A matriz das esquerdas é comum: reside na recusa daquilo a que Octavio Paz
chamou “ a injustiça inerente ao capitalismo.” Essa é a sua essência. Mas a
divisão entre revolucionários e reformistas vem quase desde o início. Talvez
tenha começado no Congresso de Londres do Partido Social Democrata russo, em
1904. Lenine venceu Martov, com a sua teoria de partido de vanguarda,
constituído por um núcleo de revolucionários profissionais, regido pela
disciplina do centralismo democrático. Muitos marxistas criticaram essa ideia de
introduzir de fora no movimento operário a consciência revolucionária,
considerando-a um desvio voluntarista e idealista do pensamento de Marx, para o
qual o ser (movimento dos trabalhadores) é que determina a consciência e as
formas de organização, não o contrário. Hoje ninguém discute estas velharias
ideológicas, embora nelas esteja a origem da Revolução Russa de 1917.
Na íntegra aqui.
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