitution d’un dossier de prolongation du titre de séjour.

En cas de refus les intéressés pourront recourir auprès de commissions qui seront constituées, au plus tard dans 6 mois après l’entrée en vigueur de la DIM, auprès des autorités locales.

La validité du carnet de santé sera d’une année, à renouvellement illimité.

Ce qui diffère de la situation précédente :

La philosophie du système instauré : accès universel pour toutes les personnes sur le sol, alors que le système précédent instaurait de maigres mesures palliatives, qui ne concernaient qu’un faible pourcentage des personnes sans couverture selon un système de critères très restrictifs.

L’extension des soins concernés : le système précédent autorisait un nombre très restreint de visites médicales seulement sans examens complémentaires ni moyens thérapeutiques adéquates, alors que le dispositif actuel prend en charge la totalité des soins, au même titre que pour les personnes assurés.

La procédure d’accès : le système précédent faisait intervenir une longue procédure bureaucratique et des contrôles systématiques alors que maintenant la procédure est simplifiée au strict minimum.

Le débat politique autour :

La mesure reprend à la lettre les engagements de SYRIZA auprès du peuple qui en jugera en dernier ressort.

Les politiciens de droite et social-libéraux, responsables de la mise à mort délibérée de milliers de patients pendant les cinq dernières années, les journaleux à leur botte et les créanciers rapaces coresponsables usent de leur arsenal goebbelsien pour dénigrer ou minimiser ces mesures annoncées en prétextant qu’elles n’apportent pas de soulagement ou bien qu’elles seront trop coûteuses. Leur méthode : répéter à l’infini le mensonge dans l’espoir de le rendre crédible.

"Watch What Happens When Tribal Women Manage India’s Forests"



Kama Pradhan, a 35-year-old tribal woman, her eyes intent on the glowing screen of a hand-held GPS device, moves quickly between the trees. Ahead of her, a group of men hastens to clear away the brambles from stone pillars that stand at scattered intervals throughout this dense forest in the Nayagarh district of India’s eastern Odisha state.The heavy stone markers, laid down by the British 150 years ago, demarcate the outer perimeter of an area claimed by the Raj as a state-owned forest reserve, ignoring at the time the presence of millions of forest dwellers, who had lived off this land for centuries.

domingo, 10 de maio de 2015

Os 50 melhores discos da música brasileira - 17




"La Grèce, cela nous concerne ! Par Patrick Le Hyaric"



Dans Les milieux d’affaires internationaux veulent démontrer qu’aucune politique alternative n’est possible. Ils souhaitent désormais, à haute voix, éjecter la Grèce de la zone euro pour empêcher tout débat sur une transformation progressiste de la monnaie et de la Banque centrale européennes.
Ce qui se passe en Grèce ­ les pressions qu’elle subit ­ concerne chacune et chacun d’entre nous. Ce dont il s’agit d’abord, c’est du droit pour un peuple, au sein de l’Union européenne, de choisir une autre politique que celle de l’austérité, du chômage et de la régression sociale qu’imposent, ensemble, institutions internationales et européennes, fonds financiers et banques avec les droites et les socialistes mués en soutiens zélés de l’oligarchie. Les mêmes avaient rejeté les « non » français et néerlandais, au projet de traité constitutionnel européen. Ils ne supportent pas le vote émis par le peuple grec le 25 janvier dernier, ni le gouvernement qu’il s’est donné. Celui-ci est sans cesse vilipendé, moqué, contourné et mis sous pression parce qu’il présente un programme nouveau plus favorable aux travailleurs, aux retraités, aux familles populaires et aux créateurs.

Un raisonnement simple permet de comprendre que ce changement de cap est bien nécessaire parce que toutes les recettes précédentes ont échoué. Elles n’ont permis ni la réduction de la dette, ni d’améliorer l’efficacité économique, les conditions de vie des familles. Que les vautours de la finance et leurs affidés dans les institutions osent donc dire ouvertement qu’ils s’opposent à la loi humanitaire votée par le Parlement grec qui rétablit l’électricité dans les foyers et met en place une aide alimentaire ! Qu’ils disent ouvertement qu’ils refusent les réembauches de quelque 4 000 salariés des secteurs publics et la mise en place d’un salaire minimum ! Qu’ils s’élèvent publiquement contre la réouverture de la télévision publique !
Jamais, sous les gouvernements précédents, le versement des tranches de prêt n’était conditionné à la lutte contre la fraude fiscale et la corruption, mais toujours à la baisse des salaires, des pensions de retraite et à la vente des biens communs publics de la nation. Et pour cause ! Ceux qui bénéficiaient de la fraude et de la corruption se trouvent dans cette oligarchie. Que les autorités européennes et le Fonds monétaire international livrent au public ce que ces profiteurs exigent réellement de la Grèce. Cette vérité éclairera les consciences.
Qu’ils disent que le nouveau gouvernement grec a déjà honoré cette année 7 milliards d’euros en remboursement et versement d’intérêts.Et qu’ils disent aussi que depuis le mois d’août 2014, l’État grec n’a touché aucun centime d’aucune institution. Et les 10 milliards d’euros exigés au pays d’ici la fin de l’été le placent dans une situation très critique. L’objectif pour les puissances dominantes est bien de faire plier le gouvernement grec, jusqu’à l’épuisement des liquidités budgétaires dont dispose l’État, pour obtenir soit plus de compromis défavorables aux travailleurs et à leurs familles, soit la capitulation. Déjà, le gouvernement a été contraint de prendre les liquidités des collectivités locales et de différents organismes publics. Dans les deux cas, le sabordage de l’économie qui empêche tout projet d’avenir vise à faire chuter le gouvernement de gauche. Une autre méthode que celle employée au Chili contre le gouvernement de Salvador Allende, présentée comme plus… légale !

