domingo, 2 de março de 2008

Virginia Woolf


O sol ainda não nascera. O mar apenas se distinguia do céu pelo leve praguear das águas, semelhante a um tecido finamente enrugado. Lentamente, à medida que o céu clareava, uma barra de sombra desceu no horizonte, separando o céu do mar, e o grande tecido cinzento ficou marcado por grossas linhas que se agitavam sob a superfície, perseguindo-se num ritmo infindável.

Ao aproximarem-se da praia as ondas erguiam-se, tomavam forma e desfaziam-se arrastando pela areia um ténue véu de espuma branca...


In As Ondas de Virginia Woolf

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