terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fernando Pessoa dito

Fernando Pessoa - 75 anos

Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.

Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?

Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.

Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"WikiLeaks"


100 anos de Hollywood - 8 - Charlie Chaplin

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100 anos de Hollywood - 7 - Charlie Chaplin

"Floresta Laurissilva da Madeira"


A Floresta Laurissilva da Madeira foi classificada Património da Humanidade pela UNESCO em 1999. A Floresta Laurissilva da Madeira cobre uma área de 15 mil hectares. Doze mil são reserva natural. Noventa por cento dos 15 mil hectares são floresta primária, ou seja, não sofreu qualquer alteração.

"Israeli tanks enter Gaza"


GAZA CITY: Several Israeli tanks rolled into northern Gaza Strip Monday under a cover of intensive fire, witnesses said.

domingo, 28 de novembro de 2010

Assim vai a Europa: Irlanda

Sempre ao fim-de-semana! A zona Euro no seu melhor! A seguir é Portugal.

Bruxelas acorda ajuda de 85 mil milhões à Irlanda

Para compreender melhor o que se passa no Rio de Janeiro


Operação policial no Rio está fadada ao fracasso, diz autor de "Violência Urbana"

27 de Novembro - Dia internacional de solidariedade com povo palestiniano

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"Chris Marker, Memórias dos Tempos" - Há Cinema em Lisboa!

Chris Marker é um dos maiores cineastas vivos e mesmo um dos maiores da história da arte cinematográfica. Ao longo de quase seis décadas, Marker realizou dezenas de filmes e obras para televisão, curtas e curtíssimas, médias e longas e longuíssimas metragens, documentários e ficções. Viajante incessante é também o mais “invisível” dos cineastas, famoso por nunca dar entrevistas ou fazer aparições públicas. O seu amigo e cúmplice Alain Resnais disse: “Creio que se deve a Marker a introdução no cinema da forma do ensaio”. Já nos anos 50, de resto, André Bazin tinha tido a intuição: “Para ele o comentário de um filme não é o que se acrescenta à imagem mas quase o elemento primeiro, fundamental”. Cineasta profundamente “empenhado” acompanhando as lutas políticas ao longo do tempo e dos espaços (e há breves imagens de Portugal no imediato pós-25 de Abril em Le Fond de l’air est rouge e Sans Soleil), Marker foi elaborando a memória destes tempos. E no entanto os seus filmes não são estritamente do real imediato, do cinema como “janela aberta para o mundo” mas um processo de montagem, retomando a tradição dos soviéticos dos anos 20. Na montagem não há um tempo único mas vários estratos, o passado e o presente como também o futuro: no famoso La Jetée, feito com planos fixos, a memória de infância da personagem principal é afinal a sua própria morte. O cinema torna-se tempos, no plural. Como assinalou Raymond Bellour, Marker dá a ver que a característica maior do cinema não é tanto o movimento como o tempo. E isto na ficção científica de La Jetée ou Level 5 como nas memórias dos acontecimentos. Há autores que reinventam o cinema e Chris Marker é certamente um deles.

Augusto M. Seabra

De 2 a 6 de Dezembro na Culturgest

Filme recomendado - "The social network"


Realização de David Fincher

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Televisão

Television is a drug. from Beth Fulton on Vimeo.

Mário Cesariny - 4 anos



Faz-me o favor

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

25 de Novembro de 1975

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Petição - "Petição Para Uma Nova Economia - Uma Tomada de Posição Pública"

Para uma nova economia - Uma tomada de posição pública

Apresentamos esta tomada de posição pública no momento em que acaba de ser aprovada a política orçamental para 2011. Como todos reconhecem, as medidas adoptadas têm carácter recessivo. Mesmo que no curto prazo, permitissem conter a especulação financeira sobre a dívida externa e as necessidades de financiamento do Estado e da economia portuguesa, tal política, só por si, não abriria caminho ao indispensável processo de mudanças estruturais de que o País carece para alcançar um desenvolvimento humano e sustentável a prazo. Importa responder no curto prazo visando e construindo o longo prazo.

Reconhecemos que é necessária e urgente uma mudança profunda no paradigma da economia nacional, mas também europeia e mundial. Estamos todos envolvidos na busca de soluções. Os economistas em particular têm a responsabilidade de contribuir para encontrar respostas para os desafios da transição que marcam o mundo contemporâneo e, de modo particular, o nosso País.

