Lista de premiados do 65º Festival de Cannes.
Em Portugal vão ser distribuídos estes filmes.
Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Notícias de Cuba - "Más roja que cruz"
Durante la última semana, los medios oficiales han insistido sobremanera en el origen y funcionamiento de la Cruz Roja en Cuba. Alrededor del 8 de mayo, fecha de la fundación de este cuerpo humanitario, se han publicado varios reportajes sobre su carácter auxiliador y neutral. Entrevistados para el noticiero estelar, aparecen quienes llevan un accionar sacrificado para socorrer a las víctimas de accidentes o de conflictos. Sin dudas, historias de desprendimiento personal y de filantropía que se ven compensadas con una vida que se salva o con un agravamiento físico que se evita. Pero el motivo para estos homenajes y crónicas no es solamente el de conmemorar y darle su justo reconocimiento al comité fundado por Henri Dunant en 1863. La televisión nacional trata también de limpiar la lamentable imagen dejada por uno de esos voluntarios cubanos durante la misa de Benedicto XVI en Santiago de Cuba.
terça-feira, 29 de maio de 2012
O Cinismo chama-se Lagarde!
Esta criatura, chefe do FMI, numa entrevista ao The Guardian, teve a lata de insinuar que os gregos não pagam os seus impostos. Daí estar mais preocupada com as crianças africanas do que com as gregas. Como se o FMI não fosse responsável pela fome que grassa nesse continente.
Agora, o mesmo jornal dá-nos a conhecer os impostos que ela, tão moralista, paga: zero.
É caso para dizer que o cinismo chama-se Christine Lagarde!
"Sem Ciência Não Há Futuro" - Petição
Estudantes de doutoramento com bolsa Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) estão há meses à espera de começar a receber. Há casos dramáticos de endividamento. E quem esteja no estrangeiro à beira de desistir.
Um conjunto de cientistas e professores universitários promove uma petição, em forma de carta aberta ao ministro da Educação, com vista à resolução do problema.
SEM CIÊNCIA NÃO HÁ FUTURO
CARTA ABERTA AO MINISTRO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA,
PROFESSOR DOUTOR NUNO CRATO
Exmo. Senhor Ministro da Educação e Ciência,
Portugal atravessa a maior crise económica e social desde a conquista da democracia. Esta crise traduz-se em níveis preocupantes de desemprego e da precariedade laboral, no aumento do preço de todos os bens e serviços essenciais às famílias e numa redução brutal, e sem precedentes, dos apoios sociais aos mais desfavorecidos.
Consideramos que a aposta na Ciência configura uma das soluções mais eficazes para a saída da crise, promovendo o desenvolvimento do país e a qualificação cultural, científica e social dos seus cidadãos, o que, a par do desenvolvimento da tecnologia, permitirá relançar a economia nacional e criar emprego.
Para que esta solução se concretize impõem-se algumas medidas imediatas.
O aumento da “fuga de cérebros”, fruto da ausência de oportunidades e da degradação das condições para realizar investigação em Portugal, representa um impensável desperdício económico em época de crise: é o investimento de décadas na Educação que agora abandona o país.
Sabemos que concorda connosco.
É aos bolseiros de investigação científica que se deve o recente impulso no conhecimento científico e tecnológico português. O incremento da produção científica e tecnológica nacional, em quantidade e em qualidade, que tem sido reconhecido e premiado a nível nacional e internacional, deve-se à dedicação de milhares de bolseiros e investigadores nos últimos dez anos. Os bolseiros asseguram a maior fatia da investigação produzida, asseguram uma parte substancial das necessidades de docência das universidades, muitas vezes a título “voluntário”, e asseguram uma série de outras funções, incluindo administrativas.
Apesar disso, os bolseiros de investigação científica são um alvo geralmente invisível da precariedade laboral. Os bolseiros de investigação são jovens recém-licenciados, mas são também investigadores altamente experientes de pós-doutoramento. São mães, pais, jovens e menos jovens, que vivem com “contratos” de bolsa a 3, 6 ou 12 meses. Em Portugal, os bolseiros, não progridem na carreira (porque a carreira não existe), não têm direito a contrato de trabalho e os seus vencimentos não são atualizados há mais de 10 anos. Os bolseiros não estão protegidos socialmente quando as bolsas terminam.
Somos, simultaneamente, a população mais qualificada de sempre e, por comparação, a mais precária: nunca os licenciados e doutorados representaram uma percentagem tão elevada dos desempregados. O nosso futuro é incerto e muito abaixo das legítimas expectativas de quem procurou na educação uma ferramenta para se tornar um cidadão e um profissional mais competente, servindo com isso o país. Não fomos nós que falhámos: foram as governações pautadas pela ausência de políticas de incentivo, fiscal ou outro, à criação de um mercado laboral capaz de absorver estas competências que falharam – falhando-nos a nós e ao país.
Não pedimos que resolva tudo isto de imediato, apenas que dê resposta às questões mais urgentes.
Neste último ano tem-se verificado um aumento de situações gravosas para os bolseiros de investigação afetos a projetos financiados pela Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT), que decorrem de irregularidades no fluxo financeiro entre a FCT e as entidades gestoras dos projetos.
Este facto levou à situação inédita de se renovarem contratos de bolseiros de projeto a 3 meses, em projetos aprovados pela FCT para períodos iguais ou superiores a 12 meses: é o que acontece atualmente na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Não é possível planear ciência a 3 meses em projetos pensados e aprovados para períodos superiores. Principalmente, não é possível pedir a mães e pais e filhos que vivam a três meses.
A diminuição dos fluxos de pagamentos da FCT para as entidades gestoras tem condicionado também a execução dos projetos, impedindo a sua plena concretização, penalizando a produtividade dos grupos de investigação e as avaliações futuras dos seus elementos.
