Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Bom Ano! com um poema de Fernando Pessoa
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa
Livro recomendado - "Teoria Geral do Esquecimento"
Parece-me mais fácil ter fé em Deus, não obstante ser algo tão para além da nossa limitadíssima compreensão, do que na arrogante humanidade, Durante muitos anos, afirmei-me crente por pura preguiça. Ser-me-ia difícil explicar a Odete, a todos os outros, a minha descrença. Também não acreditava nos homens, mas isso as pessoas aceitam com facilidade. Compreendi ao longo dos últimos anos que, para acreditar em Deus, é forçoso confiar na humanidade. Não existe Deus sem humanidade.
"As Idades do Mar" - Uma exposição a não perder
domingo, 30 de dezembro de 2012
Rudyard Kipling - 30/12/1865
If
If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or, being lied about, don't deal in lies,
Or, being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream - and not make dreams your master;
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with triumph and disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to broken,
And stoop and build 'em up with wornout tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on";
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings - nor lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run -
Yours is the Earth and everything that's in it,
And - which is more - you'll be a Man my son!
Rudyard Kipling
sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Foi-se Napoleão, veio a "Vinci"
Ao procurar o logotipo da empresa Vinci na internet, deparei-me com a dificuldade de quase só encontrar imagens de Leonardo da Vinci. É normal tendo em conta que esta empresa que vai passar a gerir os aeroportos portugueses durante 50 anos tem como portfólio a gestão de 12 aeroportos em França (sendo o maior o Nantes Atlantique, o 10º aeroporto de França) e os restantes no Cambodja - um curriculum notável. Importa salientar que a empresa é um dos maiores acionistas da Lusoponte que, como sabemos, também tem um contrato por pouquíssimo tempo.
Atenção! De acordo com o governo, o interesse nacional está salvaguardado.
Atenção! De acordo com o governo, o interesse nacional está salvaguardado.
Osip Mandelstam - m. 27/12/1938
Teu ombro estreito - para o chicote enrubescer,
Chicote enrubescer - o ar gelado queimar.
Tua mão infantil - para os ferros erguer,
Ferros erguer, e mais - cordames entrançar.
Teu frágil pé - nu pelos vidros esmilhados,
Pelos vidros, e mais - a areia ensanguentar.
E eu sou, vela negra, para arder por ti,
Por ti arder, e mais - a prece não ousar.
Osip Mandelstam, 1934
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Assim vai a Europa! - "100 weeks to go and everything to play for"
SO, who won the referendum phoney war?
There was an air of quiet satisfaction among senior Tories at their conference in Birmingham last week. "Wily" Alex Salmond had been put back in his box, I was told – forced to drop his devious plan to turn the ballot on Scottish independence into an each-way bet in a two-horse race that he couldn't lose. But 300 miles north, members of the Yes Scotland campaign were also expressing quiet satisfaction. They claim to be more than content with a single-question referendum. Nationalists think Salmond pulled the wool over the UK Government's eyes and that he wanted a single question all along. They can't both be right.
There was an air of quiet satisfaction among senior Tories at their conference in Birmingham last week. "Wily" Alex Salmond had been put back in his box, I was told – forced to drop his devious plan to turn the ballot on Scottish independence into an each-way bet in a two-horse race that he couldn't lose. But 300 miles north, members of the Yes Scotland campaign were also expressing quiet satisfaction. They claim to be more than content with a single-question referendum. Nationalists think Salmond pulled the wool over the UK Government's eyes and that he wanted a single question all along. They can't both be right.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
A caminho de 2013
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Caridade
CARIDADE E SOLIDARIEDADE
Evitei entrar na primeira polémica resultante das palavras de Isabel
Jonet, embora não tivesse nenhuma dúvida sobre o seu significado
“mental” e sua história. Mas Jonet faz uma obra de mérito, e a obra vale
mais do que a “teoria”, pelo que alguma moderação era exigida. Há casos
em que apesar de se pensar mal, se faz bem. Não abundam, mas existem.
Mas, como disse, não tinha qualquer dúvida de que memória é que vinham
as suas afirmações, que seriam sensatas se não fossem ditas no contexto
da actividade caritativa e do actual discurso governamental sobre como
“os portugueses vivem acima das suas posses”. Vinham de ideias como as
que caracterizaram cinquenta anos de pensamento sobre a pobreza em
Portugal, expressas na frase brutal, mas actualíssima, “leve lá uma
esmola, mas não gaste em vinho”.