A crise tem carácter sistémico e dimensão global, com contornos específicos na Zona Euro, traduzindo-se em maior pobreza, desemprego, crescentes desigualdades de riqueza e rendimento, baixa propensão ao investimento e fraco dinamismo da produção.

Raízes da crise

Presentemente, estão identificadas as raízes dos problemas: a globalização desregulada fruto da imposição de uma ideologia neoliberal que exalta o mercado e subestima o papel do Estado na economia; o predomínio dos interesses financeiros sobre toda a economia; a especulação financeira que sobrevaloriza objectivos de lucro no curto prazo; o desrespeito por elementares princípios éticos; a desconsideração de objectivos de coesão social e sustentabilidade ambiental; o enfraquecimento do papel dos Estados nacionais sem que se tenham criado mecanismos políticos supranacionais à altura.

A teoria económica permite fundamentar a denúncia de alguns dos falsos pressupostos subjacentes às opções de política económica que originaram a crise. Existe um pensamento económico alternativo que não pode mais continuar bloqueado e passar despercebido dos meios de comunicação social e na opinião pública. Há que abrir espaço a correntes teóricas com propostas diferentes, que precisam de ser debatidas.

Este debate ajudará a descobrir políticas que compatibilizem medidas de curto prazo com estratégias de desenvolvimento a prazo; que promovam o emprego e a valorização do trabalho humano, abdicando de desregulamentações contraproducentes do mercado de trabalho destinadas a transferir custos para os trabalhadores; que levem a economia a produzir bens e serviços que satisfaçam as reais necessidades humanas que reindustrializem garantindo a sustentabilidade ambiental; que combinem eficiência com igualdade substantiva, promovendo a participação motivada de todos; que aproveitem as potencialidades dos mercados e ao mesmo tempo limitem a sua expansão para o campo dos bens e serviços públicos; que assegurem a ética dos negócios; que coloquem o sistema financeiro ao serviço da economia de todos.

As reais dificuldades a nível financeiro, que Portugal e outros países da UE atravessam, têm ditado medidas de aumento regressivo de receitas fiscais e cortes injustos nas despesas públicas, medidas tantas vezes descoordenadas e sem a devida ponderação acerca do seu impacto económico e social no curto, médio e longo prazo. Trata-se de uma visão míope que não avalia as respectivas consequências na economia real e nas condições de vida e de bem-estar das populações ou na coesão social, as quais não raro impedem que se alcancem os próprios objectivos de equilíbrio financeiro visados.

Entendemos que o saneamento das finanças públicas a qualquer custo e, em simultâneo, em diversos países do mesmo espaço económico, é inalcançável e está a sobrepor-se a uma preocupação de justiça social e de relançamento das economias, ao serviço de um desenvolvimento sustentável. A este propósito, não é disfarçável um aproveitamento oportunista por parte de quem defende – sempre defendeu – uma redução do papel regulador do Estado e da prestação de serviços públicos.

Particularmente grave é o que vem sucedendo no âmbito da UE em que políticas orçamentais muito restritivas são impostas aos países membros sem atender à diversidade das respectivas economias nacionais, numa pura lógica de austeridade, ao mesmo tempo que se dá preferência a medidas de fortalecimento do sistema financeiro, mas sem a preocupação de o reformar em profundidade, como seria indispensável. A “austeridade”, de que se fala como sendo um valor, esconde interesses de concentração de riqueza e efeitos negativos no desemprego e nas condições de vida dos estratos de população mais vulneráveis.

Sob a aparência de um valor a prosseguir, visa-se a manutenção de uma economia de mercado mal concebida, de matriz neoliberal, que tem como consequência o reforço do poder financeiro e a subordinação da economia aos interesses das oligarquias detentoras desse poder.

As políticas que preconizamos

A presente crise não se resolve com cortes nos salários, pensões ou redução da provisão de bens públicos (saúde, educação, prestações e serviços sociais), nem com maior tributação dos consumos populares e consequente redução do poder de compra dos estratos sociais menos afluentes. Ao invés, as chamadas “medidas de austeridade”, que vêm sendo preconizadas e, de algum modo, impostas pelas instâncias comunitárias, podem acentuar a crise e contribuir para menor crescimento da economia, mais desemprego e, indirectamente, maior desequilíbrio das contas públicas.

