As publicações "a metro" passaram a ser na Universidade e Centros de Investigação um problema grave para os investigadores. Os curricula passaram a "contar" o número de publicações ao invés da qualidade e originalidade do que se publica. Este "post" de Miguel Cardina no Arrastão é, por isso, muito importante para compreender melhor o que está em causa.
Quem trabalha em ambiente académico conhece bem a pressão do “publish or perish”. Pressão mais forte em universidades ou centros mais marcados pela ideia de “competição” e sedentos em divulgar uma imagem de “inovação” e “internacionalização”; pressão menos forte em locais onde a investigação se entende como parte de um processo socialmente enquadrado e cujo impacto – académico mas também social – não se resume à quantidade de publicações. Pressão, é preciso dizê-lo, que não é necessariamente má, bem pelo contrário: ela pode funcionar como um estímulo para quebras inércias e dinamizar plataformas colaborativas entre pessoas e/ou centros que trabalham numa mesma área - ainda que possa igualmente contribuir para alimentar manchas cinzentas em torno de autorias, nomeadamente em casos onde exista relação hierárquica.
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