POLITIZAR A CARIDADE
Jonet em vez de ter percebido o mal que está a fazer à sua própria obra,
– e que, como é óbvio, não pode ser medido pela contribuição generosa
dos portugueses, que também sabem fazer distinções, - resolveu insistir e
teorizar. Está com isso a politizar no pior sentido a actividade do
Banco Alimentar e a prejudicar o esforço da única instituição que a
nível nacional actua com genuíno sentido de “caridade”, a Igreja. Quem
escreve estas linhas propôs, em tempos ainda socráticos, que os fundos
que o estado disponibiliza para a assistência fossem atribuídos a
instituições da Igreja que sabem muito melhor a quem eles devem chegar e
com maior eficiência. E não mudei de opinião. Tenho porém poucas
dúvidas que algumas das pessoas mais preocupadas com a crescente
politização do discurso de Jonet são os bispos, que conhecem a realidade
portuguesa muito melhor: no aspecto assistencial, social e político. E
sabem o papel que teve a doutrina social da Igreja na transição da
caridade para a solidariedade, da evolução da assistência paternalista
para os direitos sociais.
Para não ir mais longe, Sá Carneiro não só perceberia de imediato o que
Jonet está a dizer, como o recusaria sem dúvidas em nome da sua formação
humanista e religiosa, as duas. Sá Carneiro, e isso ficou inscrito no
programa original do PSD, valorizava o papel que a dignidade humana
tinha e, se não reduzia o “homem”, na sua dimensão transpolítica, ao
conceito de “cidadão”, também não substituía os direitos pelas benesses
da caridade, por muito dedicadas e esforçadas que sejam. A caridade é
para quem precisa e muito, mas a solidariedade social é um fundamento do
estado moderno, pensado por democratas-cristãos e social-democratas. E
os direitos “adquiridos” são uma identidade da “melhoria” colectiva das
sociedades, fruto da justiça social e dadores de dignidade e de
liberdade.
SUBSTITUIR DIREITOS PELA ASSISTÊNCIA
O que Jonet disse ao i foi o oposto. Valorizou a caridade
no sentido tradicional cristão, o que em nada me choca. A semana passada
usei a mesma palavra nesta coluna, no mesmo exacto sentido de “agape”,
para falar da obrigação que sentia de escrever sobre a crise. Mas não
parto daí para a ideia que se deva contrapor a caridade à solidariedade,
a boa vontade voluntária do “amor” assistencial face à obrigação social
do estado. É o que Jonet diz:
A solidariedade é algo mais frio que incumbe ao Estado e que não tem que ver com amor, mas sim com direito adquiridos. (…) Sou mais adepta da caridade do que da solidariedade social…
Na verdade, a “caridade” não é “quente” devido ao “amor”, face ao
“frio” da solidariedade do estado, porque não são a mesma coisa, a não
ser que a caridade cometa o pecado de se vangloriar de si mesma, ou
seja, assumir uma vaidade mundana, e violar o preceito bíblico de que
“não saiba a tua mão esquerda, o que faz a direita”. Então a caridade
deixa de ser “amor” para ser uma proposta política de organização da
sociedade.
Este tipo de comparações levariam a uma sociedade em que a exclusão
seria institucionalizada como poder, em que os problemas sociais seriam
resolvidos pela dádiva dos mais ricos aos mais pobres, o que contém
implícita uma ideia sobre o poder “natural” da sociedade e sobre a
relação paternalista entre os que têm e os “seus” pobres, a quem, no
passado ainda próximo, o diminutivo colocava no lugar, os “pobrezinhos”,
crianças grandes, pobres mas “honrados”, nas suas casinhas humildes,
mas limpas. Este tipo de ideias sobre a pobreza são ofensivas da
dignidade humana e implicam uma relação humilhante entre quem dá e quem
recebe, em particular quando a caridade se mistura com “conselhos” de
como se deve viver, uma arrogância moral insuportável face a quem não
pode viver como queria. “Leve lá uma esmola, mas não gaste em vinho”.