Não pode ignorar-se que a crise que se vive na União e em alguns dos países membros é reflexo da crise financeira global e da escalada especulativa que ainda não terminou e, por conseguinte, enfrentar a crise implica intervenção adequada e coordenada a nível mundial, nomeadamente no que toca à eliminação de paraísos fiscais, tributação fiscal sobre transacções financeiras, aperfeiçoamento das instâncias reguladoras e do funcionamento das empresas de rating, reformas dos sistemas bancários nacionais que assegurem transparência e controlo público do crédito, combatam as acções especulativas e imponham normas de responsabilidade e conduta ética.

Não só no plano global são indispensáveis reformas. Também a nível europeu, há que introduzir reformas profundas que permitam fazer face à vulnerabilidade da zona euro a qual resulta de uma excessiva confiança posta no mercado como regulador, quando estão em presença economias muito desiguais, com consequentes desequilíbrios nas relações intra e extra comunitárias.

Os modelos sociais europeus encontram-se sob ameaça e há razões para recear que grupos de interesse venham a fazer pressão no sentido do seu progressivo desmantelamento, forçando a redução dos direitos sociais dos trabalhadores e privatizando serviços de utilidade pública, como sejam os de saúde ou de educação. Uma tal tendência, a concretizar-se, não só constituiria um retrocesso civilizacional como teria como efeito a ainda maior concentração da riqueza e dos rendimentos com consequente risco para a democracia. O modelo social europeu carece de ser aprofundado e ajustado às novas realidades, nomeadamente no que respeita à evolução demográfica, mas nunca desmantelado ou enfraquecido, já que também é a base da
possibilidade de economia próspera.

Do Banco Central Europeu espera-se um papel mais activo na ajuda a prestar aos países mais vulneráveis às acções especulativas - impedindo a inaceitável subordinação dos Estados aos mercados financeiros que actualmente se verifica - e na definição de uma política monetária que sirva de motor de crescimento da economia de toda a Zona Euro.

Também defendemos um sistema de tributação progressiva que seja concertado a nível europeu, de modo a evitar disparidades que fazem com que os fluxos económicos corroam as bases fiscais dos Estados. Defendemos a existência de uma estratégia de desenvolvimento para toda a UE e uma estreita articulação entre política orçamental e política monetária de modo a enfrentar o desemprego e garantir uma orientação eficiente dos recursos de capital para investimento produtivo e inovação em domínios estratégicos.

No plano da regulação financeira, se é justo esperar que no plano mundial se alcancem indispensáveis formas de regulação mais eficientes, tal não dispensa que no espaço europeu (e nacional) se introduzam normas prudenciais que acautelem devidamente os interesses dos pequenos aforradores e bem assim se adoptem medidas de prevenção e forte punição de operações dolosas e/ou especulativas.

O combate às desigualdades e à pobreza na UE deverá constar das prioridades das autoridades nacionais e comunitárias responsáveis pela política económica e o princípio da solidariedade subjacente aos tratados deveria levar ao estabelecimento de mínimos sociais e metas quantificadas e calendarizadas de redução da pobreza. Sabemos bem que, não só estão em causa princípios de justiça social, como também a pobreza e grandes desigualdades sociais constituem obstáculo ao próprio crescimento económico.

De igual forma, não é aceitável que, na UE, o número de desempregados seja tão elevado, nem que aumente o número daqueles que estão nessa situação por longos períodos. Os custos daí decorrentes afectam também a economia e constituem perda de recursos.

Uma coordenação eficaz das políticas económicas na UE, assim como a eliminação da rigidez monetária e orçamental da UE (Pacto de Estabilidade e Crescimento) deveriam evitar que, no futuro, o ónus do ajustamento em situação de crise recaísse, como actualmente, essencialmente, sobre os trabalhadores.

No que se refere ao saneamento financeiro, seria desejável que se implementassem sistemas de auditoria permanente às dívidas públicas, mas que aquela fosse complementada com uma vigilância atenta sobre o nível da dívida privada, sabendo-se como esta pesa no desequilíbrio das contas externas.

A auditoria deveria também incidir sobre as parcerias público-privadas, pelo peso que estas representam nos encargos futuros.

A crise em que nos encontramos abre caminho a que se equacionem no desenho de futuras estratégias de desenvolvimento as potencialidades de inovação em matéria de economia social e desenvolvimento local bem como se encarem reformas do conceito de empresa, generalizando as tradições de participação de todos os seus actores na gestão, tal como acontece em muitas economias avançadas, de modo a nela incorporar as exigências que decorrem de uma maior democratização da economia.

