domingo, 30 de janeiro de 2011

"Il giorno che cambiò l'informazione"


I file di Wikileaks hanno gettato nello sconforto le cancellerie di tanti Paesi ma hanno anche segnato una svolta storica per l'informazione. La data del 28 novembre 2010 sarà ricordata come il giorno in cui tutto o quasi si spostò, si svolse, si evolse e venne raccontato su internet o, quantomeno, a partire da internet.

Um artigo de Massimo Razzi no La Repubblica

O mundo mudou!

Robert Capa - In Love and War- 1

Portugal - anos 50

Bethânia, Caetano e Dona Canô cantam Oração da Mãe Menininha

Dona Canô canta "Último desejo", de Noel Rosa

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Carta aberta aos portugueses acerca da visita à Lisboa do Ministro de Negócios Estrangeiros de Israel

Um homem de nome Lieberman - o mesmo apelido que o meu avô materno - reuniu-se ontem em Lisboa com o Ministro dos Negócios Estrangeiros português e vai reunir-se hoje com o Presidente da Assembleia da República, a Comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e o Primeiro Ministro! Que eu saiba, ele pode ser um parente meu, distante e afastado ... mas devo ficar com orgulho por isso?

Na minha família há gente de varias persuasões religiosas desde ortodoxos até ateus. Também há gente com opiniões diversas no que toca ao sionismo e o Estado de Israel, desde Revisionistas do Likud até activistas a favor dos direitos do povo palestiniano. Os laços familiares permitem-nos co-existir e partilhar o que nos é comum. Mas família é família e fora da família, a politica é a politica. Neste campo o próprio povo judeu está dividido. Em particular, e apesar da predominância política das associações sionistas, não há uma voz que nos une em relação a Israel e à sua prática de ocupação dos que permanecem dos territórios que, pelo direito internacional, pertencem ao povo palestiniano. Eu, por exemplo, situo-me entre judeus que consideram que a ocupação é não só prejudicial em termos da normalização do futuro de Israel mas uma vergonhoso e inaceitável atentado contra os direitos humanos e nacionais do povo palestiniano.

Haverá vozes de entre os judeus portugueses que discordarão com a minha opinião, mas o Governo de Portugal e os portugueses têm que avaliar a politica do Estado de Israel em consonância com valores universais e democráticos, os seus compromissos internacionais e os seus próprios interesses e não devem preocupar-se com a existência de um consenso entre os
judeus para determinar o que fazer com respeito à situação no Médio-Oriente e em relação a este conflito especificamente.

Portugal, pais da União Europeia, membro do Conselho de Segurança das ONU, está vinculado ao direito internacional e o consenso internacional em relação ao conflito israelo-palestiniano. Sobre isso não há ambiguidades apesar da prolongada incapacidade da comunidade internacional em actuar decisivamente para traduzir o consenso em actos no terreno. Certamente não é preciso citar aqui todos os compromissos que isso implica mas valeria a pena parar e lembrar em primeiro lugar que o homem que actualmente representa
Israel no estrangeiro é um residente num colonato ilegal israelita em território palestiniano! A sua residência é ilegal porque todos os colonatos israelitas alem da ³Linha Verde² infringem as Convenções de Genebra com respeito à apropriação de territórios conquistados pela força e à
transferência de população. Em segundo lugar, é preciso lembrar que este homem que actualmente representa Israel é um proponente de transferência de populações, nomeadamente da transferência da população árabe de Israel para fora de Israel. Em outras palavras ele é apologista e activista da expulsão de cidadãos do seu próprio país. Em Portugal e outros países de Europa esta posição ficaria fora do discurso que consideramos aceitável em democracia; chamamos esta posição aqui incitação racista e xenófoba, mas em Israel actualmente esta perspectiva não só faz parte do discurso político nacional legitimado como está presente no discurso e prática do próprio governo e é representada por este homem que reunirá hoje com os parlamentares e o Primeiro Ministro!

Será preciso lembrar a reacção dos governos europeus quando em Áustria pais europeu! - um politico com um programa xenófobo foi integrado na coligação governamental? Houve um boicote diplomático! Em muitos aspectos pode-se afirmar que o Governo actual de Israel, com este Ministro de Negócios Estrangeiros como representante, é tão ou mais xenófobo e racista
que o governo de Áustria da altura.

