
A revista Science publicou no dia 8 um artigo de dois investigadores da Nature Conservacy, uma das mais importantes organizações privadas de protecção do ambiente, em que estes avisam que destruir ecosistemas naturais para culturas destinadas a produzir biocombustíveis agrava o aquecimento global, gerando em várias décadas mais diócido de carbono (CO2).
De acordo com Joe Fargione, um dos autores do artigo, "todos os biocarburantes que usamos actualmente levam a uma destruição da natureza, directa ou indirectamente."
O CO2 que irá para a atmosfera com origem na destruição das florestas virgens, das savanas, de turfeiras ou estepes convertidas em terrenos de cultura, ultrapassa o volume de CO2 não emitido para o ar graças à utilização dos biocarburantes.
Conversões de terrenos para cultivar milho ou cana-de-açúcar, a partir dos quais se produz etanol, ou ainda soja para o biodiesel, traduzem-se por emissões de dióxido de carbono 17 a 420 vezes maiores do que a redução conseguida pela substituição de combustíveis fósseis pelos biocombustíveis.
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