Robin Williams de Bruce Mackinnon - Canadá, Menção Honrosa
Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
"É radical, no verdadeiro sentido da palavra"
Isabel Moreira
Esta opinião da deputada socialista Isabel Moreira é demonstrativa da cegueira a que pode chegar o desespero político. Para Isabel Moreira quem votar à esquerda do PS não é patriota nem é de esquerda. Significa isto que o PS, se não tiver maioria absoluta, não sabe o que vai fazer? Preocupante, pois pode querer dizer que não passa pela cabeça à direção do PS fazer alianças à esquerda.
Para mim o que é importante é derrotar a coligação de direita. Se a esquerda ganhar é necessário um consenso que viabilize um governo contra a austeridade.
Pela parte que me toca não gosto de maiorias absolutas: são perigosas, foram perigosas e continuarão a ser perigosas.
Isabel Moreira pode apelar ao voto no PS. É o seu partido. Não pode é atacar aqueles que durante 4 anos se bateram contra este governo e contra a austeridade.
Tenho pena. Pois Isabel Moreira tem tido o meu respeito em muitas situações. Gostava de não o perder.
"Las emigraciones!
Ahogados, asfixiados, ateridos, hambrientos… padres protegiendo a sus familias, buscando darles de comer, un espacio seguro, el mero hecho de poder cruzar de una calle a otra sin que te descerrajen un tiro. Los españoles sabemos de qué va el asunto, nos fuimos a Argentina, a México, a Alemania, a Francia, a Bélgica, en busca de un futuro y provocamos la misma respuesta xenófoba, las mismas interrogantes, el mismo populismo y los mismos recelos, nos vienen a quitar el pan, a dejarnos sin trabajo… A la larga, toda esa savia fortaleció los respectivos países, por lo que la pregunta no es cómo detenerles -las fronteras inexpugnables son una fantasía-, sino cómo asimilarles, cómo proveer fondos extraordinarios, cómo reagruparles familiarmente, cómo tramitar asilos y alimentarles y blindar la tarjeta sanitaria, cómo facilitar que aprendan el idioma para que se pongan a buscar trabajo cuanto antes, porque nadie quiere marginación ni dependencia, ellos los primeros. Pero más allá, debemos seguir haciéndonos preguntas: ¿a qué se debe esta oleada de desesperación?, ¿cuáles son las raíces que están secando la credibilidad europea? Algo tendrá que ver la precariedad laboral, las bolsas de pobreza, la economía sumergida, la desigualdad pavorosa… Siempre me pregunto lo jodida que tiene que estar una persona para encajarse en el tren de aterrizaje de un avión o meterse en una maleta certificada o subirse a un bote hinchable y comenzar a jugar al ajedrez con la muerte. La respuesta siempre es categórica: tiene que estarlo a un nivel que mi mente de europeo acomodado no pueden concebir. Concertinas, muros, fosos, soldados, cuotas, devoluciones… ¿realmente a usted le detendría algo si ve a su hijo morirse de hambre? Estos movimientos serán uno de los grandes retos que tendremos que afrontar en el siglo XXI. El demonio no está solo, sino bien relacionado con el resto de comensales que se van sentando al festín caníbal, la sostenibilidad medioambiental, el control del clima, la pobreza extrema, la planificación urbana, las energías renovables… Y mientras estoy aquí soltando obviedades, alguien se ahoga cerca de Kos, alguien recibe un pelotazo en la limes húngara, alguien se monta en una embarcación inverosímil en la costa libia, un traficante de personas continúa lucrándose, un militante de extrema derecha engorda su crédito político…
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
70 anos da ONU
domingo, 27 de setembro de 2015
Portugal na imprensa estrangeira - "Pedro Costa: Portuguese director who fashioned Gil Scott-Heron's film prayer"
"No Time to Lose in Syria" - Javier Solana
sábado, 26 de setembro de 2015
Afinal porque é que não se deve acreditar nas sondagens?
