domingo, 2 de agosto de 2009

M. S. Lourenço - Poeta e Filósofo


No céu as estrelas movem-se,
Uma a uma, até que soam
De cristal as cadências da noite.
A chuva canta ao meio, lenta e longa.
A mim só me resta,
Numa polifonia que tudo contém,
Puro, um deus que cresça,
A aproximar-se, por degraus, da Morte.

Morreu M. S. Lourenço

1 comentário:

Carlos Pires disse...

Que espécie de palavras é esperança
É da cor da cinza
Sabe a feno antigo depois da chuva
Opaca ao tacto como o muro alto e branco
Cheira a traineiras
À corda húmida depois da pesca
O ritmo oscila na clave
O acento entre sílabas que conspiram átonas ...

MS Lourenço