Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
"Palestina entra na UNESCO"
Filme Recomendado - "Sangue do meu sangue"
Realização de João Canijo
O filme é bom. A técnica João Canijo resulta numa interpretação fabulosa de Rita Blanco e de grande qualidade dos outros atores, com especial destaque para os habitantes do bairro Padre Cruz. O filme perde pela duração.
domingo, 30 de outubro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Dossier África - "The secret pool of surviving Bushmen at Chrissiesmeer"
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Fado: "Património Imaterial da Humanidade"- Fado: "Intangible Heritage of Humanity"
Este é o texto oficial do comité de peritos da UNESCO que recomenda a inscrição do Fado na Lista Representativa do Património Cultural da Humanidade. Agora falta a votação pelo Comité Inter-Governamental da Convenção, que terá lugar em Bali, a 27 de Novembro. Está quase!
DRAFT DECISION 6.COM 13.39 The Committee
1. Takes note that Portugal has nominated Fado, urban popular song of Portugal for inscription on the Representative List of the Intangible Cultural Heritage of Humanity, described as follows: Fado is a performance genre incorporating music and poetry widely practised by various communities in Lisbon. It represents a Portuguese multicultural synthesis of Afro-Brazilian sung dances, local traditional genres of song and dance, musical traditions from rural areas of the country brought by successive waves of internal immigration, and the cosmopolitan urban song patterns of the early nineteenth century. Fado songs are usually performed by a solo singer, male or female, traditionally accompanied by a wire-strung acoustic guitar and the Portuguese guitarra – a pear-shaped lute with twelve wire strings, unique to Portugal, which also has an extensive solo repertoire. The past few decades have witnessed this instrumental accompaniment expanded to two Portuguese guitars, a guitar and a bass guitar. Fado is performed professionally on the concert circuit and in small ‘Fado houses’, and by amateurs in numerous grass-root associations located throughout older neighbourhoods of Lisbon. Informal tuition by older, respected exponents takes place in traditional performance spaces and often over successive generations within the same families. The dissemination of Fado through emigration and the world music circuit has reinforced its image as a symbol of Portuguese identity, leading to a process of cross-cultural exchange involving other musical traditions.
2. Decides that, from the information provided in nomination file 00563, Fado, urban popular song of Portugal satisfies the criteria for inscription on the Representative List, as follows: R.1: A musical and lyrical expression of great versatility, Fado strengthens the feeling of belonging and identity within the community of Lisbon, and its leading practitioners continue to transmit the repertory and practices to younger performers; R.2: Inscription of Fado on the Representative List could contribute to further interaction with other musical genres, both at the national and international levels, thus ensuring visibility and awareness of the intangible cultural heritage and encouraging intercultural dialogue; R.3: Safeguarding measures reflect the combined efforts and commitment of the bearers,local communities, the Museum of Fado, the Ministry of Culture, as well as other local and national authorities and aim at long-term safeguarding through educational programmes, research, publications, performances, seminars and workshops; R.4: Fado musicians, singers, poets, historians, luthiers, collectors, researchers, the Museum of Fado and other institutions participated in the nomination process, and their free, prior and informed consent is demonstrated; R.5: Fado is included in the catalogue of the Museu do Fado which was expanded in 2005 into a general inventory including also the collections of a wide range of public and private museums and archives.
3. Inscribes Fado, urban popular song of Portugal on the Representative List of the Intangible Cultural Heritage of Humanity.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
"Precisão"
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
Clarisse Lispector
Livros, personagens e recordações de infância - "Jogo das escondidas"
Material: o nosso corpo e um espaço determinado
Como se joga: escolhemos um determinado espaço para jogar. Depois escolhe-se uma pessoa para contar até determinado número. Enquanto essa pessoa conta de olhos fechados os outros vão-se esconder. A seguir essa pessoa vai procurar os restantes jogadores. A primeira pessoa a ser encontrada é o próximo ficar a contar; se alguém que está escondido, conseguir chegar ao sítio onde se salva e disser: Salva todos! Volta a ser a mesma pessoa a contar.
