sábado, 26 de novembro de 2016

"Hasta la vitória, siempre!"


Morreu Fidel Castro.

Um homem polémico com uma obra inagualável. Fidel Castro foi o líder da revolução cubana que, em 1959, libertou Cuba do domínio imperialista dos EUA. Um facto histórico que demonstrou que era possível um punhado de jovens revolucionários mudarem o mundo.

A vida de Cuba foi, a partir dessa data, uma amálgama de contradições para os revolucionários:

- como em todas as revoluções, foram cometidos, à época, fuzilamentos e mortes;
- como em todas as revoluções, foram feitos prisioneiros políticos;
- como em todas as revoluções, foram feitas injustiças.

Desde 1960, Cuba passou a ser vítima do embargo dos EUA com o objetivo de derrubar um governo revolucionário diferente de todos. Face a isso, Cuba foi obrigada a ter como aliado principal A União Soviética.

Fidel e Cuba resistiram até hoje e os EUA obrigados a reconhcer hoje, por Barak Obama, que essa foi uma atitude que não resolveu nada. Atacados por Kennedy em 1961, os cubanos não desistiram de contruir uma sociedade diferente.

Mas o regime cubano tem sido um regime contra os direitos humanos. Pessoas presas e assassinadas, partido único, sem liberdade de expressão, milhares de exilados: um regime que não defendo. Talvez o embargo tenha tido uma grande responsabilidade nisto tudo, mas nada desculpa uma ditadura.

Contudo, esta foi e é uma ditadura diferente: um ensino extraordinário, o país mais desenvolvido nos cuidados primários de saúde, uma diminuta percentagem de mortalidade infantil. Um líder amado pelo povo.

Fídel foi um homem corajoso, determinado. Apesar das minhas diferenças, respeito essa determinação e coragem.

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