Por último, queremos expressar o nosso entendimento de que a responsabilização dos representantes nacionais nos órgãos comunitários, em especial no Parlamento Europeu, e a sua ligação reforçada às instituições democráticas nacionais, deverá permitir uma atempada participação em matéria de política económica e contribuir para afastar o fatalismo que tem prevalecido acerca das decisões de Bruxelas, aceites sem discussão e que tantas vezes têm acarretado efeitos desastrosos.

Sem opções claras de objectivos a atingir no médio e longo prazo, definidos num processo aberto à participação, continuaremos ao sabor de decisões pontuais e descoordenadas, tomadas sob a pressão do momento, vinda quer de entidades externas quer de interesses particulares e outros e que não constituem garantia de um desenvolvimento humano e sustentável, que responda com equidade às necessidades e aspirações dos nossos concidadãos e concidadãs e salvaguarde o bem comum das gerações futuras.

Novembro 2010


Para assinar

Portugal na imprensa estrangeira - "Greve Geral"

Portugal strikes over austerity plan

'La mayor huelga general de siempre en Portugal'

Los sindicatos dicen que Portugal ha realizado la mayor huelga general de la historia

Portuguese Unions Strike Over Austerity Measures

Grève générale massive contre l'austérité au Portugal

Grève générale monstre contre l’austérité au Portugal

Greve Geral


Hoje é dia de Greve Geral

domingo, 21 de novembro de 2010

Livros, personagens e recordações de infância - "Alice no país das Maravilhas"

"Le Petit Prince" - 27

Dia Mundial da Televisão

Livro Recomendado - "A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia"


Livros, personagens e recordações de infância - "Dumbo"

Tolstoi


Tolstoi - 100 anos da sua morte

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

World Press Photo - 1997 - Hocine Zaourar


Foto de Hocine Zaourar

Livros, personagens e recordações de infância - "Branca de Neve e os sete anões"

Afinal o que está em causa?


Começa amanhã em Lisboa a Cimeira da Nato. A vida dos lisboetas vai ser diferente: cortes de trânsito, restrições no estacionamento... Só o Metro não vai ter problemas, excepto na estação do Oriente. O país suspendeu temporariamente o acordo Schengen.

Mas afinal o que está em causa? Um novo conceito estratégico.

Em Maio foi tornado público o documento que será discutido. Foi coordenado por Madeleine Albright.

São 3 os eixos fundamentais:

1) Intervir globalmente – o NCE pretende que os membros da NATO reconheçam as limitações do Tratado assinado em 1949, nomeadamente do Artigo 5, que refere que um ataque armado contra um ou mais dos membros na Europa ou América do Norte deve ser considerado um ataque contra todos, na medida em que os perigos e ameaças são agora mais abrangentes e que surgem dentro da zona do eixo Atlântico mas sobretudo fora dessa zona. A NATO tem de se preparar para intervir em qualquer ponto do globo.

2) Novas ameaças – a implosão da Cortina de Ferro e o desmembramento do bloco soviético impunham o fim da Aliança Atlântica, por isso o NCE redefine os novos perigos que ameaçam o globo: terrorismo, criminalidade organizada internacionalmente, ambiente e alterações climáticas, armas de destruição em massa, segurança alimentar e garantia de rotas comerciais, ciber-ataques, segurança energética, etc...

3) Multi-parcerias - potenciar a criação de parcerias com outras organizações, como a União Europeia, Nações Unidas ou a OSCE, ou países tradicionalmente fora da Aliança Atlântica como a Rússia, Ucrânia ou a Geórgia. No caso da U.E. chega a referir a necessidade de reconhecer que o Tratado de Lisboa foi concebido, entre outros propósitos, para reforçar as capacidades militares e de comando da Europa e que a NATO deve usar esta parceria abrangente de forma rentável (cost-effective). Cria também uma nova figura, os parceiros operacionais, que são os países que não sendo da Nato, participam nas suas operações, o que na prática já existe, veja-se a Austrália (um dos maiores contingentes de tropas no Afeganistão), Nova Zelândia, Coreia do Sul ou até a própria China em acções de patrulhamento anti-pirataria. O documento defende também que os processos de decisão, tradicionalmente por consenso entre todos os 28 membros, devem ser agilizados e que devem ser atribuídos novos poderes ao secretário-geral ou aos chefes militares dos países membros.

Em resumo:

- justificar intervenções como a do Afeganistão ou o patrulhamento de controlo anti-pirataria no Índico;

- a União Europeia investirá no sector militar e esses recursos devem ser partilhados com a NATO;

- o secretário-geral da organização e os chefes militares dos países membros vão ter "carta branca" para a intervenção da Aliança.