Laura Pollán (1948-2011)
"Se resultar deem o Nobel ao Gaspar"
Até 2013, a generalidade dos trabalhadores portugueses por conta de outrem vai perder entre 40% a 50% do seu rendimento e todos os seus ativos (casas, poupanças, etc.) vão sofrer uma desvalorização da mesma ordem de grandeza. Pergunto: alguém pensa que isto se fará de forma pacífica? Alguém pensa que o bom povo português aceitará mansamente este roubo? Alguém pensa que assistiremos bovinamente a este assalto? Repito: entre 2011 e 2013, o Governo toma medidas que lhe permitirão confiscar metade do que ganhamos hoje. É deste brutal esbulho que falamos e que está ao nível de decisões idênticas tomadas por governos da América Latina nos anos 80. É isto que está por trás da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012 e das decisões que o Governo já tomou em 2011. É sobre os escombros resultantes desta violentíssima e muito rápida pauperização da generalidade dos trabalhadores e quadros médios e superiores, públicos e privados, bem como dos reformados e pensionistas, que o ministro das Finanças espera que Portugal triunfe “como economia aberta e competitiva na Europa e no mundo” no final do programa de ajustamento. Faz sentido?
Como é óbvio, só quem ensaia soluções asséticas e perfeitas em laboratório é que pode imaginar que esta história terá um final feliz. O mantra do ministro das Finanças (para conhecer o pensamento de Vítor Gaspar ler o excelente artigo que Pedro Lains publicou no “Jornal de Negócios” de 19 de outubro) é tornar-nos a pequena China da Europa, assente em salários baixíssimos, sem subsídio de férias nem de Natal, relações laborais precarizadas, horários de trabalho flexíveis e menos férias e feriados.
Mas Gaspar quer ir mais longe. E assim a draconiana consolidação orçamental só será eficaz se, como diz, for acompanhada por uma agenda de transformação estrutural da economia portuguesa, nomeadamente um amplo programa de privatizações. O que quer isto dizer? Quer dizer vender ao preço da chuva e ao estrangeiro tudo o que seja empresa pública lucrativa ou participações do Estado em empresas, mesmo que elas constituam monopólios naturais; e não deixar na posse do Estado nem um único centro de decisão. Outros dois componentes fundamentais desta agenda de transformação estrutural são a “flexibilização do mercado de trabalho” (que nos permitirá trabalhar com regras cada vez mais próximas dos chineses) e a reforma do sistema judicial (de que, até agora, ainda não tivemos nenhuma notícia).
O tatcherismo serôdio do ministro das Finanças afirma-se pelo preconceito contra tudo o que é público e pela fezada de que colocando-nos todos a pão e água conseguiremos atingir os grandes equilíbrios macroeconómicos em 2014, partindo daí para uma fase de grande prosperidade. Mas será que o senhor não percebe que os melhores quadros do sector privado vão emigrar logo que puderem? Será que não percebe que os bons (e cada vez mais raros) quadros da Função Pública se passarão para o privado à primeira oportunidade? Não percebe que ninguém investirá um cêntimo a criar novas unidades produtivas em Portugal nos próximos anos (comprar empresas já existentes não acrescenta nada em matéria de emprego e de criação de riqueza, como é óbvio)? Não percebe que os jovens licenciados, muitíssimo bem formados, só pensam em ir trabalhar para o estrangeiro? Não percebe que há muito se passou o limite dos sacrifícios aceitáveis e que, a partir de agora, haverá uma resistência passiva destinada a iludir o fisco? Não percebe que a economia paralela se vai tornar mais pujante do que nunca e que essa é a única via para os portugueses sobreviverem a este esbulho de que estão a ser alvo?