Les milieux d’affaires internationaux veulent démontrer qu’aucune politique alternative n’est possible. Ils souhaitent désormais, à haute voix, éjecter la Grèce de la zone euro pour empêcher tout débat sur une transformation progressiste de la monnaie et de la Banque centrale européennes. Ils veulent poursuivre la contre-révolution antiprogressiste entamée depuis deux décennies et modifier profondément le spectre politique, afin d’éliminer, dans tous les pays, les gauches de transformation sociale et écologique. Le fait que le magazine « Time », dans un classement annuel, ait désigné Mme Le Pen comme personnalité française de l’année en dit long, très long sur leur projet.

DE NOMBREUX PAYS ONT BÉNÉFICIÉ D’EFFACEMENT DE DETTES DONT L’ALLEMAGNE, QUI DOIT TOUJOURS À LA GRÈCE AU MOINS 13 MILLIARDS.

Raison de plus de ne pas laisser faire, d’alerter, de provoquer des débats et des initiatives de solidarité. Une occasion est donnée avec la réussite du Forum européen des alternatives qui va se tenir à Paris, place de la République, les 30 et 31 mai. Ce qui est en jeu concerne nos vies quotidiennes, l’intérêt général, l’efficacité économique, les moyens de sortir de l’austérité, donc de la crise. En jeu, tout autant, le droit pour chaque peuple de choisir son destin et de pouvoir compter sur une Union européenne qui y contribue au lieu de s’y opposer.
Derrière cette question, il y a celle des « dettes » imposées dans le débat public par ceux qui en profitent allègrement. Ainsi l’essentiel de la progression de la dette française durant le précédent quinquennat ­ soit 600 milliards d’euros ­ est le résultat du soutien aux banques. Elle grossit sous l’effet des taux d’intérêt exorbitants que paie l’État à ces mêmes banques ou fonds financiers qu’il a contribué à sauver. La dette grecque est le résultat de multiples actions telles que le paiement de lourds emprunts pour le financement des jeux Olympiques, les contrats d’achat d’armes inutiles à la France et l’Allemagne, des taux d’intérêt très élevés versés aux banques françaises et allemandes, la fraude fiscale profitant essentiellement aux richissimes familles.

La décision d’installer à Athènes « une commission pour la vérité de la dette grecque » est donc une importante initiative à soutenir. Elle devrait être doublée d’une conférence européenne sur les dettes dans l’Union européenne pour faire la clarté sur leur nature, leur part illégitime et les moyens d’en sortir.

De nombreux pays ont bénéficié d’effacement de dettes. Ne serait-ce que l’Allemagne, en 1953 à l’occasion de la conférence de Londres. Et son président vient lui-même d’évoquer, pour la première fois, la dette d’au moins 13 milliards d’euros que l’Allemagne continue de devoir à la Grèce du fait d’un crédit forcé que le pouvoir hitlérien avait contracté auprès de la banque nationale grecque en 1942, auquel il faudrait ajouter les réparations pour crime de guerre jamais honorées.

Voilà une brèche ouverte qui donne raison à Alexis Tsipras. Ne laissons pas les banquiers et l’oligarchie écraser le pays d’Homère, d’Hérode, de Xénophon, Démocrite, Procope, Ritsos, Séféris et Elytis. Nous sommes concernés. Ne laissons pas assassiner la civilisation grecque.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Victory! - 08/05/1945




"Plano de recuperação Grego" - YANIS VAROUFAKIS


Meses de negociações entre o nosso governo e o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia e o Banco Central Europeu produziram fracos progressos. Uma das razões para tal é o facto de todas as partes estarem demasiado focadas nas condições da próxima injecção de liquidez e muito pouco numa visão de recuperação sustentável da Grécia. Para resolver o impasse é necessário perspectivar uma economia Grega saudável.

A recuperação sustentável requer reformas sinérgicas capazes de libertar o potencial considerável do país através da supressão de obstáculos em diversos domínios: investimento produtivo, concessão de crédito, inovação, concorrência, segurança social, administração publica, sistema judiciário, mercado de trabalho, produção cultural e, por último, mas não menos importante, a governação democrática.

