Num artigo particularmente lúcido e informado publicado no Le Monde diplomatique - edição portuguesa - do mês de Novembro, Isabel do Carmo analisa como se conjugam interesses e mobilizam meios para inviabilizar o SNS e e escancarar a porta aos interesses privados na área da saúde . A consistência com que é feita a análise só por si recomendaria o artigo, mas a ela junta-se também um olhar menos habitual sobre as várias caixas de ressonância destes designios , caixas de ressonância que se estendem da direita à esquerda e da comunicação social ao que a autora chama "o bota-abaixo anedótico e circunstancial criador de ambiente de insegurança e aproveitado pelos populismos de vários tons ideológicos" em que estamos todos mais ou menos envolvidos muitas vezes com boas razões mas com insuficiente informação.
Com uma clareza meridiana o artigo informa mesmo, o que é raro. Mais raro ainda : propõe que se aproveitem "brechas" na selva do neoliberalismo e que deixemos de " escrever ao Presidente ( ou assinar a petição na Internet)" para passarmos a "inventar e propor soluções".
Já estamos em Dezembro mas o jornal ainda se pode encontrar e o artigo é mesmo a não perder.
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