Dir-se-á: mas havia alternativa? Havia desde que se quisesse e lutasse por ela. O programa de ajustamento da Irlanda vai até 2015. Não se percebe porque o nosso não pode ser também estendido no tempo. O défice para 2011 já foi corrigido em alta pela troika.
Porque é que não se luta para que também o de 2012 seja aumentado? Porque é que se quer impor esta insuportável dor social aos portugueses? E na questão do financiamento à economia, porque não se bate o Governo porque haja uma nova tranche (cerca de €20 mil a €30 mil milhões) para que o Governo pague às empresas públicas de transportes e estas aos bancos, que terão assim liquidez para financiar as pequenas e médias empresas?
Mas não. O que Gaspar quer é tornar a economia portuguesa competitiva através de uma violentíssima desvalorização por via salarial, pela maior recessão desde há 37 anos e por quebras do investimento e do consumo que não se verificam desde os anos 80. Se isto der resultado, deem-lhe o Nobel.
Texto de Nicolau Santos, no Expresso de Sábado
sábado, 22 de outubro de 2011
Indignada!
No entanto, assisti ontem a um triste "espetáculo": o assassinato de Kadafi. As televisões superaram as expectativas: as imagens de um bando de "vampiros" a assassinar um homem. Para a posteridade.
Aqueles que, como eu, se indignaram com o assassinato de Bin Laden há bem pouco tempo, não podem deixar de condenar os atos perpetrados por este bando de assassinos.
A Amnistia Internacional pediu um inquérito e bem. A ONU já acionou um. Nada justifica os atos abomináveis destes selvagens. Nem os carrascos nazis tiveram semelhante tratamento.
Perde-se uma excelente oportunidade de julgar um ditador. Um carrasco. Possivelmente para os melhores "interesses" da Líbia (que se vê livre de um processo que só iria criar entropias) e daqueles que se tornaram grandes amigos do ex-líder líbio a bem de interesses meramente económicos.
Já tínhamos tido conhecimento de sevícias cometidas pelas forças rebeldes. O que aconteceu ontem deixa muitas interrogações e receios. É este o futuro da Líbia?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Assim vai a Europa! - "ETA diz “basta” à luta armada"
Esperamos que seja para durar!
Curiosidades da língua portuguesa - "Andar na linha"
Significado: Agir com correcção, com aprumo.
Origem: De origem controversa, a expressão pode ter nascido do transporte ferroviário, mas é provável que, antes, tenha sido proferida nos quartéis, onde o jovem recruta aprendia a andar na linha, quer no sentido literal, acompanhando o pelotão, quer no sentido conotativo, obedecendo aos seus superiores militares, sem se desviar.
Assim vai a Europa! - "Greece's lines now are clear"
Artigo de Costas Douzinas no The Guardian
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Morreu Khadafi
Veja aqui a fantástica reportagem de Moises Saman sobre os últimos dias da Líbia com o ditador.
Dia Mundial da Osteoporose
Petição - "calls upon the People's Republic of China to put an end to its repression in Tibet as demonstrated by the ongoing unrest"
I am writing this letter to draw your kind attention to the tense situation in Tibet due to the Chinese authorities’ increased restriction in the wake of a series of self-immolation by Tibetans in Ngaba Tibetan region.
These acts by Tibetans to self-immolate are signs of increasing sense of desperation on account of continued denial of freedom by the Chinese government, including in matters of religious freedom. The situation is certainly made worse by the lack of any positive response by China to His Holiness the Dalai Lama’s effort to find a genuine and lasting solution to the Tibetan issue for the mutual benefit of the Tibetans and Chinese people.
I would like urge you to immediately call on the Chinese Government to withdraw all restrictive measures in Tibetan areas
Assine aqui
Arthur Rimbaud
Le mouvement de lacet sur la berge des chutes du fleuve,
Le gouffre à l'étambot,
La célérité de la rampe,
L'énorme passade du courant,
Mènent par les lumières inouïes
Et la nouveauté chimique
Les voyageurs entourés des trombes du val
Et du strom.
