quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Quantos somos e porquê?


A população portuguesa voltou a descer pelo terceiro ano seguido e o saldo migratório negativo foi um dos principais contributos para a quebra.

Os nascimentos voltaram a descer, mas desta vez marcaram um recorde histórico ao ficar abaixo dos 90 mil (89.841). Foram menos 7,2% do que em 2011.

Para além do valor negativo do crescimento natural (ou seja, da diferença entre nascimentos e óbitos), a grande novidade e o principal contributo para a diminuição da população está no saldo migratório.

Segundo os dados do INE, houve 121.418 pessoas a sair de Portugal em 2012.

“São ordens de grandeza que nos atiram para os anos 60. Estão a sair mais pessoas do que as que nasceram”.

O índice de fecundidade passou de 1.35 para 1.28 filhos por mulher.

Excertos do artigo do Público.

Quais as razões para este panorama? As pessoas não querem ter filhos? As pessoas preferem viver no estrangeiro?

Obviamente que não.

Tudo se explica com as políticas seguidas nos últimos anos pelos partidos que nos governaram e governam. Políticas neoliberais para quem as pessoas são o último interesse e o lucro da banca e do grande capital o primeiro interesse.

A emigração atingiu os valores do tempo do salazarismo. E quem emigra já não são os rendeiros que viviam em casas sem chão, nem os que fugiam da guerra. São os jovens qualificados deste país.

Vamos ficar sentados a ver "a banda passar"?

Relatório completo do INE.

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