POBREZA E VERGONHA
Por que é que as pessoas “escondem” a sua pobreza quando caiem nela? É
porque recorrer à caridade pode ser uma necessidade imperiosa, mas é uma
perda de dignidade social e humana, uma humilhação. É uma “vergonha”. É
por isso que quem em política pensa como Jonet, tende a desvalorizar o
imenso sofrimento que a crise está a provocar, nas suas dimensões
psicológicas e humanas, muito para além das necessidades básicas de
casa, comida, luz, água e transportes, medicamentos e roupa. Porque
quando é assim, e é o que Jonet anda a fazer com as suas declarações,
elas não são sobre a caridade, mas sobre a sociedade e a política e
devem ser discutidas como tal.
José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
"Natal dos desempregados"
Mais um belo texto de José Luís Peixoto na Visão:
Quem és tu? Os dias
passam e a tua cabeça repete uma pergunta em cada silêncio. Todos os
dias de manhã, logo depois de acordar, há silêncio. Enquanto escolhes a
roupa e te vestes, há silêncio. Nos intervalos do tempo, há silêncio.
Quem és tu? Agora, dás contigo a olhar para os programas da manhã na televisão, esqueces o olhar por instantes. Um especialista enumera formas de prevenir a queda de cabelo, um cozinheiro revela segredos para rechear o peru, um professor de trabalhos manuais ensina a fazer decorações de Natal com garrafas de plástico usadas. A apresentadora repete cinco vezes o número que pisca no ecrã. Telefona, podes ganhar; telefona, podes ganhar. Não telefonas. Sabes que não podes ganhar. Antes, telefonaste para números do jornal, da internet, números escritos num papel dobrado ou em cartões de visita. Mas o tempo passou. Dias, meses, estações inteiras, tempo carregado de silêncio, silêncio, silêncio carregado de perguntas.
Qual é o teu valor? A história da tua vida dilui-se nestes dias. Não era uma história enorme, mas era tua e tinha um sentido. Os teus pensamentos encontravam-lhe continuação a cada instante, sabias sempre o que tinhas de fazer a seguir. Hoje, surpreendes-te a ter saudades de avançar pelas ruas às sete da manhã com as orelhas geladas, saudades de olhar para o relógio e esperar por um minuto que parecia nunca mais chegar. Antes, esse minuto quase infinito parecia não chegar, o número firme no mostrador do relógio, mas chegava; agora, esse mesmo minuto também parece não chegar, mas o número no mostrador do relógio passa, cinco transforma-se em seis, seis transforma-se em sete, mas o minuto que esperas não chega, parece não chegar nunca. Estás parado.
Qual é o teu valor? O rosto das pessoas com que te cruzas todos os dias repetem-te perguntas, mesmo quando estão apenas a olhar para ti, sem dizer nada. O Natal chegou às ruas, às montras, à publicidade. Caminhas de mãos nos bolsos. Às vezes, vais dar a volta para não passares à frente daquela pessoa que está sempre no mesmo sítio a ver quem passa. E até o rosto daqueles que não conheces, que nunca viste antes, que nunca voltarás a ver, parecem repetir-te essas mesmas perguntas. Chega a hora de almoço. Chega todos os dias a hora de almoço porque todos os dias chegam as mesmas horas. Em casa, os sons da casa. Colocas a primeira colher de sopa na boca.
Quem és tu? Já te imaginaste a fazer mil coisas que, antes, nunca tinhas considerado. És uma pessoa diferente em todas elas e, no entanto, há um muro invisível entre ti e cada uma dessas ideias. Consegues vê-las lá ao fundo, tens a certeza de ser capaz de fazê-las, mas não consegues atravessar esse muro invisível. Como se falasses e ninguém te ouvisse, como se falasses e ninguém acreditasse em ti, como se não existisses. A sopa não tem sabor, mas não podes dizer. Apenas podes limpar a boca e mostrar-te agradecido, obrigado. Agora, tens uma tarde imensa à tua frente.
Quem és tu? As montras das lojas reflectem-te. A tua imagem suspensa, rodeada pelo brilho do Natal. À tua volta, homens e mulheres dirigem-se a algum lugar, o mundo continua. Vês-te: os teus braços ao longo do corpo, os teus olhos.
És demasiado novo ou és demasiado velho.
Mesmo quando te descolas da montra e caminhas, levas contigo a imagem do teu próprio reflexo, vai no teu interior. Os passos levam-te, são lentos, sem pressa. Não pensas no que vais encontrar lá à frente porque não esperas nada. As crianças estão na escola, as pessoas estão nas suas vidas, só tu estás aqui.
