sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O PS e o Orçamento de Estado


Portugal vive uma situação de crise em que é difícil ficar-se indiferente.

Não conheço nenhum cidadão que não tenha opinião sobre a crise, a troika, o FMI ou a União Europeia. Também não conheço ninguém que não opine sobre a proposta de Orçamento de Estado, em particular sobre as medidas de austeridade que vão levar à penúria milhares de famílias e empresas.

Que os cidadãos se abstenham em eleições não é bom mas tem muitas explicações. Sociológicas, políticas, culturais, etc. Mas que haja um partido político que se abstenha na votação deste orçamento é inaceitável. Face a este orçamento só pode haver duas posições: ou contra ou a favor.

O Partido Socialista decidiu abster-se em todas as votações. Isto é, abstém-se mesmo que as eventuais propostas que faça na discussão na especialidade não sejam incorporadas. O que resolve? Nada! Que responsabilidades? Todas!

O Partido Socialista demitiu-se:
  • de fazer oposição
  • de defender os portugueses da miséria anunciada
  • de ser de esquerda
  • de ser alguma coisa
Felizmente que há muitos socialistas em Portugal. Militantes ou não desta espécie de partido.

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