A atividade cultural em Lisboa sofreu, nas últimas décadas, um grande desenvolvimento. Lisboa é hoje palco de um vasto conjunto de iniciativas que a tornaram uma cidade interessante culturalmente. Importantes festivais de cinema e teatro, grandes festivais de música rock, de que o Rock in Rio é o expoente máximo, espetáculos de jazz, concertos de música clássica, boas exposições de pintura e fotografia, um parque de salas de teatro razoável para a dimensão da cidade transformaram a vida da capital.
Apesar do êxito de muitas destas atividades, em particular os festivais a que a juventude adere, por motivos sociais, económicos e de mobilidade, a maior parte da população não participa e continua afastada da “grande” produção cultural.
A atividade cultural em Lisboa continua a ser, na maior parte dos casos, uma atividade elitista.
Daí que o binómio cultura popular/cultura urbana tenha uma importância decisiva para a divulgação cultural e seja essencial para a participação da população
TRADIÇÃO ASSOCIATIVA
Lisboa tem uma grande tradição de associativismo desde meados do século XIX. Criadas muitas delas com vista à prática de atividades desportivas, as coletividades e associações da cidade multiplicaram-se e criaram espaços de convívio nos bairros onde se estabeleceram que permitiram a criação teatral amadora, o incremento das capacidades musicais dos jovens, jornadas culturais e de diversão, como as noites de fado, que foram, durante muitos anos, a única forma dos lisboetas desenvolverem a sua criatividade.
É neste contexto que as mais de 500 coletividades da cidade podem ter um papel determinante para uma maior democratização do acesso à cultura, do seu desenvolvimento e de uma maior sensibilização da população para a atividade cultural.
Tal como o Bloco propunha no programa eleitoral das últimas eleições autárquicas, é necessário o levantamento das atividades dessas coletividades e dotá-las de meios para o seu desenvolvimento.
Muitas destas associações têm ainda hoje grupos de teatro amador e agrupamentos musicais. Não havendo em Lisboa um grande festival teatral, a criação de um festival municipal deverá ser uma iniciativa a acarinhar pelo Bloco.
MULTICULTURALISMO
A capital portuguesa é uma hoje uma cidade multicultural. Os lisboetas pouco conhecem das culturas daqueles que são os nossos concidadãos imigrantes.
A promoção de iniciativas que permitam a estes concidadãos promoverem e comunicarem a sua cultura, tal como o Bloco propõe, é indispensável numa cidade que se quer tolerante e desenvolvida culturalmente. Deveremos continuar com a proposta da existência de um dia das Comunidades da cidade.
O Bloco tem propostas. Há que desenvolvê-las.
ANIMAÇÃO DE RUA
Tirando as “Festas de Lisboa” que, sem dúvida, têm proporcionado algum aproveitamento das ruas e espaços ao ar livre, a cidade só “vive” uma vez no ano.
O aproveitamento do espaço público enquanto espaço cultural deverá ser uma das prioridades que pode contribuir para um maior acesso da população à música popular e clássica, à pintura, ao teatro, etc..
Com esse objetivo, a criação de espaços nos jardins e praças, ateliers em prédios e pátios que estão desaproveitados ou até vazios onde os criadores possam trabalhar é uma das formas para que os nossos artistas, em particular os jovens, possam desenvolver as suas capacidades sem os custos que não estão ao alcance de muitos.
Dar oportunidade a músicos, bandas, grupos de teatro, artistas circenses através de espetáculos ao ar livre é também uma forma de permitir que as pessoas possam usufruir da cidade. Lisboa tem um clima que lhe permite ter este tipo de eventos ao longo de quase todo o ano.
LEITURAS E LEITORES
É sabido que, de uma maneira geral, os portugueses não têm hábitos de leitura. Os livros são caros e as notícias passaram a ter a rádio e, principalmente, a televisão como meios priveligiados para a sua divulgação. A escola deixou de ser um meio de aprendizagem do “ler”. Mas será que os lisboetas não gostam de ler? A verdade é que todas feiras de livros estão sempre cheias de pessoas ávidas de encontrarem livros a preços populares.
Também aqui é possível encontrar outros meios para que os lisboetas tenham um acesso mais democrático à leitura. Lisboa não tem praticamente bibliotecas com horários acessíveis; todas fecham entre as 17:00 e as 18:00 e encerram ao fim de semana. O acesso deve ser alterado, a rede deve ser expandidada e as Juntas de Freguesia devem passar a ter meios para criar bibliotecas próprias, com possibilidade dos livros serem alugados.