Assiste-se, paralelamente, a um agravamento dramático em relação aos anos anteriores dos atrasos no pagamento de novos contratos de Bolsas Individuais de Doutoramento, que já se fixa em quase 6 meses; assiste-se a atrasos nas renovações anuais de bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento; e, finalmente, assiste-se a atrasos substanciais nos reembolsos dos pagamentos das prestações do Seguro Social Voluntário.
Os investigadores, bolseiros de investigação, presidentes de Centros de I&D e restantes cidadãos consideram que esta situação não é compatível com a dignidade, o esforço e o mérito daqueles que asseguram a investigação científica e tecnológica do país, e sublinham que ela inviabilizará, a curto prazo, uma condição fundamental para a sua recuperação económica e social: a produção científica e tecnológica. Por esse motivo, os signatários desta carta consideram fundamental que sejam tomadas as seguintes medidas:
1. A regularização do fluxo de verbas da FCT para as entidades gestoras, de forma a permitir a plena execução dos projetos;
2. Que a FCT dê prioridade à análise da rubrica "Recursos Humanos" (Bolsas), quer para Bolsas Individuais, quer para as bolsas associadas a projetos, dado que essas verbas se encontram autorizadas e orçamentadas desde a aprovação do Projeto/Plano de Trabalhos;
3. Que se proceda aos pagamentos em atraso do Seguro Social Voluntário imediatamente;
4. Que se melhore o serviço de atendimento telefónico e de correio eletrónico da FCT, permitindo àqueles que não residem em Lisboa resolver os seus problemas com celeridade;
5. Que o Senhor Ministro da Educação e Ciência interceda junto do governo, para que este assuma como prioritária uma política de incentivos conducente à criação de emprego que absorva a mão-de-obra altamente qualificada e o seu saber.
Pode assinar aqui
"Mulheres de armas"
É já dia 31 o lançamento do livro Mulheres de Armas de Isabel Lindim. Na Ler Devagar às 19:00 horas.
Sobre o livro:
Na contracapa
As histórias contadas em Mulheres de Armas poderiam fazer parte de um romance, mas aconteceram de facto, na década de 1970, e fazem parte da história da luta anti-fascista em Portugal. Nos anos que antecederam a Revolução de Abril de 1974, existiram grupos de acção armada, formados por cidadãos que não acreditavam que o regime cairia por si.
Uma dessas organizações chamava-se Brigadas Revolucionárias e durante quatro anos, de 1970 a 1974, combateu a ditadura e criou uma nova forma de luta. Com alguma ingenuidade mas muita perícia, este grupo conseguiu abalar o sistema e desorientar a polícia do Estado. O principal objectivo era boicotar a política colonial, daí que os alvos primordiais das acções fossem quartéis e material militar, seguindo o princípio de não afectar vidas humanas.
Quando, em 2007, a jornalista Isabel Lindim começou a recolher documentos sobre as Brigadas Revolucionárias e o Partido Revolucionário do Proletariado, deparou-se com as histórias de várias mulheres ligadas à organização. Mulheres que participaram em acções, colocaram explosivos e assaltaram bancos. Mulheres que se movimentaram na retaguarda das Brigadas e prestaram o apoio fundamental para a formação de uma base sólida de luta.
Das entrevistas realizadas a algumas dessas intervenientes resultaram catorze histórias de mulheres de armas, tanto no sentido figurado como no sentido literal do termo. Ficam assim inscritos na memória os importantes testemunhos de quem esteve nas trincheiras de um combate clandestino, contribuindo para construir o puzzle de uma época da história contemporânea portuguesa.
Texto de São José Almeida, publicado no Público de 28/5/2012
Era muito insatisfatória a vida naquela altura. Era uma noite escura. Vivíamos uma noite escura e éramos meio cegos.” Assim é caracterizado o período final da ditadura, por uma das activistas do Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias (PRP-BR), ouvida sob o seu “nome de guerra” e que é a Joana II, no livro Mulheres de Armas. Histórias das Brigadas Revolucionárias. As acções armadas, os riscos as motivações, da autoria de Isabel Lindim, agora editado pela Editora Objectiva.
Uma das mulheres dessa organização, Isabel do Carmo, é mãe da investigadora Isabel Lindim e faz o prefácio à obra que assume contornos inéditos. A antiga activista e dirigente política fala sobre o feminismo e o papel social e político das mulheres em Portugal, destacando a última geração do combate antifascista, então marcado pelas lutas estudantis e pela contestação à Guerra Colonial. E reflecte também sobre o que foi a história do PRP-BR, de que foi umas das principais dirigentes, em conjunto com Carlos Antunes e com o então seu companheiro, Orlando Lindim Ramos, pai de Isabel Lindim.
“Não foi fácil” fazer esta reconstituição”, explica ao PÚBLICO Isabel Lindim. “Depois da primeira entrevista, com a Marília, começaram a surgir contactos. Falei com o homem que fez mais acções e ele deu-me o contacto de várias”, prossegue a investigadora, acrescentando: “Para algumas, foi um exorcismo e foi difícil que falassem. Outras, logo ao telefone, começavam a contar coisas. Todas as conversas foram mostradas às próprias, para confirmar que podia sair o que saiu”. E lamenta: “A algumas não consegui chegar. Mas se não pusesse fim à recolha, não acabava. Fiz o livro entre 2010 e 2011, ao longo de ano e meio.”
Mulheres que ousaram
Ousar o que só poucos homens tinham coragem de fazer é uma das peculiaridades destas mulheres: integrar acções armadas contra a ditadura. Mesmo assim, Isabel Lindim alerta para que, “apesar de haver algumas mulheres na organização, a política continuava a ser um mundo essencialmente dos homens, ainda mais quando envolvia acções clandestinas” (p. 210).