Ce sont les conquérants du monde
Cherchant la fortune chimique personnelle ;
Le sport et le confort voyagent avec eux ;
Ils emmènent l'éducation
Des races, des classes et des bêtes, sur ce vaisseau.
Repos et vertige
A la lumière diluvienne,
Aux terribles soirs d'étude.
Car de la causerie parmi les appareils, le sang, les fleurs, le feu, les bijoux,
Des comptes agités à ce bord fuyard,
- On voit, roulant comme une digue au-delà de la route hydraulique motrice,
Monstrueux, s'éclairant sans fin, - leur stock d'études ;
Eux chassés dans l'extase harmonique,
Et l'héroïsme de la découverte.
Aux accidents atmosphériques les plus surprenants,
Un couple de jeunesse s'isole sur l'arche,
- Est-ce ancienne sauvagerie qu'on pardonne ? -
Et chante et se poste.
Arthur Rimbaud
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
O veto Sr. Presidente, o veto
As declarações do Presidente da República relativamente ao corte dos subsídios aos funcionários públicos, trabalhadores de empresas públicas e pensionistas só podem ter um consequência - o veto do OGE por parte de Cavaco Silva. A não ser que seja só retórica.
Não estou a dizer-vos nada de novo. Era a posição que eu tinha quando o anterior Governo fez um corte nos vencimentos dos funcionários públicos. Os livros ensinam-nos quais são os princípios básicos de equidade fiscal e é sabido por todos os que estudam esses livros que a regressão de vencimentos ou de pensões a grupos específicos é um imposto. Ora, para que não deixe de haver equidade fiscal, só há duas soluções: ou se toma a mesma medida para os trabalhadores do setor privado, ou se anula o corte dos subsídios. Mas o PR entende que há limites para os sacrifícios que se podem pedir ao comum dos cidadãos pelo que não estará, com certeza, a pensar na 1ª hipótese.
Portanto, a única solução é, sem dúvida, o veto.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Então, é assim! - 2
Alguns têm «um estatuto especial dada a sua participação no Eurosistema e as garantias de independência estabelecidas nos tratados».
Não há estatuto que possa ultrapassar a ética! O Tribunal Constitucional meteu férias?
Então, é assim! - 1
- Corte dos subsídios de Natal e férias para os funcionários públicos, trabalhadores de empresas públicas e pensionistas que ganham até 1.000 euros
- Corte de 1 subsídio para os funcionários públicos, trabalhadores de empresas públicas e pensionistas que ganham entre o salário mínimo e 1.000 euros
- Aumento do horário de trabalho em 30 minutos/dia para os trabalhadores das empresas privadas
- Fim das deduções dos empréstimos de habitação e rendas de casa em sede de IRS
- Aumento do IVA para 23% na restauração
- Aumento do IVA para a taxa intermédia para grande parte dos produtos alimentares
- Aumento do IVA para os espetáculos
- etc, etc, etc...
"O desenvolvimento do subdesenvolvimento"
Por isso se convocam os jovens para a guerra, e não os velhos. Não estariam os super-ricos em melhores condições de responder à emergência nacional?
Esta é uma das perplexidades que leva os indignados a manifestarem-se nas ruas. Mas há muito mais. Perguntam-se muitos cidadãos: as medidas de austeridade vão dar resultado e permitir ver luz ao fundo do túnel daqui a dois anos? Suspeitam que não porque, para além de irem conhecendo a tragédia grega, vão sabendo que as receitas do FMI, agora adotadas pela UE, não deram resultado em nenhum país em que foram aplicadas – do México à Tanzânia, da Indonésia à Argentina, do Brasil ao Equador – e terminaram sempre em desobediência e desastre social e econômico. Quanto mais cedo a desobediência, menor o desastre.
