Por várias vezes os venezianos têm vindo a manifestar-se contra o turismo de massas e o esvaziamento populacional do centro histórico. Este esvaziamento é fruto da alta dos preços dos imóveis (seja para vender ou alugar), da substituição de serviços essenciais por lojas de souvenirs (diga-se, de passagem, de duvidosa qualidade) e da passagem de navios de cruzeiro pelos canais da cidade. Atualmente, a Lagoa de Veneza conta com menos de 55 mil moradores e perde mais de dois a cada dia.
Estive em Veneza em setembro de 2015. Aluguei um pequeno apartamento ao pé de San Polo e calcorreei ruas, fui de vaporetto aqui e ali, bebi o melhor vinho branco que me foi dado conhecer até hoje, deslumbrei-me com os palácios, praças, catedrais, ruas, ruelas e pontes. Fui feliz e tive uma das melhores experiências da minha vida.
O resto das fotos aqui.
Luigi Brugnaro, o presidente da câmara, proibiu recentemente uma exposição do grande fotógrafo veneziano Gianni Berengo Gardin que ilustrava o crime que a entrada dos grandes paquetes na pequena cidade.
Não é a mesma coisa, mas é bom pensar de que forma se pode regular um problema de que Lisboa começa a sofrer.
Agradeço à Joana Lopes.
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