Israel é um pais cuja legitimidade está consagrada entre a comunidade das nações; Portugal, tem relações bilaterais e comunitárias com Israel e, por isso, é normal que o Ministro dos Negócios Estrangeiros e o Primeiro Ministro encontrem com o Ministro de Negócios Estrangeiros de Israel.

Contudo, face à situação do conflito israelo-palestiniano, ou seja, a intransigência do Governo israelita em conformar com o direito internacional, a sua politica agressiva de expansão dos colonatos, o bloqueio desumano de Gaza, a sua continuada rejeição das propostas de paz e
normalização com os países da região, não pode haver discussão; só há uma mensagem que os nossos governantes deveriam transmitir ao representante de Israel e isso é que Portugal vai continuar a exigir o respeito pelo direito internacional em Israel-Palestina e vai actuar em consonância com esta orientação nas instâncias internacionais, que Portugal exige o fim do
bloqueio a Gaza, que Portugal exige o fim da ocupação e dos colonatos, que Portugal apoiará concretamente o estabelecimento de um Estado Palestiniano nos territórios de Cisjordânia e Gaza ocupados por Israel em 1967 com Jerusalém Oriental como capital e com uma justa solução da situação dos refugiados palestinianos.

Como é óbvio não tenho qualquer orgulho na presença em Portugal deste homem com o mesmo apelido do meu Avô, antes pelo contrario. Mas além de mais, não quero ter vergonha do Governo de Portugal e espero que a politica portuguesa não ceda nem uma virgula às politicas criativamente racistas e colonialistas deste Lieberman.

26 Janeiro de 2011

Alan David Stoleroff

"Retrato de um Portugal em Ruínas "

"Hands off our junk"


Taking the friendly skies to excess

Um artigo no The Economist

Óscares - a história dos melhores filmes em posters - 1951



Realização de Vincente Minnelli

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Tristeza"

Petição - "I call on the UN Human Rights Council to take action to ensure international justice for all Palestinian and Israeli victims"


No passado dia 19 assinalaram-se dois anos desde o fim do conflito em Gaza e sul de Israel. Durante os 22 dias marcados pela morte e destruição, cerca de 1.400 Palestinianos, dos quais 300 eram crianças, e 13 israelitas, foram mortos. A maioria das vítimas eram civis.

As missões de investigação da Amnistia Internacional e das Nações Unidas documentaram graves violações dos direitos humanos cometidas pelos dois lados do conflito e fizeram recomendações comuns nos relatórios que apresentaram: responsabilização dos culpados e reparação das vítimas. Conheça aqui o relatório completo da Amnistia Internacional.

No entanto, dois anos depois, Israelitas e Palestinianos fracassaram completamente na investigação dos incidentes ocorridos e as vítimas continuam sem justiça.

Assine a petição dirigida ao Conselho de Direitos Humanos da ONU para que na sua próxima reunião, que terá lugar em Março deste ano, quebre o impasse nas investigações e exija a responsabilização dos culpados.

Assegurar justiça para as vítimas e acabar com a impunidade é absolutamente crucial para alcançar uma paz sustentável para a região. Não se pode construir um futuro pacífico ignorando as violações do passado.

É tempo de colocar os direitos humanos e as vidas humanas à frente das questões políticas e obter justiça, verdade e reparação para todas as vítimas do conflito de Gaza.

I call on the UN Human Rights Council to take action to ensure international justice for all Palestinian and Israeli victims of the 2008-9 conflict in Gaza and southern Israel by adopting a strong resolution at its March 2011 session that:

· condemns the inadequacies of the investigations conducted by Israel and the Hamas de facto administration;

· calls on the International Criminal Court Prosecutor to urgently seek a determination from the judges of the Court on whether his office can investigate crimes committed during the Gaza conflict;

· calls on other governments to fulfil their duty to investigate and prosecute crimes committed during the conflict before their national courts by exercising universal jurisdiction; and

· refers the situation of impunity to the UN General Assembly for action.

O cartão único


Estive como presidente de uma mesa nas eleições de ontem e não posso deixar de comentar os episódios que se deram em relação ao novo cartão do cidadão. De acordo com o que sei, parece que o mesmo se passou em todo o país.

O Ministério da Administração Interna anunciou um inquérito, mas o inquérito devia ser feito ao Ministério.

