terça-feira, 27 de novembro de 2012

E agora Aníbal?

Foto de Paulete Matos

Enquanto milhares de pessoas se manifestavam em frente ao Parlamento, o Orçamento de Estado para 2013 foi aprovado pela maioria que apoia o governo. O maior roubo que se fez aos portugueses desde o 25 de abril de 1974. Um deputado do CDS, Rui Barreto, votou contra e houve declarações de voto de deputados do CDS e da bancada do PSD. Vítor Gaspar entreteve-se a filosofar sobre uma suposta ala radical do PS. Todos os partidos da oposição votaram contra.

Ficámos entretanto a saber que, apesar o inflamado discurso que Seguro fez no Parlamento, o PS não deverá associar-se ao PCP, BE e alguns deputados do seu grupo parlamentar para a fiscalização sucessiva do Tribunal Constitucional. Deve ter ficado com medo da acusação de radical que Gaspar lhe fez e continua a defender o que mais gosta: o NIM.


E agora Aníbal? Toda a gente olha para ti!

 A 13/10/2012 escreveu no Facebook:

Durante a reunião anual do FMI, em Tokyo, a Srª Lagarde, Directora-Geral da instituição, e o seu economista chefe, Sr. Blanchard, a propósito dos processos de consolidação orçamental na zona Euro enunciaram uma orientação que ontem fez notícia na imprensa internacional e que, vindo de quem vem, esperemos que chegue aos ouvidos dos políticos europeus dos chamados países credores e de outras organizações internacionais. Trata-se de um ensinamento elementar da política de estabi
lização, que eu próprio várias vezes tenho referido, e que, em linguagem simples, se pode traduzir do seguinte modo: nas presentes circunstâncias, não é correto exigir a um país sujeito a um processo de ajustamento orçamental que cumpra a todo o custo um objetivo de défice público fixado em termos nominais.
Devem ser definidas políticas que garantam a sustentabilidade das finanças públicas a médio prazo e deixar funcionar os estabilizadores automáticos. Se o crescimento da economia se revelar menor do que o esperado, o défice nominal será maior do que o objetivo inicialmente fixado, porque a receita dos impostos é inferior ao previsto e as despesas de apoio ao desemprego superiores. Assim, Blanchard conclui que"nem por isso se deve impor a adoção de medidas orçamentais adicionais, o que tornaria a situação ainda pior".

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