Quem és tu? Mais tarde ou mais cedo, chegará a noite. Chega sempre, todos os dias. Depois da hora de jantar, também diária, depois do serão, notícias, telenovela, concursos em que ninguém ganha nada, chegará a hora de dormir, o fim de mais um dia. Por vezes, lanças essa ideia de encontro às perguntas que tudo te repete, mas sabes que este dia não terminará verdadeiramente. Caminhas como se estivesses parado e procuras as forças que se vão desfazendo, as forças necessárias para não esqueceres qual é o teu valor, para continuares a saber quem és, para dares uma resposta definitiva ao silêncio.
Quem és tu? Agora, dás contigo a olhar para os programas da manhã na televisão, esqueces o olhar por instantes. Um especialista enumera formas de prevenir a queda de cabelo, um cozinheiro revela segredos para rechear o peru, um professor de trabalhos manuais ensina a fazer decorações de Natal com garrafas de plástico usadas. A apresentadora repete cinco vezes o número que pisca no ecrã. Telefona, podes ganhar; telefona, podes ganhar. Não telefonas. Sabes que não podes ganhar. Antes, telefonaste para números do jornal, da internet, números escritos num papel dobrado ou em cartões de visita. Mas o tempo passou. Dias, meses, estações inteiras, tempo carregado de silêncio, silêncio, silêncio carregado de perguntas.
Qual é o teu valor? A história da tua vida dilui-se nestes dias. Não era uma história enorme, mas era tua e tinha um sentido. Os teus pensamentos encontravam-lhe continuação a cada instante, sabias sempre o que tinhas de fazer a seguir. Hoje, surpreendes-te a ter saudades de avançar pelas ruas às sete da manhã com as orelhas geladas, saudades de olhar para o relógio e esperar por um minuto que parecia nunca mais chegar. Antes, esse minuto quase infinito parecia não chegar, o número firme no mostrador do relógio, mas chegava; agora, esse mesmo minuto também parece não chegar, mas o número no mostrador do relógio passa, cinco transforma-se em seis, seis transforma-se em sete, mas o minuto que esperas não chega, parece não chegar nunca. Estás parado.
Qual é o teu valor? O rosto das pessoas com que te cruzas todos os dias repetem-te perguntas, mesmo quando estão apenas a olhar para ti, sem dizer nada. O Natal chegou às ruas, às montras, à publicidade. Caminhas de mãos nos bolsos. Às vezes, vais dar a volta para não passares à frente daquela pessoa que está sempre no mesmo sítio a ver quem passa. E até o rosto daqueles que não conheces, que nunca viste antes, que nunca voltarás a ver, parecem repetir-te essas mesmas perguntas. Chega a hora de almoço. Chega todos os dias a hora de almoço porque todos os dias chegam as mesmas horas. Em casa, os sons da casa. Colocas a primeira colher de sopa na boca.
Quem és tu? Já te imaginaste a fazer mil coisas que, antes, nunca tinhas considerado. És uma pessoa diferente em todas elas e, no entanto, há um muro invisível entre ti e cada uma dessas ideias. Consegues vê-las lá ao fundo, tens a certeza de ser capaz de fazê-las, mas não consegues atravessar esse muro invisível. Como se falasses e ninguém te ouvisse, como se falasses e ninguém acreditasse em ti, como se não existisses. A sopa não tem sabor, mas não podes dizer. Apenas podes limpar a boca e mostrar-te agradecido, obrigado. Agora, tens uma tarde imensa à tua frente.
Quem és tu? As montras das lojas reflectem-te. A tua imagem suspensa, rodeada pelo brilho do Natal. À tua volta, homens e mulheres dirigem-se a algum lugar, o mundo continua. Vês-te: os teus braços ao longo do corpo, os teus olhos.
És demasiado novo ou és demasiado velho.
Mesmo quando te descolas da montra e caminhas, levas contigo a imagem do teu próprio reflexo, vai no teu interior. Os passos levam-te, são lentos, sem pressa. Não pensas no que vais encontrar lá à frente porque não esperas nada. As crianças estão na escola, as pessoas estão nas suas vidas, só tu estás aqui.