Fontes: Esquerda.net, Nato

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Livros, personagens e recordações de infância - "Beep beep and Coyote"

Disco Recomendado - "As Time Goes By"

Caetano Veloso - "Noites do Norte" - "Magrelinha"

Frases célebres 31 - Jean Cocteau

Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia, mas uma meia mentira não será nunca uma meia verdade.

16 de Novembro - Dia Nacional do Mar


O Dia nacional do Mar é uma data comemorativa da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que entrou em vigor a 16 de Novembro de 1994, tendo sido ratificada por Portugal a 14 de Outubro de 1997. Um ano mais tarde, em 1998, o dia 16 de Novembro foi institucionalizado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/1998, de 10 de Julho, como o Dia Nacional do Mar.

16 de Novembro - Dia Internacional para a Tolerância


1. Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (Artigo 18);
2. Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão (Artigo 19)
3. A educação deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos (Artigo 26).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

Aung San Suu Kyi


Exclusively to the BBC

Estoril Film Festival 2010 - o vencedor!



TILVA ROSH PREVIEW from Kiselo Dete on Vimeo.

"Dezenas de saharauis estão a ser enviados para a Prisão Negra de El Aiún"


Segundo divulgou hoje a CODESA (Colectivo Saharaui de Defensores dos Direitos Humanos) — organização dos DDH presidida por Aminetu Haidar —, a repressão prossegue sete dias passados sobre a brutal invasão desencadeada pelas forças marroquinas contra o acampamento de Gdeim Izik. Segunda a ONG saharaui, a polícia marroquina enviou dezenas de saharauis para a prisão Negra de El Aiún

A CODESA cita várias testemunhas que asseguram que "as autoridades marroquinas detiveram dezenas de civis que, uma vez identificadas como saharauis, são submetidas a torturas e ameaças, Tais acções levaram muitos saharauis a abandonar as suas casas por temerem a repressão, ante a presença de centenas de militares e forças policiais por toda a cidade".

A CODESA assegura que a "polícia marroquina irrompeu às 13 horas do dia 13 de Novembro (Sábado) na casa de El-kaouri Lehoymad, onde detiveram três dos seus filhos: Lehoymad Hammadi, Bachri Lehoymad e Barka Lehoymad, apreenderam um computador e outros pertences, além de exercer brutalidade contra o filho mais novo Sidi Ahmed Lehoymed".

Segundo o comunicado da CODESA, "a policia invadiu a casa de Toubali Ahmed Elhafed em busca do seu filho Abdellahi Toubali, membro do Comité de diálogo no acampamento Gdeim Izik, e irrompeu também nas casas de um grupo de cidadãos saharauis perto da mesquita, entre elas as vivendas de: M'barek Boumesmar, Bacher El Mahmoudi, a casa da família dos defensores saharauis dos direitos humanos Sidi Ahmed Lamjayed e a família Sid Ahmed Charkaoui. Foram presas 12 pessoas, sem que se saiba o seu destino e os motivos da sua detenção", acrescenta.

Também ontem, foi "detido por um grupo especial intervenção Abdullah Lkhfwani, Fadel Akmash, membro do Comité de diálogo do acampamento saharaui de Gdeim Izik, e Lehcein Elkentawi".

Muitas vítimas saharauis continuam a sofrer as consequências da tortura e da violência por parte das tropas marroquinas, entre eles contam-se: Safiya Fadhel Mohamed Laaroussi, com fracturas nos dois ombros, Aziza Cheikh Aibid, que teve um aborto em consequência das torturas infligidas, Elhoçaini Mahmoud Elarabi, com fractura de ossos, Brahim Naji, com fracturas nas costelas, Mohamed Soyeh, fracturas na coluna e desaparecido, Yahdih Hammad, fractura no pescoço, Sadik Farah, fracturas nas mãos.



Filme recomendado - "Mistérios de Lisboa"



Realização de Raúl Ruiz

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Comissários ou mercenários?"

Que font les commissaires européens une fois leur mandat terminé ? Ils sont de plus en plus nombreux à vendre leurs services – et leur influence – aux multinationales et aux lobbies qui pullulent à Bruxelles. Et ce, sans quasiment aucun contrôle. Visite des petits et grands conflits d’intérêt qui corrompent peu à peu l’exécutif européen.
Um artigo de Frédéric Lemaire e Gildas Jossec no basta!