Quando uma pessoa vai tirar o cartão do cidadão o número de eleitor é alterado e por esse motivo, em muitos casos, o local de voto é alterado. No entanto, ninguém é informado deste procedimento. Aliás, as pessoas nem sabem que o número de eleitor está no cartão pois, ao contrário do nº de Utente, Segurança Social e Identificação Fiscal, não consta "à vista desarmada". O número de eleitor encontra-se registado no chip.

Como é hábito, a Comissão Nacional de Eleições pediu às pessoas que confirmassem o seu local de voto. Só não explicou que o cartão do cidadão pode alterar tudo. Mau, muito mau.

Na freguesia de Alvalade, em Lisboa, muita gente desistiu de votar por isso. Este problema aumentou a percentagem da abstenção.

Pessoas houve que, morando em Alvalade, estavam registadas noutras freguesias. Outras apareceram morando noutras. Inqualificável!

Na minha mesa até houve um eleitor que disse não ter dúvidas de que o referendo no Sudão estaria melhor organizado.

Alguém tem que ser responsabilizado! E não são, com certeza os funcionários. O Sr. Ministro sim.

Até que haja novas eleições espero, sinceramente, que o problema seja resolvido. Que as pessoas sejam devidamente informadas. Caso contrário, é de pensar se não é feito de propósito.

Um homem perigoso


Não vou comentar os resultados das eleições. Apenas pedir para observarem o número de votos brancos e nulos e a percentagem da abstenção.

Vou apenas referir que dos discursos de Cavaco Silva só se pode concluir uma coisa - temos razão:

  • Um homem ressabiado
  • Um homem que não sabe viver em democracia
  • Um homem mal-educado que nem sabe que no combate político é preciso aceitar a discussão das ideias
  • Um homem que não sabe que não pode estar acima da lei
  • Um homem que apareceu com desejo de vingança
  • Em suma, UM HOMEM PERIGOSO!
Daqui para a frente, Cavaco vai ter que viver com a realidade. Já não pode dizer que a sua honestidade está acima de todas as dúvidas. Já não pode apregoar-se da tolerância. Já não pode pensar que as pessoas esqueceram o que fez enquanto 1º Ministro.

Daqui para a frente ainda é preciso estarmos mais atentos!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Voto a favor!


Voto a favor:

- da Democracia e da Liberdade

- da Constituição da República que consagra:

* Um Serviço Nacional de Saúde gratuito e Universal
* Uma Escola Pública para todos
* O direito de não ser despedido sem justa causa

- de um estado ao serviço dos cidadãos

- de uma economia ao serviço das pessoas e não das pessoas ao serviço dos "mercados"

- de uma sociedade sem medo

- de um país soberano e livre

- de um país de pé e não "de cócoras"

- de uma Europa dos cidadãos

- de uma Europa social

Voto a favor:

- de um Presidente ao serviço dos portugueses e não de interesses políticos ou económicos

- de um Presidente que seja um promotor da participação de todos na vida política

- de um Presidente que diga o que tem a dizer

- de um Presidente que fale

- de um Presidente que consagre vontades

- de um Presidente independente

- de um Presidente que, dentro do que lhe é permitido pela Constituição, congregue esforços para resolver os problemas

- de um Presidente que dê Esperança

- de um Presidente que não ameace

- de um Presidente que não crie crises artificiais

Voto a favor:

- da língua portuguesa

- do encontro dos que falam português

- do encontro dos que pensam português

- do encontro da história e da cultura portuguesa

Voto a favor:

- de Portugal e dos portugueses

Voto a favor:

- de um homem coerente

- de um homem que cumpre

- de um homem independente

Voto a favor:

- de um Presidente poeta

- da poesia na vida

- da poesia na sociedade

Nem sempre estive de acordo com Manuel Alegre. Mas Manuel Alegre sempre cumpriu o que prometeu. Estivesse eu de acordo ou não. Isso é coerência, isso é palavra.

Voto a favor! Voto a favor de Manuel Alegre!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Livro Recomendado - "Papéis Inesperados"


Julio Cortázar

Filme Recomendado - "Inside Job"



Realização de Charles Ferguson

Clássicos do cinema - "Shoah" - 6

"A Balada do Mar Salgado" - 5

Livros, personagens e recordações de infância - "Fantômas"

Frases célebres 33 - Bertrand Russell

Com um pouco de agilidade mental e algumas leituras em segunda mão, qualquer homem encontra as provas daquilo em que deseja acreditar...