Quem és tu? Mais tarde ou mais cedo, chegará a noite. Chega sempre, todos os dias. Depois da hora de jantar, também diária, depois do serão, notícias, telenovela, concursos em que ninguém ganha nada, chegará a hora de dormir, o fim de mais um dia. Por vezes, lanças essa ideia de encontro às perguntas que tudo te repete, mas sabes que este dia não terminará verdadeiramente. Caminhas como se estivesses parado e procuras as forças que se vão desfazendo, as forças necessárias para não esqueceres qual é o teu valor, para continuares a saber quem és, para dares uma resposta definitiva ao silêncio.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Petição - "Chinese Leader Xi Jinping: Release Imprisoned Nobel Peace Prize Winner Liu Xiaobo and Wife Liu Xia"
Liu Xiaobo is a prominent Chinese intellectual, democracy activist, and the world’s only imprisoned Nobel Peace Prize Laureate. As a fellow Nobel laureate, I am asking you to stand with me and more than 134 other Nobel Laureates in demanding Chinese leader Xi Jinping release Liu Xiaobo and his wife Liu Xia, who is under house arrest.
Dr. Liu, a long-time rights activist, received an 11-year prison sentence in 2009 after he helped write Charter ’08, a political manifesto, which promoted peaceful democratic reform and called for greater respect for fundamental human rights in China and an end to one party rule. After arresting Dr. Liu, police held him without charge or access to an attorney for six months. At trial, the government prevented Dr. Liu’s wife, foreign diplomats, and the press from attending.
On October 8, 2010, the Norwegian Nobel Committee took the bold step of awarding Dr. Liu its Peace Prize in recognition of his “long and non-violent struggle for fundamental rights in China.”
Instead of celebrating a great award bestowed on one of its citizens, Chinese police placed Dr. Liu’s wife, Liu Xia, under house arrest without any charges or legal due process, and they prevented diplomats and journalists from meeting with her.
Two years later, both Dr. Liu and Liu Xia remain in detention. Despite the United Nations saying Dr. Liu’s imprisonment and Liu Xia’s house arrest violate international law, the government continues to close them off from the outside world. This flagrant violation of the basic right to due process and free expression must be publicly and forcefully confronted by the international community. That is why I and 134 of my fellow Nobel Laureates joined together to call for their immediate and unconditional release.
Join us by signing this petition to incoming Chinese leader Xi Jinping. We are confident that your participation will send a clear message to the Chinese government that the continued detention of the world’s only imprisoned Nobel Peace Prize Laureate and his wife—in clear violation of their rights to freedom of expression and due process of law—will not be tolerated by the international community. Join us in letting China’s new leadership know that fundamental human rights must be respected everywhere.
It’s time to release Liu Xiaobo and Liu Xia.
Desmond M. Tutu Archbishop Emeritus of Cape Town
Já assinei
Dr. Liu, a long-time rights activist, received an 11-year prison sentence in 2009 after he helped write Charter ’08, a political manifesto, which promoted peaceful democratic reform and called for greater respect for fundamental human rights in China and an end to one party rule. After arresting Dr. Liu, police held him without charge or access to an attorney for six months. At trial, the government prevented Dr. Liu’s wife, foreign diplomats, and the press from attending.
On October 8, 2010, the Norwegian Nobel Committee took the bold step of awarding Dr. Liu its Peace Prize in recognition of his “long and non-violent struggle for fundamental rights in China.”
Instead of celebrating a great award bestowed on one of its citizens, Chinese police placed Dr. Liu’s wife, Liu Xia, under house arrest without any charges or legal due process, and they prevented diplomats and journalists from meeting with her.
Two years later, both Dr. Liu and Liu Xia remain in detention. Despite the United Nations saying Dr. Liu’s imprisonment and Liu Xia’s house arrest violate international law, the government continues to close them off from the outside world. This flagrant violation of the basic right to due process and free expression must be publicly and forcefully confronted by the international community. That is why I and 134 of my fellow Nobel Laureates joined together to call for their immediate and unconditional release.
Join us by signing this petition to incoming Chinese leader Xi Jinping. We are confident that your participation will send a clear message to the Chinese government that the continued detention of the world’s only imprisoned Nobel Peace Prize Laureate and his wife—in clear violation of their rights to freedom of expression and due process of law—will not be tolerated by the international community. Join us in letting China’s new leadership know that fundamental human rights must be respected everywhere.
It’s time to release Liu Xiaobo and Liu Xia.