EM CONCLUSÃO, é possível um desenvolvimento cultural que envolva as pessoas como protagonistas, que incentive os artistas profissionais e amadores e que permita uma maior interação entre o espaço urbano e o cidadão.
Apesar do êxito de muitas destas atividades, em particular os festivais a que a juventude adere, por motivos sociais, económicos e de mobilidade, a maior parte da população não participa e continua afastada da “grande” produção cultural.
A atividade cultural em Lisboa continua a ser, na maior parte dos casos, uma atividade elitista.
Daí que o binómio cultura popular/cultura urbana tenha uma importância decisiva para a divulgação cultural e seja essencial para a participação da população
TRADIÇÃO ASSOCIATIVA
Lisboa tem uma grande tradição de associativismo desde meados do século XIX. Criadas muitas delas com vista à prática de atividades desportivas, as coletividades e associações da cidade multiplicaram-se e criaram espaços de convívio nos bairros onde se estabeleceram que permitiram a criação teatral amadora, o incremento das capacidades musicais dos jovens, jornadas culturais e de diversão, como as noites de fado, que foram, durante muitos anos, a única forma dos lisboetas desenvolverem a sua criatividade.
É neste contexto que as mais de 500 coletividades da cidade podem ter um papel determinante para uma maior democratização do acesso à cultura, do seu desenvolvimento e de uma maior sensibilização da população para a atividade cultural.
Tal como o Bloco propunha no programa eleitoral das últimas eleições autárquicas, é necessário o levantamento das atividades dessas coletividades e dotá-las de meios para o seu desenvolvimento.
Muitas destas associações têm ainda hoje grupos de teatro amador e agrupamentos musicais. Não havendo em Lisboa um grande festival teatral, a criação de um festival municipal deverá ser uma iniciativa a acarinhar pelo Bloco.
MULTICULTURALISMO
A capital portuguesa é uma hoje uma cidade multicultural. Os lisboetas pouco conhecem das culturas daqueles que são os nossos concidadãos imigrantes.
A promoção de iniciativas que permitam a estes concidadãos promoverem e comunicarem a sua cultura, tal como o Bloco propõe, é indispensável numa cidade que se quer tolerante e desenvolvida culturalmente. Deveremos continuar com a proposta da existência de um dia das Comunidades da cidade.
O Bloco tem propostas. Há que desenvolvê-las.
ANIMAÇÃO DE RUA
Tirando as “Festas de Lisboa” que, sem dúvida, têm proporcionado algum aproveitamento das ruas e espaços ao ar livre, a cidade só “vive” uma vez no ano.
O aproveitamento do espaço público enquanto espaço cultural deverá ser uma das prioridades que pode contribuir para um maior acesso da população à música popular e clássica, à pintura, ao teatro, etc..
Com esse objetivo, a criação de espaços nos jardins e praças, ateliers em prédios e pátios que estão desaproveitados ou até vazios onde os criadores possam trabalhar é uma das formas para que os nossos artistas, em particular os jovens, possam desenvolver as suas capacidades sem os custos que não estão ao alcance de muitos.
Dar oportunidade a músicos, bandas, grupos de teatro, artistas circenses através de espetáculos ao ar livre é também uma forma de permitir que as pessoas possam usufruir da cidade. Lisboa tem um clima que lhe permite ter este tipo de eventos ao longo de quase todo o ano.
LEITURAS E LEITORES
É sabido que, de uma maneira geral, os portugueses não têm hábitos de leitura. Os livros são caros e as notícias passaram a ter a rádio e, principalmente, a televisão como meios priveligiados para a sua divulgação. A escola deixou de ser um meio de aprendizagem do “ler”. Mas será que os lisboetas não gostam de ler? A verdade é que todas feiras de livros estão sempre cheias de pessoas ávidas de encontrarem livros a preços populares.
Também aqui é possível encontrar outros meios para que os lisboetas tenham um acesso mais democrático à leitura. Lisboa não tem praticamente bibliotecas com horários acessíveis; todas fecham entre as 17:00 e as 18:00 e encerram ao fim de semana. O acesso deve ser alterado, a rede deve ser expandidada e as Juntas de Freguesia devem passar a ter meios para criar bibliotecas próprias, com possibilidade dos livros serem alugados.
EM CONCLUSÃO, é possível um desenvolvimento cultural que envolva as pessoas como protagonistas, que incentive os artistas profissionais e amadores e que permita uma maior interação entre o espaço urbano e o cidadão.
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1 comentário:
É verdade Paula. Não há falta de coisas para fazer, se o tempo o permite. Aliás, acho mesmo que nunca há tempo que chegue, mesmo para quem o tem como eu...
Mas poderia sempre fazer-se mais e melhor, claro!
Um abraço para ti.
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