Mulheres de Armas apresenta-nos, assim, a história de 15 mulheres que, na primeira linha ou na retaguarda, personificaram as 15 acções do PR-PBR, iniciadas em 7 de Novembro de 1971 na sabotagem à sede da NATO na Fonte da Telha, até 9 de Abril de 1974, com a sabotagem ao navio Niassa. Assim surgem-nos as operacionais, ainda sob pseudónimo, Graça, Joana I, Joana II e, assumindo o nome próprio, Maria Elisa da Costa, Maria Patrocínia Raposo Guerreiro, Paula Viana. Ou seja, seis mulheres que desempenharam a tarefa política de colocar bombas, rebentar petardos com panfletos de propaganda política, de assaltar bancos.
Já no apoio a estas acções armadas este livro traz para a história o contributo assumido na primeira pessoa de Teresa Gaivão Veloso, Manuela Lima, Marília Viterbo, Maria João Ceboleiro, Celeste Ceboleiro, Laurinda Queirós, Alexandra Ramos e Joana Lopes. E ainda Luísa Sarsfield Cabral, que, por ser dona de uma casa de apoio onde esteve uma mala com explosivos, sem que ela soubesse do que se tratava, acabou por ser presa pela PIDE com direito a quatro noites de tortura do sono e um mês de isolamento, para ser forçada a falar sobre um assunto que em absoluto desconhecia. Aliás, o segredo era a arma organizacional do PRP–BR. Ninguém sabia nada sobre ninguém ou sabia apenas o essencial.
“A PIDE não teve tempo nem audácia para descobrir a fileira das Brigadas Revolucionárias. Para a polícia política, a organização foi sempre uma incógnita, um grupo difícil de definir, por não se ligar a nenhum partido, e difícil de apanhar, possivelmente porque ninguém estava à espera de que uma organização vinda do nada desatasse a roubar bancos e a destruir alvos militares”, afirma Isabel Lindim, acrescentando: ”Se não tivesse acontecido o 25 de Abril, talvez a polícia tivesse descoberto o rasto da organização e dos elementos. Esta questão nunca foi esquecida pelos intervenientes das BR: um dos princípios alinhavados era o de não se saber muito sobre a vida dos outros. Assim, se fossem forçados a falar, não saberiam o que contar, por muito ‘espremidos’ que fossem” (p. 163-4). Outras regras da organização eram o autofinanciamento, através de assaltos a bancos, e o princípio de que as acções armadas e o rebentamento de bombas em alvos militares não causassem mortes. “Não apadrinhávamos a luta armada violenta, mas achávamos que era necessário fazer qualquer coisa…” (p. 111).
Mesmo assim, uma acção falhada em que a bomba rebentou ao ser instalada levou à morte de dois operacionais, Carlos Curto e Arlindo Garrett. E se mais operacionais não morreram, não foi pela ausência de risco nas operações. Exemplo é a tentativa falhada de colocação de uma bomba no Ministério do Interior, no Terreiro do Paço, através das instalações da Direcção-Geral de Saúde, que funcionava no mesmo edifício, contada no livro por Joana II. “Simulámos uma história em que eu ia pedir emprego de professora. Fiz de grávida. As bombas iam à volta da barriga, sem detonador. Quando cheguei à casa de banho, montei tudo. Eram uma espécie de chouriços, que presumíamos caber na sanita, só que eram demasiado grandes e não cabiam”, relata a operacional do PRP-BR.
“Foi mal previsto, tecnicamente. Tive medo de desmontar a bomba, portanto saí do ministério com ela montada. Na saída, ainda houve um senhor que me deu uma festinha na barriga e perguntou para quando era”, prossegue Joana II e acrescenta: “Quando saí, não vi a pessoa que estava a fazer o apoio de carro e que me levaria dali para fora. Tive de apanhar um táxi e pedir para ir devagar, disse que estava maldisposta por causa da gravidez.” E conclui: “Quando cheguei à casa onde estava a Isabel do Carmo e as outras pessoas, ia com a bomba montada. Ela disse para toda a gente sair e ajudou-me a desmontar os explosivos. Fiquei triste por não ter conseguido, porque corri todos os riscos sem efeito nenhum" (p. 112)
Fontes: Entre as brumas da memória e Público
Sobre o livro:
Na contracapa
As histórias contadas em Mulheres de Armas poderiam fazer parte de um romance, mas aconteceram de facto, na década de 1970, e fazem parte da história da luta anti-fascista em Portugal. Nos anos que antecederam a Revolução de Abril de 1974, existiram grupos de acção armada, formados por cidadãos que não acreditavam que o regime cairia por si.
Uma dessas organizações chamava-se Brigadas Revolucionárias e durante quatro anos, de 1970 a 1974, combateu a ditadura e criou uma nova forma de luta. Com alguma ingenuidade mas muita perícia, este grupo conseguiu abalar o sistema e desorientar a polícia do Estado. O principal objectivo era boicotar a política colonial, daí que os alvos primordiais das acções fossem quartéis e material militar, seguindo o princípio de não afectar vidas humanas.
Quando, em 2007, a jornalista Isabel Lindim começou a recolher documentos sobre as Brigadas Revolucionárias e o Partido Revolucionário do Proletariado, deparou-se com as histórias de várias mulheres ligadas à organização. Mulheres que participaram em acções, colocaram explosivos e assaltaram bancos. Mulheres que se movimentaram na retaguarda das Brigadas e prestaram o apoio fundamental para a formação de uma base sólida de luta.
Das entrevistas realizadas a algumas dessas intervenientes resultaram catorze histórias de mulheres de armas, tanto no sentido figurado como no sentido literal do termo. Ficam assim inscritos na memória os importantes testemunhos de quem esteve nas trincheiras de um combate clandestino, contribuindo para construir o puzzle de uma época da história contemporânea portuguesa.
