quinta-feira, 22 de abril de 2010

Libanês condenado à morte por feitiçaria

A qualquer momento o libanês Ali Hussain Sibat (na imagem com a mulher), de 46 anos e pai de cinco filhos, pode ser executado na Arábia Saudita, acusado de “feitiçaria”. É urgente uma acção maciça...

Ali Hussain Sibat era apresentador de televisão a trabalhar para uma estação via satélite libanesa e no seu programa dava alguns conselhos aos telespectadores e fazia previsões sobre o futuro.

Em Maio de 2008 Ali Hussain seguiu rumo à Arábia Saudita para cumprir a peregrinação à cidade de Meca, conhecida por umra. Foi preso pela polícia religiosa do país, chamada Mutawa’een, e acusado de praticar “feitiçaria”.

Em Novembro de 2009 o libanês foi julgado no tribunal da cidade religiosa de Medina, ainda na Arábia Saudita, numa audiência que decorreu à porta fechada e sem direito a representação legal ou assistência. A sentença foi proferida no dia 9 do referido mês, quando o réu ouviu: condenação à morte por “feitiçaria”, um crime que nem sequer está previsto na lei do país, mas que já serviu anteriormente de justificação para execuções. O caso seguiu agora para o Supremo Tribunal.

Para a Amnistia Internacional, a acusação deriva apenas do exercício pacífico do direito à liberdade de expressão. Os próprios juízes confirmaram isso mesmo quando no passado dia 10 de Março tornaram a ditar a mesma sentença, na sequência de um apelo interposto por Ali Hussain, tendo declarado que o réu merece a execução por ter praticado “feitiçaria” numa estação de televisão. Disseram ainda que serviria para dissuadir outros “mágicos estrangeiros” de entrarem no país.

Um atentado grave aos direitos humanos, e mais particularmente ao direito à liberdade de expressão, que ganha particular dimensão quando em Portugal se aproximam as celebrações do 25 de Abril. Ali Hussain Sibat pode ser executado porque não nasceu em Portugal. Cabe-nos a nós, que sabemos como é injusto ser condenado por expressar uma opinião, lutar para impedir este crime. Vamos ajudar Ali Hussain Sibat. Ele precisa de si! Tudo o que tem de fazer é assinar o apelo disponível aqui.

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