A manipulação de sondagens é um facto indiscutível em todos os países: basta lembrar que 2 dias antes das eleições gregas as sondagens davam um empate técnico entre o Syriza e a Nova Democracia; o resultado está à vista.
Mas afinal o que são sondagens? Este artigo é importante para esclarecer alguma coisa deste mistério:
Sendo as eleições um dos pilares dos regimes democráticos é importante que um instrumento com tal poder de influência seja conhecido dos cidadãos, sob pena de poder ser usado para instrumentalizar a sua vontade e desvirtuar um processo essencial para a estabilidade da vida política. Nesta perspectiva, saber ler os resultados de uma sondagem é uma competência fundamental numa sociedade democrática.
A apresentação de sondagens na comunicação social centra-se, compreensivelmente (tendo em conta a natureza da comunicação social), nos resultados. A informação referente à metodologia usada é reduzida ao mínimo exigido pela legislação. A interpretação dos resultados da sondagem – feita geralmente na perspetiva de “quem vai à frente” – é da responsabilidade do jornal. Contudo, nem sempre a interpretação e apresentação editorial dos resultados é feita com o rigor técnico que seria desejável. Por exemplo, no caso em concreto, em que a margem de erro (apresentada no 3º parágrafo da notícia como “intervalo de erro”) é de ±2.5%, isso significa que os resultados na população podem variar, no caso do BE entre 6%-2,5% e 6%+2,5%, ou seja, entre 3,5% e 8.5%, da CDU entre 9%-2,5% e 9%+2,5%, ou seja, entre 6.5% e 11.5%, e do CDS entre 10%-2,5% e 10%+2,5%, ou seja entre 7.5% e 12.5%. Isto quer dizer que em rigor também existe um empate técnico entre estes três partidos, uma vez que há um conjunto de resultados possíveis, entre 7.5% e 8.5%, que são partilhados por estes três partidos.
Mas afinal o que são sondagens? Este artigo é importante para esclarecer alguma coisa deste mistério:
Sendo as eleições um dos pilares dos regimes democráticos é importante que um instrumento com tal poder de influência seja conhecido dos cidadãos, sob pena de poder ser usado para instrumentalizar a sua vontade e desvirtuar um processo essencial para a estabilidade da vida política. Nesta perspectiva, saber ler os resultados de uma sondagem é uma competência fundamental numa sociedade democrática.
Em 2011 as sondagens deixaram muito a desejar. Este exemplo é ilustrador:
Nas sondagens relativas às eleições de 2015 é extraordinária a manipulação feita pela televisão do estado: hoje adiantaram que é possível a PàF ter maioria absoluta. O Expresso e a SIC, por seu lado, têm uma sondagem que dá mais 0,5% ao PS.
Alguém percebe?
Eu percebo. Trabalhei durante 8 anos num departamento de uma empresa que fazia estudos de opinião. Tudo é possível!
Importante é a amostra e a forma de contacto. Será natural que em pleno século XXI o contacto seja o telefone fixo? Quantos jovens ficam de fora? Há em Portugal mais de 10 milhões de telemóveis e as listas telefónicas quase parecem, hoje em dia, um pequeno caderno de apontamentos.