Texto de São José Almeida, publicado no Público de 28/5/2012
Era muito insatisfatória a vida naquela altura. Era uma noite escura. Vivíamos uma noite escura e éramos meio cegos.” Assim é caracterizado o período final da ditadura, por uma das activistas do Partido Revolucionário do Proletariado – Brigadas Revolucionárias (PRP-BR), ouvida sob o seu “nome de guerra” e que é a Joana II, no livro Mulheres de Armas. Histórias das Brigadas Revolucionárias. As acções armadas, os riscos as motivações, da autoria de Isabel Lindim, agora editado pela Editora Objectiva.
Uma das mulheres dessa organização, Isabel do Carmo, é mãe da investigadora Isabel Lindim e faz o prefácio à obra que assume contornos inéditos. A antiga activista e dirigente política fala sobre o feminismo e o papel social e político das mulheres em Portugal, destacando a última geração do combate antifascista, então marcado pelas lutas estudantis e pela contestação à Guerra Colonial. E reflecte também sobre o que foi a história do PRP-BR, de que foi umas das principais dirigentes, em conjunto com Carlos Antunes e com o então seu companheiro, Orlando Lindim Ramos, pai de Isabel Lindim.
“Não foi fácil” fazer esta reconstituição”, explica ao PÚBLICO Isabel Lindim. “Depois da primeira entrevista, com a Marília, começaram a surgir contactos. Falei com o homem que fez mais acções e ele deu-me o contacto de várias”, prossegue a investigadora, acrescentando: “Para algumas, foi um exorcismo e foi difícil que falassem. Outras, logo ao telefone, começavam a contar coisas. Todas as conversas foram mostradas às próprias, para confirmar que podia sair o que saiu”. E lamenta: “A algumas não consegui chegar. Mas se não pusesse fim à recolha, não acabava. Fiz o livro entre 2010 e 2011, ao longo de ano e meio.”
Mulheres que ousaram
Ousar o que só poucos homens tinham coragem de fazer é uma das peculiaridades destas mulheres: integrar acções armadas contra a ditadura. Mesmo assim, Isabel Lindim alerta para que, “apesar de haver algumas mulheres na organização, a política continuava a ser um mundo essencialmente dos homens, ainda mais quando envolvia acções clandestinas” (p. 210).
Mulheres de Armas apresenta-nos, assim, a história de 15 mulheres que, na primeira linha ou na retaguarda, personificaram as 15 acções do PR-PBR, iniciadas em 7 de Novembro de 1971 na sabotagem à sede da NATO na Fonte da Telha, até 9 de Abril de 1974, com a sabotagem ao navio Niassa. Assim surgem-nos as operacionais, ainda sob pseudónimo, Graça, Joana I, Joana II e, assumindo o nome próprio, Maria Elisa da Costa, Maria Patrocínia Raposo Guerreiro, Paula Viana. Ou seja, seis mulheres que desempenharam a tarefa política de colocar bombas, rebentar petardos com panfletos de propaganda política, de assaltar bancos.
Já no apoio a estas acções armadas este livro traz para a história o contributo assumido na primeira pessoa de Teresa Gaivão Veloso, Manuela Lima, Marília Viterbo, Maria João Ceboleiro, Celeste Ceboleiro, Laurinda Queirós, Alexandra Ramos e Joana Lopes. E ainda Luísa Sarsfield Cabral, que, por ser dona de uma casa de apoio onde esteve uma mala com explosivos, sem que ela soubesse do que se tratava, acabou por ser presa pela PIDE com direito a quatro noites de tortura do sono e um mês de isolamento, para ser forçada a falar sobre um assunto que em absoluto desconhecia. Aliás, o segredo era a arma organizacional do PRP–BR. Ninguém sabia nada sobre ninguém ou sabia apenas o essencial.
“A PIDE não teve tempo nem audácia para descobrir a fileira das Brigadas Revolucionárias. Para a polícia política, a organização foi sempre uma incógnita, um grupo difícil de definir, por não se ligar a nenhum partido, e difícil de apanhar, possivelmente porque ninguém estava à espera de que uma organização vinda do nada desatasse a roubar bancos e a destruir alvos militares”, afirma Isabel Lindim, acrescentando: ”Se não tivesse acontecido o 25 de Abril, talvez a polícia tivesse descoberto o rasto da organização e dos elementos. Esta questão nunca foi esquecida pelos intervenientes das BR: um dos princípios alinhavados era o de não se saber muito sobre a vida dos outros. Assim, se fossem forçados a falar, não saberiam o que contar, por muito ‘espremidos’ que fossem” (p. 163-4). Outras regras da organização eram o autofinanciamento, através de assaltos a bancos, e o princípio de que as acções armadas e o rebentamento de bombas em alvos militares não causassem mortes. “Não apadrinhávamos a luta armada violenta, mas achávamos que era necessário fazer qualquer coisa…” (p. 111).
Mesmo assim, uma acção falhada em que a bomba rebentou ao ser instalada levou à morte de dois operacionais, Carlos Curto e Arlindo Garrett. E se mais operacionais não morreram, não foi pela ausência de risco nas operações. Exemplo é a tentativa falhada de colocação de uma bomba no Ministério do Interior, no Terreiro do Paço, através das instalações da Direcção-Geral de Saúde, que funcionava no mesmo edifício, contada no livro por Joana II. “Simulámos uma história em que eu ia pedir emprego de professora. Fiz de grávida. As bombas iam à volta da barriga, sem detonador. Quando cheguei à casa de banho, montei tudo. Eram uma espécie de chouriços, que presumíamos caber na sanita, só que eram demasiado grandes e não cabiam”, relata a operacional do PRP-BR.