Bertrand Russell

domingo, 9 de janeiro de 2011

Clássicos do cinema - "Shoah" - 3

"A Balada do Mar Salgado" - 3

Cuba


São 1,3 milhões de trabalhadores que o Estado cubano pretende dispensar nos próximos três anos. "Reordenamento laboral" e trabalhadores "disponíveis" são as palavras utilizadas pelo regime de Raúl Castro para descrever um processo que, nas palavras de um economista cubano, é "digno de um ajuste do Fundo Monetário Internacional".

Acabou a revolução!

"The story of the Abu Rahme family"


While hundreds of millions of people celebrated New Year’s Eve hugging, chanting and drinking, the people of Bil’in did not change their routine much. New Year Eve or not, Friday in Bil’in means demonstrating against the Apartheid Wall that carves the West Bank into bantustans and steals Palestnian land.

O Chefe de Estado não recomenda o estado






"Livre e fraterno Portugal"


Livre e Fraterno Portugal

Voltar a acreditar neste País
Voltarmos a regar nossa raiz
Voltarmos a sorrir sem nuvens a tapar
O sol que vai brilhar no nosso olhar.

Voltar a inventar este lugar
Viver de novo a vida sem esperar
Sonhar o velho sonho que temos adiado
E ver este País a acordar.

Refrão
Livre e Fraterno Portugal
Justo e Alegre Portugal
País feito do mar,
País feito do amor,
País do nosso sonho
Portugal

Voltarmos a cantar este País
Que espera para voltar a ser feliz
Que a Praça da Canção não seja uma ilusão
E possa ser refrão dentro de nós.

Refrão
Livre e Fraterno Portugal
Justo e Alegre Portugal
País feito do mar,
País feito do amor,
País do nosso sonho
Portugal

Carlos Castro - 65 anos


Carlos Castro encontrado morto num quarto de hotel

"Unfriend Coal"

Sites a não perder - "the comment factory"


Vítor Alves - 1935/2011


Morreu o homem que redigiu o Programa do MFA

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Notícias de Cuba - "Despidos y despedidas "


Era abogada en una empresa de Camagüey, hasta que el día de los Reyes magos le entregaron no un regalo sino el acta de su despido. Descorazonada, se llevó a casa el vaso plástico con el que tomaba agua en el trabajo y aquella planta de hojas pequeñas que adornaba su buró. En un primer momento, no supo cómo contarle al marido que ya no tenía empleo, ni siquiera llamó a sus padres para decirles que a su “niña” la habían dejado fuera con el nuevo reordenamiento laboral. Soportó y calló mientras comía en la noche y el noticiero nacional hablaba con optimismo sobre el nuevo camino para lograr la eficiencia. Sólo acostada y en la penumbra de la habitación, le explicó a él que no pusiera el reloj despertador, porque al otro día no tendría que levantarse temprano. Su nueva vida, sin trabajo, había comenzado.
Tudo aqui

"ALEGRO PIANISSIMO"


Palavras para quê?


Relatório dos "Repórteres sem fronteiras" - ano 2010

57 jornalistas mortos (25% menos que em 2009) - uma boa notícia
51 jornalistas raptados
535 jornalistas presos
1374 jornalistas atacados ou ameaçados
504 órgãos de imprensa censurados
127 jornalistas deixaram o seu país
152 bloggers e internautas presos
52 bloggers e internautas atacados
62 países censurados na Internet

Relatório

Petição - "Defend Political Prisoners; Protest Against Executions"


To subdue the angry people of Iran, who are on the verge of revolt, the Islamic regime of Iran has intensified the execution of political prisoners and is day after day announcing list of executions.

Recent successful protest in the city of Sanandaj backed by international outrage and campaign forced the Islamic regime to call off the execution of Habibolah Latifi. However the regime immediately executed two other prisoners, Ali Saremi and Ali Akbar Siyadat.

Millions are rightly outraged by these atrocities; it is important that the international campaign is coordinated and unified; We, the undersigned, therfore join this international protest and

1. Support the international campaign in support of the people of Iran to bring an end to executions and immediate release of all political prisoners. Capital punishment is an inhumane and must be ended.

2. Demand revoking of all execution orders;

3. Demand that all political prisoners, including students, worker activists, woman rights activists or anyone who has been imprisoned for their religious or non-religious views or sexuality are released immediately. Freedom of expression is a basic human right.

4. We condemn any appeasement of this regime and demand that all governments condemn these atrocities; break all diplomatic and political relations with the regime of Iran.

Assinem!