Importante é a amostra e a forma de contacto. Será natural que em pleno século XXI o contacto seja o telefone fixo? Quantos jovens ficam de fora? Há em Portugal mais de 10 milhões de telemóveis e as listas telefónicas quase parecem, hoje em dia, um pequeno caderno de apontamentos.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
"Varoufakis told you so" - Entrevista
"J'attends avec une sorte d'impatience de passer dans le non-être." - Freud
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
"As primárias dos multimilionários" - Serge Halimi
Em 2012, Barack Obama e Willard Mitt Romney gastaram, cada um, cerca de mil milhões de dólares para financiar as suas campanhas presidenciais. O multimilionário nova-iorquino Donald Trump, em vez de pagar a sua quota-parte a um candidato, decidiu entrar ele próprio no jogo: «Eu ganho por ano 400 milhões de dólares, então que diferença é que faz para mim?»… Um outro multimilionário, Ross Perot, prometeu em 1992 «comprar a Casa Branca para a entregar aos americanos que já não a podem pagar». Provavelmente Trump vai, por sua vez, ser derrotado. Mas não sem antes ter esclarecido, à sua maneira, o funcionamento do sistema político norte-americano:«Eu sou um homem de negócios. Quando [candidatos] me telefonam, eu dou. Se preciso de alguma coisa dois ou três anos mais tarde, ligo-lhes e eles estão lá para mim». Hillary Clinton, antiga senadora de Nova Iorque e candidata às primárias democratas, também «lá» foi: «Disse-lhe para ela vir ao meu casamento, e ela veio. Sabe porquê? Entreguei dinheiro à fundação dela». Para conseguir um presidente incorruptível, sugere Trump, escolham-no a ele na lista dos grandes corruptores!
Uma sentença do Supremo Tribunal eliminou em 2010 a maior parte das restrições aos donativos políticos [1]. Desde então, as grandes fortunas exibem sem pudor os seus favores. Para explicar o número sem precedentes de candidatos republicanos à Casa Branca (dezassete), o New York Times revela que quase todos podem contar «com o apoio de um multimilionário, o que significa que a sua campanha já não tem uma relação real com a sua capacidade para angariar fundos dirigindo-se aos eleitores». John Ellis (Jeb) Bush já redefiniu a natureza dos «pequenos donativos». Para a maior parte dos candidatos, é menos de 200 dólares; para ele, menos de 25 mil dólares…
Três multimilionários – Charles e David Koch, Sheldon Adelson – tornaram-se, assim, os padrinhos do Partido Republicano. Os irmãos Koch, que detestam os sindicatos, pretendem gastar 889 milhões de dólares com as eleições do próximo ano, quase tanto como cada um dos dois grandes partidos. O governador do Wisconsin Scott Walker parece ser o favorito dos irmãos, mas três dos concorrentes deste responderam humildemente à convocatória que eles fizeram, na esperança de conseguirem também alguma parte da esmola [2].
Entretanto, o governador Walker está também a tentar agarrar Sheldon Adelson, a oitava fortuna do país e adorador do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu [3]. Mais uma vez, ele não é o único a acarinhar o multimilionário octogenário. Há dois anos, Adelson considerava que os Estados Unidos deviam lançar mísseis nucleares sobre o Irão em vez de negociar com os seus dirigentes. Talvez os dezassete candidatos republicanos tivessem esta apreciação em mente quando debateram entre si a 6 de Agosto último. Em todo o caso, todos eles se opuseram ao acordo recentemente assinado entre Washington e Teerão.
sábado 5 de Setembro de 2015
Notas
[1] Ler Robert W. McChesney e John Nichols, «Estados Unidos: media, poder e dinheiro completam a fusão», Le Monde diplomatique – edição portuguesa, Agosto de 2011.
[2] Marco Rubio, Ted Cruz e Rand Paul, respectivamente senadores da Florida, do Texas e do Kentucky.
[3] Ler «Netanyahou, président de la droite américaine?», La valise diplomatique, 4 de Março de 2015, www.monde-diplomatique.fr.
Original aqui
"The Price of European Indifference" - Bernard-Henri Lévy
O Debate?
Debate? Pois que lhe chamem como tal. A minha opinião:
- Nota negativa para os jornalistas: além de mal educados, foram arrogantes e não souberam fazer as perguntas que interessam;
- Nota negativa para Passos Coelho: esqueceu-se que estava a falar com António Costa e não com José Sócrates; mal preparado; nervoso;
- Nota negativa para António Costa: falou 90% do passado;
Conclusão:
- Europa? Não existe;
- Refugiados? Não existem;
- Segurança Social? Plafonamento horizontal e plafonamento vertical: alguém sabe o que é?