“Foi mal previsto, tecnicamente. Tive medo de desmontar a bomba, portanto saí do ministério com ela montada. Na saída, ainda houve um senhor que me deu uma festinha na barriga e perguntou para quando era”, prossegue Joana II e acrescenta: “Quando saí, não vi a pessoa que estava a fazer o apoio de carro e que me levaria dali para fora. Tive de apanhar um táxi e pedir para ir devagar, disse que estava maldisposta por causa da gravidez.” E conclui: “Quando cheguei à casa onde estava a Isabel do Carmo e as outras pessoas, ia com a bomba montada. Ela disse para toda a gente sair e ajudou-me a desmontar os explosivos. Fiquei triste por não ter conseguido, porque corri todos os riscos sem efeito nenhum" (p. 112)
Fontes: Entre as brumas da memória e Público
segunda-feira, 28 de maio de 2012
28 de maio de 1926
A 28 de maio de 1926 um golpe militar pôs fim à democracia e à I República. Um facto histórico com repercussões nefastas na vida do país: durante 40 anos Portugal viveu numa ditadura com vítimas mortais, torturados, uma guerra colonial, censura, eleições fantasmas e uma polícia política que teve formação com a Gestapo. Há quem lhe chame revolução.
Eu chamo-lhe desgraça.
Merda para a Ciência!
As crianças da Casa Pia servem para tudo. Para além de sabermos que serviram durante anos para o orgasmo de certos senhores (será que não continuam a servir?), agora também sabemos que, como os ratinhos, serviram de cobaias à Universidade de Washington e ao Instituto de Medicina Dentária português. Entidades oficiais! Em nome da Ciência? Resta perguntar: é assim que Portugal protege as suas crianças? É assim que os EUA, "campeões" dos direitos humanos, protegem esses direitos?
Merda para a Ciência!
Crianças da Casa Pia foram cobaias em experiências médicas
Atletas invisíveis
Lamentável! É o mínimo que se pode dizer. Uma seleção portuguesa foi campeã mundial de atletismo e muito pouco ou nada foi noticiado. Claro! Esta seleção não tem milionários a jogar. Não tem "estrelas" da publicidade. São apenas jovens com Síndrome de Down!
A seleção portuguesa de atletismo para atletas com síndrome de Down sagrou-se, este domingo, campeã do mundo da modalidade. A competição decorreu durante três dias no Estádio João Paulo II, em Angra do Heroísmo nos Açores, e Portugal foi o grande vencedor, deixando para trás desportistas de 12 países.
A seleção portuguesa de atletismo para atletas com síndrome de Down sagrou-se, este domingo, campeã do mundo da modalidade. A competição decorreu durante três dias no Estádio João Paulo II, em Angra do Heroísmo nos Açores, e Portugal foi o grande vencedor, deixando para trás desportistas de 12 países.
domingo, 27 de maio de 2012
sábado, 26 de maio de 2012
"COISAS DA SÁBADO: CATÁLOGO DAS NOVAS CULPAS"
O estado de pecado no homem não é um facto, senão apenas a interpretação de um facto, a saber: de um mal-estar fisiológico, considerado sob o ponto de vista moral e religioso. O sentir-se alguém «culpado» e «pecador», não prova que na realidade o esteja, como sentir-se alguém bem não prova que na realidade esteja bem. Recordem-se os famosos processos de bruxaria; naquela época os juízes mais humanos acreditavam que havia culpabilidade; as bruxas também acreditavam; contudo, a culpabilidade não existia. (Friedrich Nietzsche)
Ser pobre é uma culpa.
(Significa não ser competitivo, ser preguiçoso, depender dos subsídios, explorando as novas gerações e hipotecando o seu futuro.)
Ser funcionário público é uma culpa.
(Viver a expensas dos contribuintes.)
Ser desempregado é uma culpa.
(Não ser competitivo no mercado de trabalho, não se ser “empreendedor”.)
Ser desempregado de longa duração é uma culpa.
(Sinal de preguiça e não-“ajustamento”. Condição sensível à “pieguice”.)
Ser desempregado com mais de quarenta anos é uma culpa.
(Não se ter “adaptado” a tempo. Condição sensível à “pieguice”.)
Ser desempregado com vinte anos é uma culpa.
(Não ter escolhido uma formação com “empregabilidade”.)
Ter estudado História é uma culpa.
(Escolher ser não-empregável.)
Ter estudado Filosofia é uma culpa.
(Escolher ser não-empregável.)
Ter estudado Literatura é uma culpa.
(Escolher ser não-empregável.)
Ter estudado Sociologia é uma culpa.
(Escolher ser não-empregável.)
Ser de “humanidades” é uma culpa.
(Escolher ser não-empregável.)
Viver mais do que sessenta e cinco anos é uma culpa.
(Ameaça à segurança social por via das reformas.)
Exercer os seus direitos legais à reforma é uma culpa.
(Significa pensar que se tem direitos quando não se tem nenhum. As carreiras contributivas para a segurança social são mais úteis para controlar o défice.)
Ter nascido entre 1940 e 1950 é uma culpa.
(Fazer parte da geração maldita dos anos sessenta que tem todas as ideias erradas.)
Ter nascido entre 1950 e 1960 é uma culpa.
(Fazer parte da geração maldita dos anos setenta, a segunda em perigosidade depois da dos anos sessenta.)
Ter nascido entre 1960 e 1970 é uma culpa.
(É a geração do “cavaquismo”, como se sabe, um resquício de um PSD “social-democrata” anacrónico.)
Ter nascido entre 1970 e 1980 é uma culpa.
(Idem.)
Estar vivo e adulto em 2012 é uma culpa.
(Viveu-se “acima das suas posses”.)
Estar vivo no 25 de Abril de 1974 é uma culpa.
(Veja-se este comunicado da JSD: “”o sucesso da marca do 25 de Abril e da conquista da democracia será tanto maior quanto menos depender dos agentes da mudança de 1974..”)
Não pensar que o 25 de Abril é uma “marca”, é uma culpa.
(Sinal de “corporativismo” a favor de uma marca duvidosa.)
Ter direitos sociais é uma culpa.
