A propósito da homenagem que está a decorrer, neste mês, ao arquitecto, pintor, ilustrador e cartoonista João Abel Manta, anunciada no Não Apaguem a Memória!
Ideia: representação mental; representação abstrata e geral de um objeto ou relação; conceito; juízo; noção; imagem; opinião; maneira de ver; visão; visão aproximada; plano; projeto; intenção; invenção; expediente; lembrança. Dicionário de Língua Portuguesa da Texto Editora
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Sacuntala de Miranda
"Não podias ficar presa (...) à pequena dor que cada um de nós traz docemente pela mão a esta pequena dor à portuguesa tão mansa quase vegetal" Alexandre O'Neill - Um adeus português
Morreu esta manhã a historiadora Sacuntala de Miranda autora de uma obra de referência na nossa historiografia de que destaco o livro que mais gosto: Quando os sinos tocavam a rebate. Notícia dos alevantes de 1869 na Illha de S. Miguel, Lisboa, Salamandra, 1996.
Não era uma historiadora mediática nem uma historiadora apenas confidencial. Era tão só uma grande historiadora pouco interessada nas colunas sociais e mais interessada no passado como "país estrangeiro" que ela, senhora de viagens longínquas e grandes encruzilhadas vivenciais e culturais, sabia perceber com profundidade e respeito. Não vai haver fanfarras nem tal seria de esperar, apenas simples homenagens dos que com ela aprenderam modos de fazer e pressentiram modos de ser.
Em paz.
Morreu esta manhã a historiadora Sacuntala de Miranda autora de uma obra de referência na nossa historiografia de que destaco o livro que mais gosto: Quando os sinos tocavam a rebate. Notícia dos alevantes de 1869 na Illha de S. Miguel, Lisboa, Salamandra, 1996.
Não era uma historiadora mediática nem uma historiadora apenas confidencial. Era tão só uma grande historiadora pouco interessada nas colunas sociais e mais interessada no passado como "país estrangeiro" que ela, senhora de viagens longínquas e grandes encruzilhadas vivenciais e culturais, sabia perceber com profundidade e respeito. Não vai haver fanfarras nem tal seria de esperar, apenas simples homenagens dos que com ela aprenderam modos de fazer e pressentiram modos de ser.
Em paz.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
A Bola
A 29 de Janeiro de 1945 Cândido de Oliveira fundou o jornal A Bola.
A Bola é o jornal de maior tiragem em Portugal e o mais popular entre os emigrantes portugueses.
Guantanamo
A Reprieve publicou hoje um relatório, A Jornada da Morte, que demonstra de forma conclusiva que o espaço aéreo e o território portgueses foram utilizados para que cerca de 700 pessoas fossem encarecerados e torturados na prisão de Gauntanamo.
A Reprieve diz poder provar que 728 dos 774 prisioneiros de Guantanamo foram transportados através do território português. O relatório resulta do histórico do registo dos voos obtido através das autoridades portuguesas, informação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, que mostram as datas da chegada dos prisioneiros a Guantanamo, e testemunhos de muitos dos prisioneiros.
Os registos dos voos obtidos das autoridades portuguesas revela que o espaço aéreo português foi utilizado por 94 vezes entre 2002 e 2006, e, pelo menos em 6 ocasiões, os aviões partiram directamente da base das Lajes.
Muitos destes prisioneiros foram torturados em prisões secretas antes da sua chegada a Guantamo.
Este relatório é suficientemente grave para que o Governo português dê as cabais explicações.
Ficamos à espera.
Fonte: Reprieve
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Autonomia das Escolas do Ensino Básico e Secundário
Posição da Escola Secundária Rainha Dona Amélia em reunião conjunta de Conselho Pedagógico e Assembleia de Escola realizada a 16 de Janeiro.
Era bom que mais escolas tomassem posição.
O Projecto de decreto-lei do Regime Jurídico de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário – tal como o governo o apresentou em Dezembro de 2007 – desrespeita a dignidade profissional dos professores, ignora o seu papel pedagógico específico e, de facto, despreza a autonomia das Escolas que paradoxalmente diz defender.