Desmond M. Tutu Archbishop Emeritus of Cape Town
Já assinei
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Dia Mundial dos Direitos Humanos
Everyone has the right to be heard and to shape the decisions that
affect their community. This right is enshrined in the Universal
Declaration of Human Rights and fully integrated in international law,
especially in article 25 of the International Covenant on Civil and
Political Rights.
Over the past century, we have made undeniable progress along the path of inclusion.
Yet far too many groups and individuals face far too many obstacles. Women have the right to vote almost everywhere, but remain hugely under-represented in parliaments and peace processes, in senior government posts and corporate boardrooms, and in other decision-making positions. Indigenous people frequently face discrimination that denies them the opportunity to make full use of their guaranteed rights or fails to take account of their circumstances. Religious and ethnic minorities – as well as people with disabilities or those with a different sexual orientation or political opinion – are often hampered from taking part in key institutions and processes. Institutions and public discourse need to represent societies in all their diversity.
More generally, in several parts of the world, we have seen alarming threats to hard-won gains in democratic governance. In some countries, civil society groups face growing pressures and restrictions. Legislation has been introduced specifically targeting civil society organizations and making it almost impossible for them to operate. Champions of democracy have encountered new confrontational measures. We should all be troubled by such backsliding.
Even in societies with a good track record, there is room for improvement. No country has succeeded in ensuring that all its inhabitants are able to participate fully in public affairs, including the right to be elected to public office and to have equal access to public services. Enacting new rights or removing unjust laws is not always sufficient. Too often, discrimination persists in practice, creating barriers and mindsets that can be hard to overcome.
Vibrant civil society groups are among the keys to the well-being and functioning of any nation, and the United Nations deplores measures taken to suppress them. That is why, on this Human Right Day, the United Nations is highlighting the right to participate and the associated rights that make it possible – freedom of expression and opinion, and peaceful assembly and association.
International law is clear: No matter who you are, or where you live, your voice counts. On this Day, let us unite to defend your right to make it heard.
Over the past century, we have made undeniable progress along the path of inclusion.
Yet far too many groups and individuals face far too many obstacles. Women have the right to vote almost everywhere, but remain hugely under-represented in parliaments and peace processes, in senior government posts and corporate boardrooms, and in other decision-making positions. Indigenous people frequently face discrimination that denies them the opportunity to make full use of their guaranteed rights or fails to take account of their circumstances. Religious and ethnic minorities – as well as people with disabilities or those with a different sexual orientation or political opinion – are often hampered from taking part in key institutions and processes. Institutions and public discourse need to represent societies in all their diversity.
More generally, in several parts of the world, we have seen alarming threats to hard-won gains in democratic governance. In some countries, civil society groups face growing pressures and restrictions. Legislation has been introduced specifically targeting civil society organizations and making it almost impossible for them to operate. Champions of democracy have encountered new confrontational measures. We should all be troubled by such backsliding.
Even in societies with a good track record, there is room for improvement. No country has succeeded in ensuring that all its inhabitants are able to participate fully in public affairs, including the right to be elected to public office and to have equal access to public services. Enacting new rights or removing unjust laws is not always sufficient. Too often, discrimination persists in practice, creating barriers and mindsets that can be hard to overcome.
Vibrant civil society groups are among the keys to the well-being and functioning of any nation, and the United Nations deplores measures taken to suppress them. That is why, on this Human Right Day, the United Nations is highlighting the right to participate and the associated rights that make it possible – freedom of expression and opinion, and peaceful assembly and association.
International law is clear: No matter who you are, or where you live, your voice counts. On this Day, let us unite to defend your right to make it heard.
Ban Ki-moon
Dia Mundial dos Direitos Humanos
domingo, 9 de dezembro de 2012
Portugal na imprensa estrangeira - "Away from it all"
Uma entrevista de André Freire ao "M!C"
sábado, 8 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
"Fairy Tales"
Made in 1903, Eccentric Waltz showcases an exhibition by dancers Boldoni and Solinski, residents at the famous Eldorado cabaret in the Boulevard de Strasbourg in Paris. The lavish stencil colouring emphasises the woman's swirling skirt. Marcus Davidson composed a new soundtrack for this beautiful example of an early colour stencil film from Pathé -- one of the rare and wonderful films from the dawn of cinema to be found of the BFI's forthcoming DVD collection Fairy Tales released 3 December 2012.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
"El auténtico problema de la banca"
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