(O que é bom é ser-se contra os direitos, em particular quando a família é rica.)
Não ter uma família rica é uma culpa.
(Significa que os pais e os avós já não foram competitivos, genética errada.)
Ser sindicalizado é uma culpa.
(Fazer parte das forças do bloqueio antiquadas que resistem ao “ajustamento”.)
Viver fora de moda é uma culpa.
(Significa não querer ser competitivo.)
Duvidar do modo como somos governados é uma culpa.
(Ser-se “socratista” ou “velho do Restelo”.)
(Podia continuar sempre.)
José Pacheco Pereira in Abrupto
Manifesto Contra uma Europa sem Europeus
Este manifesto, publicado nos principais jornais europeus, exige uma "reconstrução da Europa a partir da base". Subscrevem-no escritores, artistas e intelectuais.
NÓS SOMOS A EUROPA!
MANIFESTO PARA UMA RECONSTRUÇÃO DA EUROPA A PARTIR DA BASE
Um Ano Europeu de Voluntariado para Todos como resposta à crise do euro!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Solidariedade com a Grécia
Pela vitória da Grécia contra a chantagem
Nas eleições do início de Maio, o povo grego rejeitou a política da troika. Desde então, o governo da Alemanha, a Comissão Europeia e o FMI ameaçam a Grécia com a expulsão do euro ou da União. Esta chantagem procura evitar que, no próximo 17 de Junho, vença um governo da esquerda contra a troika.
A vitória de um governo unitário de esquerda é decisiva para a Grécia, mas abre também caminhos para rejeitar o dogma da austeridade e a tirania da dívida na Europa.
Apelamos à solidariedade internacional com a democracia na Grécia. Apoiamos a coligação Syriza na luta por um governo que enfrente a catástrofe social e a bancarrota.
Apoiamos a esquerda grega contra a troika porque também é necessário que a esquerda portuguesa construa caminhos de coerência e alternativas corajosas, fale sem meias palavras e conquiste a maioria.
Subscreva aqui
"No to Violence!"
On Wednesday evening, May 23, over 1000 Israelis were protesting against African asylum seekers in South Tel Aviv. At the end of the protest, some of the Israeli protesters committed terrible acts of violence against the asylum seekers. This situation is unacceptable and the Government of Israel needs to hear our voices. Here you can email the President and Prime Minister. You may use our pre-written text or write you own. Please forward this page to as many people as you can and post it on your Facebook page. Thank you!
quinta-feira, 24 de maio de 2012
"The Crisis of European Democracy"
IF proof were needed of the maxim that the road to hell is paved with good intentions, the economic crisis in Europe provides it. The worthy but narrow intentions of the European Union’s policy makers have been inadequate for a sound European economy and have produced instead a world of misery, chaos and confusion.
Um artigo de Amartya Sen no The New York Times
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Petição - Lei das Rendas
Esta lei devia chamar-se Lei dos Despejos. A ser aprovada tal como está será uma castátrofe para milhares de inquilinos. Por favor Assine!
Petição contra a nova lei das rendas e contra os despejos arbitrários que irá provocar
O Governo aprovou na Assembleia da República uma lei sobre o arrendamento urbano que desequilibra a relação entre o senhorio e o inquilino.
Os jornais dão conta de que cerca de 100 mil famílias poderão ser despejadas das suas casas, mesmo sabendo que a maioria dos 255 mil arrendatários são pessoas de idade, com dificuldades económicas e/ou com problemas de saúde.
Aliás, uma das maiores perversões desta lei é permitir o despejo sem que tal seja decretado pelo tribunal e, mesmo que o inquilino tenha dinheiro para obrigar o processo a ir a tribunal, é obrigado a sair da casa onde viveu toda a vida enquanto decorre o processo.
Não aceitamos que, sob o pretexto da necessidade da reabilitação urbana e da dinamização do mercado de arrendamento, o governo imponha uma lei que penaliza milhares de pessoas, diminua a sua proteção na justiça, aumente brutalmente as rendas e que liberalize o mercado de arrendamento sem olhar aos danos sociais.
Por isso, as cidadãs e os cidadãos abaixo assinados exigem que a AR assegure, na discussão da Lei na especialidade:
1. Que os despejos só possam ser decididos por um juiz;
2. Que o período de transição das rendas antigas para o novo sistema seja de 15 anos, como estava definido no programa de Governo;
3. Que o aumento automático previsto na lei não ultrapasse os 4% do valor patrimonial do imóvel;
4. Que o valor da nova renda tenha em conta o estado do imóvel;
5. Que os melhoramentos realizados pelo inquilino sejam contabilizados e deduzidos na nova renda;
6. Que sejam definidos e divulgados imediatamente quais os critérios que irão permitir solicitar o auxílio da Segurança Social.
Petição contra a nova lei das rendas e contra os despejos arbitrários que irá provocar
O Governo aprovou na Assembleia da República uma lei sobre o arrendamento urbano que desequilibra a relação entre o senhorio e o inquilino.
Os jornais dão conta de que cerca de 100 mil famílias poderão ser despejadas das suas casas, mesmo sabendo que a maioria dos 255 mil arrendatários são pessoas de idade, com dificuldades económicas e/ou com problemas de saúde.
Aliás, uma das maiores perversões desta lei é permitir o despejo sem que tal seja decretado pelo tribunal e, mesmo que o inquilino tenha dinheiro para obrigar o processo a ir a tribunal, é obrigado a sair da casa onde viveu toda a vida enquanto decorre o processo.
Não aceitamos que, sob o pretexto da necessidade da reabilitação urbana e da dinamização do mercado de arrendamento, o governo imponha uma lei que penaliza milhares de pessoas, diminua a sua proteção na justiça, aumente brutalmente as rendas e que liberalize o mercado de arrendamento sem olhar aos danos sociais.