- Desemprego? Ficámos na mesma como combatê-lo;
- Impostos? ????
No geral ganhou Costa - foi mais aguerrido e convincente na peça teatral que incorporou.
Nenhum terá o meu voto.
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
"Edgar Morin : « Tout espoir d’humaniser l’Europe s’effondre »"
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
"Democratizing the Eurozone" - Yanis Varoufakis
terça-feira, 1 de setembro de 2015
François Mauriac
Mon cher Jean,
Je veux vous remercier de ces deux portraits qui me tiennent compagnie ce soir… C'est l'heure où, délicieux Mercure, vous allez entrer dans le bal. Moi, je reste avec mon âme que je n'ose pas regarder en face et ma vie que je n'ose plus dominer. Il y a le travail et des livres… Mais à certaines heures un tel tumulte s'élève dans notre cœur, que rien en dehors de lui ne saurait nous intéresser. Alors je m'occupe à classer des lettres : travail mélancolique ! Que d'amitiés mortes déjà ! Que de visages évoqués, dont les traits que j'ai tant aimés se brouillent dans ma mémoire… Ce que nous en tuons, vous, nous, d'amours et d'amitiés au long de nos pauvres vies tourmentées, j'en frémis mon petit Jean… Voici des carnets : ce sont des notes de retraites. J'ouvre au hasard et je lis ces lignes écrites par moi il y a deux ans : « Tu as considéré tes amis pour tes délices et non pour ton tourment — tu les as troublés et tu as goûté leur trouble : ce furent des objets à ton usage, ces âmes immortelles que tu aurais pu sauver !
J'aurais souhaité, mon petit Jean, que vous ne fussiez pas sur la terre uniquement pour mon égoïste joie. J'aurais voulu être dans votre vie celui qui porte un peu de vraie Lumière… — tâche sublime et dont je ne me sens plus digne. Ah ! Ne jugez pas du moins par moi la doctrine de Vie que ma vie calomnie !
Et malgré tout, mon ami, je l'aime cette doctrine. J'ai bu de cette eau qui désaltère, j'ai connu la paix ineffable d'une bonne conscience, la voix de Dieu dans le silence du cœur apaisé, les généreuses ambitions, le grand désir de donner ma vie et mon talent et tout ce que j'ai en moi pour le triomphe de l'idéal chrétien…
La vie a traversé tout cela. Elle a tout saccagé. Je suis comme un enfant qui a peur dans le noir… Je vous parlais d'un mariage possible…
Mais ce projet est une folie…Ne sachant même plus me guider, comment entraînerais-je une jeune femme sur mes mauvaises routes ?
Mon cher Jean, parlons de vous — cher petit visage éphémère — âme chantante et bondissante — qui êtes dans ces tristes jours mon unique joie — qui ne m'avez donné encore que de la joie… Il me semble que je n'ai pas su vous en remercier encore. Ma pensée se repose sur vous qui avez tant de jeunesse, de génie et de beauté ! Je m'enivre de cette grande tristesse que j'aurai à vous quitter bientôt… Du moins emporterai-je dans mon cœur notre amitié intacte. Vous ne m'oublierez pas. Je suis trop différent de ceux qui vous entourent. Vous ne m'oublierez pas… parce qu'on ne m'oublie pas…
Minuit ! À cette heure, mon petit enfant, vous laissez derrière vous dans le bal commençant un sillage d'admiration et de lumière. Le petit casque où tremblent deux ailes écrase vos beaux cheveux — et vous vivez magnifiquement votre poème de l'orgueil que vous nous récitiez tout à l'heure. Je vais dormir, mon petit Jean. J'ose vous recommander à Dieu comme mon plus précieux ami. Je vais dormir, goûter un sommeil sans rêve qui ne ressemblera pas à la vie, qui me donnera la force de recommencer demain.
Bonne nuit, Jean !
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