Clássicos do cinema - "Le Chagrin et la pitié" - 5


Le chagrin et la pitié #5



Realização de Marcel Ophüls

O Cinema está de luto - Dino De Laurentiis - (08/08/1919 - 10/11/2010)


Morreu o produtor Dino De Laurentiis.

De todos os filmes que produziu este é, para mim, o melhor:

A Cultura portuguesa está de luto


Manuel Cintra Ferreira era "uma autêntica enciclopédia da história do cinema", que amava esta arte acima de todas as outras coisas e que tinha uma grande preocupação pedagógica e de contextualização histórica, quando escrevia sobre os filmes.

Estes são os traços fundamentais da biografia profissional de Manuel Cintra Ferreira, que morreu ontem em Lisboa, aos 68 anos, vítima de um tumor cerebral.

Era o mais antigo programador da Cinemateca Portuguesa, trabalho que acumulava com o de crítico de cinema no semanário Expresso. Integrou também a equipa inicial de críticos do PÚBLICO, em 1990, e foi programador de cinema na SIC.

Há uma história que Pedro Mexia, ex-subdirector da Cinemateca, ouviu contar acerca de Manuel Cintra Ferreira: a de que ele se teria casado, mas ter-se-ia separado logo que descobriu que a companheira não gostava dos filmes de John Ford. "Não sei se é verdade", nota, mas acrescenta que, tratando-se de Cintra Ferreira e de John Ford, podemos sempre adaptar aqui a famosa tese do mestre do western: quando a lenda substitui a realidade, é a lenda que conta.

O cinema americano clássico era, de resto, o mais apreciado por Cintra Ferreira. "Na Cinemateca, quando distribuíamos pelos diferentes programadores a tarefa de escrever para as Folhas que acompanhavam as sessões, sempre que surgia um filme americano da época clássica ou mesmo pré-clássica, o Manuel Cintra Ferreira dizia logo: "Esse é meu"", recorda Mexia.

Jorge Leitão Ramos, companheiro de crítica no Expresso, e Manuel Fonseca, que, para além de no semanário e na Cinemateca, com ele trabalhou também na SIC, quando era director de programas do canal, confirmam a ideia de que Cintra Ferreira tinha "uma memória prodigiosa". "Ele tinha a história do cinema na cabeça", realça Leitão Ramos.

Luís Miguel Oliveira, crítico do PÚBLICO, assinala também a sua "curiosidade insaciável" por tudo o que dizia respeito ao cinema. "Ele gostava de gostar e de se entusiasmar com os filmes que via."

António Loja Neves diz que se tratava de "um sábio do cinema", arte que ele conhecia e amava de uma forma muito particular, tendo uma grande preocupação de comunicar esse prazer aos seus leitores. Foi assim que, com essa preocupação pedagógica e de contextualização histórica, formou várias gerações de cinéfilos, acrescenta este jornalista e também crítico de cinema do Expresso.

"Ao contrário de muitos críticos que agora entram na sala de cinema com uma "bola preta" no bolso, Cintra Ferreira ia ver um filme sempre com uma grande abertura de espírito, e com "cinco estrelas" disponíveis", diz Jorge Leitão Ramos, salientando ser essa uma atitude que cada vez mais rareia nos nossos dias.

Manuel Cintra Ferreira nasceu em Lagos, em 1942, e mudou-se ainda em criança para Lisboa, onde fez o liceu. Com formação audodidacta, começou depois a trabalhar na rádio, na Emissora Nacional, onde afirmou o seu interesse especial pelo cinema, que haveria de o levar depois à crítica e aos jornais. Manuel Fonseca e Pedro Mexia destacam também a sua generosidade e afabilidade. "É talvez a única pessoa do mundo do cinema de quem não se ouve ninguém dizer mal", diz o escritor.

A dedicação de Cintra Ferreira ao cinema e a esta instituição ficou assinalada, este ano, com a doação que decidiu fazer de duas cópias novas de dois clássicos de que ele gostava particularmente, e que faltavam na Colecção da Cinemateca: "O Ladrão de Bagdad" (1940), de Michael Powell, Ludwig Berger e Tim Whelan; e "A Desaparecida" (1956), de John Ford.

A instituição da Rua Barata Salgueiro registou e agradeceu o gesto, programando, em Outubro, um ciclo a que chamou Presentes de Manuel Cintra Ferreira, que, a par das duas obras citadas, exibiu uma selecção de outros filmes da vida do crítico, de autores como Budd Boetticher, Totó, Raoul Walsh e Jacques Tourneur.

Sérgio C. Andrade