Por isso, as cidadãs e os cidadãos abaixo assinados exigem que a AR assegure, na discussão da Lei na especialidade:
1. Que os despejos só possam ser decididos por um juiz;
2. Que o período de transição das rendas antigas para o novo sistema seja de 15 anos, como estava definido no programa de Governo;
3. Que o aumento automático previsto na lei não ultrapasse os 4% do valor patrimonial do imóvel;
4. Que o valor da nova renda tenha em conta o estado do imóvel;
5. Que os melhoramentos realizados pelo inquilino sejam contabilizados e deduzidos na nova renda;
6. Que sejam definidos e divulgados imediatamente quais os critérios que irão permitir solicitar o auxílio da Segurança Social.
Assim vai a Europa! - "Hospital grego ameaçou ficar com bebé para mãe pagar a conta da cesariana"
Numa altura em que em Portugal cada vez mais a direita continua a atacar o Serviço Nacional de Saúde, este caso passado na Grécia é bem ilustrativo do que poderá ser o futuro de uma política de saúde anti social.
Um hospital de Atenas, na Grécia, terá ameaçado ficar com um bebé, quando a mãe disse que não tinha possibilidade de pagar os 1200 euros de custo da cesariana. Segundo as recentes políticas de austeridade, o Estado só paga despesas médicas de pessoas com emprego e contribuintes regulares.
Um hospital de Atenas, na Grécia, terá ameaçado ficar com um bebé, quando a mãe disse que não tinha possibilidade de pagar os 1200 euros de custo da cesariana. Segundo as recentes políticas de austeridade, o Estado só paga despesas médicas de pessoas com emprego e contribuintes regulares.
terça-feira, 22 de maio de 2012
A Imprensa em Portugal - Homossexualidade no "Sol"
Homossexuais contestatários é um "artigo" de José António Saraiva sobre um jovem que encontra num elevador publicado no Sol de 9 de abril. Uma prosa abjeta e própria de quem é homofóbico e quer parecer "politicamente correto".
Hoje, a propósito da morte da cantora Donna Dummer, a discoteca gay Trumps recebeu este pedido do Sol:
Boa noite,
Sou jornalista do Semanário Sol e estou a fazer um artigo sobre a morte da Donna Summer. Gostaria, se possível, que me explicassem porque é que ela é considerada um ícone gay e de saber em que medida a música dela influenciou a vossa discoteca.
Aguardo resposta.
Obrigada.
Cumprimentos,
Rita Osório.
A resposta foi esta:
Pergunte ao seu Diretor que é a pessoa que melhor sabe analisar o fenómeno gay no Mundo inteiro a começar na FNAC do Chiado.
Exemplar!!
Hoje, a propósito da morte da cantora Donna Dummer, a discoteca gay Trumps recebeu este pedido do Sol:
Boa noite,
Sou jornalista do Semanário Sol e estou a fazer um artigo sobre a morte da Donna Summer. Gostaria, se possível, que me explicassem porque é que ela é considerada um ícone gay e de saber em que medida a música dela influenciou a vossa discoteca.
Aguardo resposta.
Obrigada.
Cumprimentos,
Rita Osório.
A resposta foi esta:
Pergunte ao seu Diretor que é a pessoa que melhor sabe analisar o fenómeno gay no Mundo inteiro a começar na FNAC do Chiado.
Exemplar!!
A Imprensa em Portugal - "Director-adjunto do 'Público' confirma telefonemas de Relvas"
Vamos lá recordar:
No dia 18, é noticiado pela RTP que Ministro terá ameaçado uma jornalista do Público de divulgar, na Internet, dados da vida privada da jornalista: Conselho de Redacção do "Público" acusa Relvas de pressões sobre jornalista
No dia seguinte, de acordo com a diretora do Público, Miguel Relvas desmente mas pede desculpa. Um pouco contraditório.
Ontem foi anunciado que o PSD iria votar contra ao pedido de audição do ministro, pois o PSD considera oportunismo político.
Hoje o diretor adjunto do Público confirma pressões para condicionar publicação de trabalho de investigação e ameaças de revelação de elementos da vida privada de uma jornalista.
Agora é preciso o ministro demitir-se.
No dia 18, é noticiado pela RTP que Ministro terá ameaçado uma jornalista do Público de divulgar, na Internet, dados da vida privada da jornalista: Conselho de Redacção do "Público" acusa Relvas de pressões sobre jornalista
No dia seguinte, de acordo com a diretora do Público, Miguel Relvas desmente mas pede desculpa. Um pouco contraditório.
Ontem foi anunciado que o PSD iria votar contra ao pedido de audição do ministro, pois o PSD considera oportunismo político.
Hoje o diretor adjunto do Público confirma pressões para condicionar publicação de trabalho de investigação e ameaças de revelação de elementos da vida privada de uma jornalista.
Agora é preciso o ministro demitir-se.
Morreu Robin Gibb, dos BeeGees
Robin Gibb, de 62 anos, morreu domingo, depois de uma luta de dois anos contra um cancro no cólon e no fígado, anunciou um porta voz da família.
O cantor do grupo Bee Gees, internado num hospital de Londres, tinha sido sujeito a uma traqueostomia, há cerca de uma semana, depois de ter passado 12 dias em coma no mês passado.
O seu estado era já muito débil, prevendo os médicos que, se Robin Gibb recuperasse da operação e dos dias em coma, tivesse que reapreender a andar.
Site: Welcome to BeeGees
O cantor do grupo Bee Gees, internado num hospital de Londres, tinha sido sujeito a uma traqueostomia, há cerca de uma semana, depois de ter passado 12 dias em coma no mês passado.
O seu estado era já muito débil, prevendo os médicos que, se Robin Gibb recuperasse da operação e dos dias em coma, tivesse que reapreender a andar.