Das várias alterações propostas, algumas há tão graves – quer em si mesmas consideradas, pelo que revelam de falta de respeito e reconhecimento pelos professores e pelas suas funções docentes e pedagógicas, quer pelas consequências que inevitavelmente vão trazer à vida escolar do nosso país (tão vulnerável, tão fragilizada já por políticas educativas contraditórias, apressadas e insensatas) – que importa recusar com veemência e firmeza, de todos os modos possíveis.
Parecem-nos especialmente graves os pontos seguintes:
1. Conselho Geral:
Neste “órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade da escola”, a participação dos professores fica reduzida a um máximo de 40%. Este órgão assegura “a participação e representação da comunidade educativa” e longe de nós menosprezar essa participação. Muito pelo contrário, esperamos que ela se torne mais sentida e mais activa. Nessa comunidade educativa têm especial relevo, por motivos óbvios, os Pais e Encarregados de Educação, cujos educandos são a razão de ser da própria Escola – sendo a colaboração dos Pais e Encarregados de Educação uma tradição nossa, foi com muito gosto que a vimos expressa e consagrada na lei (Dec.-Lei nº115-A/98). Importa, no entanto, distinguir o papel que cabe a cada um dos corpos representados no Conselho Geral, e estamos seguramente perante uma errada concepção de escola quando, num órgão que tem as competências a este atribuídas, se determina que a participação dos Professores não ultrapasse os 40%.
Esta minoria para que são remetidos não corresponde ao papel que desempenham na escola – sem paralelo com qualquer outro – e reforça a sistemática desautorização e desrespeito pelo papel específico que lhes cabe, seja ele de natureza pedagógica ou científica, ou de ambas, como costuma ser. Do mesmo passo ignora-se a dignidade do estatuto do professor e subalterniza-se a sua função a interesses múltiplos verosimilmente presentes neste órgão todo-poderoso. Simbolicamente, a representação atribuída aos professores é eloquente quanto ao papel que, na Escola, a tutela lhes reserva.
Tão grave, ou mais grave ainda, o Presidente deste Conselho não pode ser um professor. Quanto a nós, deveria sê-lo, obrigatoriamente. Mas a tutela entendeu por bem vedar aos professores o acesso a este cargo. Não imaginamos que, expressamente, alguma vez de um documento legal constasse maior desconsideração pelos docentes. Esta desconfiança quanto aos professores – que perpassa por todo o documento – atinge aqui proporções inaceitáveis, e indicia a criação de uma escola à qual não gostaríamos de pertencer.
2. O Director, os Órgãos de Gestão Intermédia, o Conselho Pedagógico
O projecto de decreto-lei “pretende” reforçar a autoridade do Director – entidade que, espantosamente, não foi escolhida por uma maioria de professores! – mas fá-lo de forma verdadeiramente aberrante, asfixiando os outros órgãos de gestão. Nesta linha, cabe ao Director a designação dos responsáveis pelos cargos de gestão intermédia: coordenadores de departamento, coordenadores de grupo, coordenadores dos ensinos básico e secundário, etc. Assim, todos os professores que têm assento no Conselho Pedagógico são nomeados pelo Director. Que independência pode ter aquele órgão? Que sentido tem um Conselho Pedagógico que mais não é do que a extensão da autoridade do Director?
3. O Conselho Geral Transitório
Na composição deste órgão culmina a falta de respeito pelos professores e o desconhecimento – ou a ignorância – do que é a Escola e o seu funcionamento.
A este conselho cabem funções tão importantes como, por exemplo, a elaboração do Regulamento Interno que estabelece a composição dos vários órgãos da escola – aqueles que existem por força de lei e aqueles que são criados no âmbito da “autonomia” concedida aos estabelecimentos de ensino. Por outras palavras, a este órgão cabe redigir o documento “fundador da escola”, a partir do qual tudo o mais se organiza. Ora, justamente, dos vinte membros, apenas sete são professores. Representantes da autarquia são três (lembramos que com dificuldade a autarquia tem assegurado a participação esporádica de um elemento). Representantes da comunidade local são três. Que comunidade local é essa? Que interesses representa? Que vontade, que capacidade tem de participar neste conselho que vai “ criar” a escola onde, diariamente, professores e alunos desenvolvem o processo de ensino - aprendizagem? Os representantes dos pais são cinco, e apesar do respeito que nos merecem, parece-nos desproporcionado este número quando o comparamos com a representação dos docentes.
A composição deste conselho é uma afronta aos professores e o reconhecimento expresso de que, na escola, a sua voz é de importância relativa, a sua formação inútil, o seu papel secundário.