Sete anos de deflação da dívida reforçada pela expectativa de uma austeridade perpétua dizimaram o investimento público e privado e levaram os bancos mais apreensivos e frágeis a estancar o crédito. Dada a fraca margem orçamental do governo e o peso do crédito mal parado sobre os bancos Gregos, é fundamental mobilizar os restantes activos do Estado e desimpedir o fluxo do crédito bancário para os segmentos sãos do sector privado.

A fim de restabelecer os níveis de investimento e crédito que permitam uma velocidade de recuperação económica óptima, a Grécia em recuperação precisa de duas novas instituições públicas que possam trabalhar em conjunto com o sector privado e com instituições Europeias. Um banco de desenvolvimento que aproveite os recursos públicos e um "banco mau" que permita ao sistema bancário libertar-se de activos não rentáveis e assim restabelecer o fluxo de crédito para as empresas rentáveis e orientadas para o mercado externo.

Imaginemos um banco de desenvolvimento que eleva as garantias que englobam o capital resultante de privatizações detidas pelo Estado, bem como outros activos (por exemplo, bens imóveis) que podem facilmente ser valorizados (e garantidos) através da reforma dos seus direitos de propriedade. Suponhamos que o banco faz a ligação entre o Banco de Investimento Europeu e o plano de investimento de 315 mil milhões de euros do Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao sector privado Grego. Ao invés de ser vista com uma venda relâmpago para tapar buracos fiscais, a privatização integraria uma grandiosa parceria público-privada para o desenvolvimento.

Imaginemos ainda que o "banco mau" ajuda o sector financeiro - que foi generosamente recapitalizado, em plena crise, pelos contribuintes sobrecarregados da Grécia - a libertar-se do seu legado de empréstimos mal parados e a desimpedir o seu sistema financeiro. Em concertação com o impacto virtuoso do banco de desenvolvimento, os fluxos de crédito e de investimento inundariam a estéril economia Grega, ajudando o "banco mau" a gerar lucro e a tornar-se "bom".

Por fim, imaginemos o efeito de tudo isto no ecossistema financeiro, fiscal e de segurança social da Grécia. Com o aumento exponencial das acções dos bancos, as perdas do nosso Estado resultantes da sua recapitalização extinguir-se-iam à medida que o seu capital aí presente se valorizava. Os dividendos do banco de desenvolvimento seriam entretanto canalizados para os martirizados fundos de pensões, que foram bruscamente descapitalizados em 2012 (devido às perdas resultantes da detenção de obrigações do Governo grego).

Neste cenário, a missão de reforçar a segurança social seria completada pela unificação dos fundos de pensão; o acréscimo de contribuições na sequência da retoma do emprego e o regresso ao emprego formal dos trabalhadores que foram relegados para a informalidade em resultado da desregulamentação bárbara do mercado de trabalho durante os anos sombrios do passado recente.

Facilmente se imagina a forte recuperação da Grécia que resultaria desta estratégia. Num mundo onde o retorno sobre o investimento é extremamente reduzido, a Grécia seria vista como uma oportunidade única, mantendo um fluxo constante de investimento estrangeiro directo. Mas porque seria este cenário diferente do verificado antes de 2008, em que a injecção de capital alimentou o crescimento pelo endividamento? Seria possível evitar mais um plano macroeconómico Ponzi?

Durante a era do crescimento ao estilo Ponzi, os fluxos de capitais eram canalizados pelos bancos comerciais para um frenesim consumista e pelo Estado para uma orgia de aquisições suspeitas e um desregramento total. Para garantir que esta situação não se volte a repetir, a Grécia terá que reestruturar a sua economia social e o seu sistema político. O nosso governo não considera que a criação de novas "bolhas" seja a solução para o desenvolvimento.

Desta feita, em oposição ao passado, o novo banco de desenvolvimento assumiria a liderança na canalização dos escassos recursos internos para o investimento produtivo desejado. Incluir-se-iam aqui as e empresas em fase de arranque, as empresas de TI que recorrem a profissionais locais, os pequenos e médios empreendimentos agro-orgânicos, as empresas farmacêuticas exportadoras, os esforços envidados para atrair a industria cinematográfica para locais gregos e os programas educativos que aproveitam a produção intelectual grega os sítios históricos inigualáveis.

Entretanto, as autoridades reguladoras gregas estariam atentas às práticas comerciais de empréstimo enquanto o endividamento seria travado a fim de impedir o governo de voltar a ceder aos antigos maus hábitos e garantir que o nosso país não volte a cair numa situação de défices primários. Os cartéis, as práticas de facturação anti-concorrenciais, as profissões absurdamente vedadas e uma burocracia que tornou o Estado numa ameaça pública, cedo descobririam que o governo é o seu pior inimigo.

Os obstáculos ao crescimento do passado constituíam uma aliança profana entre interesses oligárquicos e partidos políticos, aquisições escandalosas, clientelismo, uma comunicação social permanentemente falível, bancos excessivamente obsequiosos, autoridades fiscais frágeis e um sistema judiciário sobrecarregado e inseguro. Só a luz resplandecente da transparência democrática poderá eliminar estes entraves; o nosso governo está empenhado em contribuir para que esta luz resplandeça.

Daqui