Site: Welcome to BeeGees
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Portugal é possível! - Equipa de Henrique Girão
Uma equipa de investigadores de Coimbra identificou um novo mecanismo responsável por falhas de comunicação entre células do coração que pode estar na origem das doenças cardíacas, foi hoje anunciado.
A investigação, liderada pelo bioquímico Henrique Girão e publicada na revista "Molecular Biology of the Cell", permitiu descobrir um mecanismo que leva à diminuição ou falta de comunicação entre as células, desregulando o normal batimento cardíaco.
A investigação, liderada pelo bioquímico Henrique Girão e publicada na revista "Molecular Biology of the Cell", permitiu descobrir um mecanismo que leva à diminuição ou falta de comunicação entre as células, desregulando o normal batimento cardíaco.
"Lisboa" - por Sophia de Mello Breyner Andresen
Lisboa
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como
[se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão noturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo
[da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Digo:
"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como
[se do seu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão noturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo
[da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
domingo, 20 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
A resposta de João Salaviza a João Pereira Coutinho
Mais uma vez, na coluna que escreve no Correio da Manhã, o comentador João Pereira Coutinho ataca o cinema português, em particular os jovens cineastas recentemente premiados em festivais internacionais. Uma atitude recorrente, provavelmente porque gostaria de fazer esses filmes e não é capaz.
João Salaviza, um desses jovens cineastas, responde-lhe. Vale a pena ler!
João Salaviza, um desses jovens cineastas, responde-lhe. Vale a pena ler!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
"PSD-Madeira abstém-se no voto de pesar por Miguel Portas"
Two things are infinite: the universe and human stupidity. I'm not sure about the universe - Albert Einstein (obrigada à minha amiga Gabriela Morim)
O Parlamento da Madeira aprovou hoje o voto de pesar pela morte de Miguel Portas, proposto pelo CDS-PP, numa votação envolta em polémica.
O voto de pesar foi aprovado por todos os partidos da oposição, que evocaram o espírito livre do eurodeputado, mas registou a abstenção do PSD-M. Metade dos deputados sociais-democratas abandonaram mesmo o hemiciclo do parlamento, antes da votação, incluindo o próprio líder da bancada parlamentar do PSD-M Jaime Ramos.
O Parlamento da Madeira aprovou hoje o voto de pesar pela morte de Miguel Portas, proposto pelo CDS-PP, numa votação envolta em polémica.
O voto de pesar foi aprovado por todos os partidos da oposição, que evocaram o espírito livre do eurodeputado, mas registou a abstenção do PSD-M. Metade dos deputados sociais-democratas abandonaram mesmo o hemiciclo do parlamento, antes da votação, incluindo o próprio líder da bancada parlamentar do PSD-M Jaime Ramos.
Congresso Internacional Vergílio Ferreira
De 17 a 19 Ide maio realiza-se o Congresso Internacional Vergílio Ferreira sob o tema Da Ficção à Filosofia, no Cinquentenário de Estrela Polar e Da Fenomologia a Sartre.
Pode consultar o programa aqui.
Pode consultar o programa aqui.
Carlos Fuentes
Morreu o escritor mexicano Carlos Fuentes
Perfil: Hijo de padres diplomáticos, Carlos Fuentes, el más prominente de los narradores mexicanos modernos nació en Panamá, el 11 de noviembre de 1928. Estudió en Suiza y Estados Unidos. Luego vivió por diferentes periodos en Quito, Montevideo, Río de Janeiro, Washington, Santiago y Buenos Aires. En su adolescencia regresó a México, donde se radicó hasta 1965. El tiempo que pasó en su país marcó definitivamente su obra, inmersa en el debate intelectual sobre la filosofía de “lo mexicano”. Su primer libro, “Los días enmascarados”, se publicó en 1954, y desde entonces Fuentes no ha dejado de preocuparse por la identidad mexicana y los medios adecuados para expresarla. Un hito fundamental en este clima de preocupaciones intelectuales, fue la fundación, en 1955 junto con Emmanuel Carballo y Octavio Paz, de la ya mítica Revista Mexicana de Literatura. continua...
Entrevista a Rose Mary Salum
Perfil: Hijo de padres diplomáticos, Carlos Fuentes, el más prominente de los narradores mexicanos modernos nació en Panamá, el 11 de noviembre de 1928. Estudió en Suiza y Estados Unidos. Luego vivió por diferentes periodos en Quito, Montevideo, Río de Janeiro, Washington, Santiago y Buenos Aires. En su adolescencia regresó a México, donde se radicó hasta 1965. El tiempo que pasó en su país marcó definitivamente su obra, inmersa en el debate intelectual sobre la filosofía de “lo mexicano”. Su primer libro, “Los días enmascarados”, se publicó en 1954, y desde entonces Fuentes no ha dejado de preocuparse por la identidad mexicana y los medios adecuados para expresarla. Un hito fundamental en este clima de preocupaciones intelectuales, fue la fundación, en 1955 junto con Emmanuel Carballo y Octavio Paz, de la ya mítica Revista Mexicana de Literatura. continua...
Entrevista a Rose Mary Salum
terça-feira, 15 de maio de 2012
"Did Texas execute an innocent man?"
Publiquei hoje esta notícia no Facebook.
Agora, publico a triste história que prova que a pena de morte é uma aberração da "justiça".
Agora, publico a triste história que prova que a pena de morte é uma aberração da "justiça".
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Euro 2012 - os convocados
"Grécia vai "muito possivelmente" abandonar a zona euro em Junho"
Penso que Krugman começa a exagerar no seu "desejo" de que o euro acabe
Artigo original aqui
Paul Krugman afirma que a Grécia vai "muito possivelmente" abandonar a zona euro em Junho. O Nobel da Economia antecipa a saída devido não só à falta de acordo sobre a constituição do próximo governo como também à falta de liquidez do país a partir do próximo mês.
Artigo original aqui
Subscrever:
Mensagens (Atom)