quarta-feira, 4 de junho de 2008

Manuel Alegre e a Esquerda portuguesa


Há gente incomodada com o comício realizado ontem em Lisboa onde participou Manuel Alegre.

Vitalino Canas, porta-voz do PS diz que não houve propostas. Que foi um comício apenas para criticar o governo. Coisa estranha... O governo não pode ter críticas. Quem critica tem que propor, mesmo que não tenha sido eleito para isso.

O presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, Vítor Baptista, recomendou hoje a Manuel Alegre que seja solidário e desafiou-o a candidatar-se à liderança socialista se considera que falta esquerda ao partido. Quem critica tem que ser poder.

José Saramago entende que uma esquerda unida só é possível se os partidos de esquerda se unirem. Para Saramago as pessoas individuais não valem. Têm que estar num partido. Os cidadãos devem pertencer às máquinas que os querem manipular.

Para mim, a força do país está em nós, independentemente de termos partido ou não. Está naqueles que falam sem medo e sem precisar de porta-vozes. Está naqueles que podem ser livres para se indignar, reunir-se com quem quiserem e dizerem o que pensam. E não tenho que fazer propostas. Sou uma trabalhadora por conta de outrem que não foi eleita, mas tem opinião. Protesta mas não tem que propor. Exige porque paga impostos e quer vê-los aplicados para o bem de todos.

Fui apoiante de Manuel Alegre nas últimas eleições presidenciais e estou muito feliz por ver que continua...

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei do texto e gostei do desassombro .

Fátima Sá