Ouvi a comunicação de Passos Coelho ao país com toda a atenção:
1ª - os trabalhadores do setor privado passam a descontar 18% para a Segurança Social, mais 7% do que atualmente (descida de salário).
2ª - As empresas vão descontar menos 5,75% para a Segurança Social; ainda pensei: bem, deve ser para as 18.000 empresas que produzem bens transacionáveis com vista ao incremento do emprego e a uma maior capacidade de concorrência; mas... a EDP, a GALP, a PT, a Banca, a SONAE, etc. também vão beneficiar desta medida; isto é, vão ter menos encargos com o fator trabalho, mais lucros. Para quê? Qual a vantagem para o país?
3ª - Os trabalhadores do setor público também vão descontar mais 7%;
4ª - Os trabalhadores do setor público continuam sem receber um dos subsídios; o outro vai ser pago em 12 meses (e absorvido pelo aumento dos descontos);
5ª - Os reformados e pensionistas que em 2012 viram os subsídios cortados vão manter esse corte;
6ª - O estado vai cortar nas "gorduras", conforme o programa do governo: nada;
7ª - O capital, o património, etc, vão ter medidas extraordinárias: está em estudo; há quanto tempo? e vai continuar a estar até que este governo se vá embora; não esquecer que o objetivo é empobrecer as pessoas, torná-las vulneráveis;
8ª - Estas medidas são para combater o desemprego, desenvolver a economia; como? baixar o consumo não desenvolve, provoca mais falências, mais desemprego e assim sucessivamente;
E a Esquerda? E a reação a estas medidas?
O PCP está na festa! Acontecimento importantíssimo do ponto de vista político e cultura, sem dúvida. Mas, mandem a malta do Seixal para Lisboa!
O BE está em discussão de moções para a Convenção de Novembro. Importante, sim senhor! Mas interromper a discussão não vai fazer mal à Convenção!
O PS... Bem, não sei!
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