Em todos estes países foi sempre usado o argumento do desvio das contas superior ao previsto para justificar cortes mais drásticos. Como é possível que as forças políticas não saibam isto e não se perguntem por que é que o FMI, apesar de ter sido criado para regular as contas dos países subdesenvolvidos, tenha sido expulso de quase todos eles e os seus créditos se confinem hoje à Europa. Por que a cegueira do FMI e por que é que a UE a segue cegamente? O FMI é um clube de credores dominado por meia dúzia de instituições financeiras, à frente das quais a Goldman Sachs, que pretendem manter os países endividados a fim de poderem extorquir deles as suas riquezas e de fazê-lo nas melhores condições, sob a forma de pagamento de juros extorsionários e das privatizações das empresas públicas vendidas sob pressão a preços de saldo, empresas que acabam por cair nas mãos das multinacionais que atuam na sombra do FMI. Assim, a privatização da água pode cair nas mãos de uma subsidiária da Bechtel (tal como aconteceu em Cochabamba após a intervenção do FMI na Bolívia), e destinos semelhantes terão a privatização da TAP, dos Correios ou da RTP.
O back-office do FMI são os representantes de multinacionais que, quais abutres, esperam que as presas lhes caiam nas mãos. Como há que tirar lições mesmo do mais lúgubre evento, os europeus do sul suspeitam hoje, por dura experiência, quanta pilhagem não terão sofrido os países ditos do Terceiro Mundo sob a cruel fachada da ajuda ao desenvolvimento.
Mas a maior perplexidade dos cidadãos indignados reside na pergunta: que democracia é esta que transforma um ato de rendição numa afirmação dramática de coragem em nome do bem comum? É uma democracia pós-institucional, quer porque quem controla as instituições as subverte (instituições criadas para obedecer aos cidadãos passam a obedecer a banqueiros e mercados), quer porque os cidadãos vão reconhecendo, à medida que passam da resignação e do choque à indignação e à revolta, que esta forma de democracia partidocrática está esgotada e deve ser substituída por uma outra mais deliberativa e participativa, com partidos mas pós-partidária, que blinde o Estado contra os mercados, e os cidadãos, contra o autoritarismo estatal e não estatal. Está aberto um novo processo constituinte. A reivindicação de uma nova Assembléia Constituinte, com forte participação popular, não deverá tardar.
Boaventura de Sousa Santos é sociólogo e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal).
"Tu tens um medo"
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles
domingo, 16 de outubro de 2011
15 de Outubro de 2011 - Indignados no mundo - 2
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Uma oportunidade histórica e única!
Na América do Norte e em toda a Europa multidões estarão a responder ao apelo para manifestações de protesto no Sábado dia 15 de Outubro contra a crise e as medidas anti-populares dos governos actualmente instituídos.
Estamos a testemunhar e a participar na emergência de um movimento de tipo novo - sem modelos estabelecidos, sem programas elaborados mas com uma orientação de revolta contra um capitalismo globalizado e desregulado em crise que está a minar os ganhos mínimos de uma civilização decente que até recentemente chamávamos democracia e, na Europa, 'o modelo social europeu'.
As manifestações foram convocadas e bem.
Programas haverão muitos. Em conjunto, e em conjuntos diversos, formularemos programas, e discutiremos as nossas diferenças. Por agora, juntaremos livremente no Sábado, dia 15 de Outubro de 2011 às 15h no Marquês de Pombal em Lisboa, nas outras cidades de Portugal e do mundo.
Somos trabalhadores e profissionais, somos funcionários públicos de quadro e contratados, somos jovens e menos jovens, no activo e na reforma, trabalhadores independentes e precários, desempregados e empregados: somos a grande maioria que não está a lucrar com a crise e que não aceita ficar refém dos mercados e do sistema financeiro!
A nossa vontade é estar presentes no início do movimento, protestar unindo a maior diversidade de vozes e exercendo o nosso juízo crítico na procura de ideias comuns.
É uma oportunidade histórica e única!