Rejeitando toda e qualquer acusação de corporativismo, afirmamos que os professores são profissionais que na escola têm o papel específico para o qual estão, ou devem estar, preparados: a eles cabe o desempenho das funções pedagógicas que lhes estão atribuídas, a leccionação das matérias curricularmente estabelecidas. Com os alunos, eles são o núcleo essencial da escola – sem eles, não há escola.
A comunidade educativa deve mobilizar-se para que os professores tenham condições para exercer as suas funções: tem direito a obter as informações que solicitar, pode pedir avaliações, deve exigir resultados, mas não pode assumir, em tempo algum, o papel exclusivo que cabe aos professores, como não o fará relativamente ao papel dos médicos, dos juízes, dos engenheiros…
O que o legislador pretende da escola não se depreende da leitura dos vários diplomas legais recentemente promulgados. Mas a verdade é que, sistematicamente, têm contribuído para a desmotivação, para o desânimo dos professores, sobretudo daqueles que mais respeitam a sua profissão.
Era bom que mais escolas tomassem posição.
O Projecto de decreto-lei do Regime Jurídico de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário – tal como o governo o apresentou em Dezembro de 2007 – desrespeita a dignidade profissional dos professores, ignora o seu papel pedagógico específico e, de facto, despreza a autonomia das Escolas que paradoxalmente diz defender.
Das várias alterações propostas, algumas há tão graves – quer em si mesmas consideradas, pelo que revelam de falta de respeito e reconhecimento pelos professores e pelas suas funções docentes e pedagógicas, quer pelas consequências que inevitavelmente vão trazer à vida escolar do nosso país (tão vulnerável, tão fragilizada já por políticas educativas contraditórias, apressadas e insensatas) – que importa recusar com veemência e firmeza, de todos os modos possíveis.
Parecem-nos especialmente graves os pontos seguintes:
1. Conselho Geral:
Neste “órgão de direcção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da actividade da escola”, a participação dos professores fica reduzida a um máximo de 40%. Este órgão assegura “a participação e representação da comunidade educativa” e longe de nós menosprezar essa participação. Muito pelo contrário, esperamos que ela se torne mais sentida e mais activa. Nessa comunidade educativa têm especial relevo, por motivos óbvios, os Pais e Encarregados de Educação, cujos educandos são a razão de ser da própria Escola – sendo a colaboração dos Pais e Encarregados de Educação uma tradição nossa, foi com muito gosto que a vimos expressa e consagrada na lei (Dec.-Lei nº115-A/98). Importa, no entanto, distinguir o papel que cabe a cada um dos corpos representados no Conselho Geral, e estamos seguramente perante uma errada concepção de escola quando, num órgão que tem as competências a este atribuídas, se determina que a participação dos Professores não ultrapasse os 40%.
Esta minoria para que são remetidos não corresponde ao papel que desempenham na escola – sem paralelo com qualquer outro – e reforça a sistemática desautorização e desrespeito pelo papel específico que lhes cabe, seja ele de natureza pedagógica ou científica, ou de ambas, como costuma ser. Do mesmo passo ignora-se a dignidade do estatuto do professor e subalterniza-se a sua função a interesses múltiplos verosimilmente presentes neste órgão todo-poderoso. Simbolicamente, a representação atribuída aos professores é eloquente quanto ao papel que, na Escola, a tutela lhes reserva.
Tão grave, ou mais grave ainda, o Presidente deste Conselho não pode ser um professor. Quanto a nós, deveria sê-lo, obrigatoriamente. Mas a tutela entendeu por bem vedar aos professores o acesso a este cargo. Não imaginamos que, expressamente, alguma vez de um documento legal constasse maior desconsideração pelos docentes. Esta desconfiança quanto aos professores – que perpassa por todo o documento – atinge aqui proporções inaceitáveis, e indicia a criação de uma escola à qual não gostaríamos de pertencer.
2. O Director, os Órgãos de Gestão Intermédia, o Conselho Pedagógico
O projecto de decreto-lei “pretende” reforçar a autoridade do Director – entidade que, espantosamente, não foi escolhida por uma maioria de professores! – mas fá-lo de forma verdadeiramente aberrante, asfixiando os outros órgãos de gestão. Nesta linha, cabe ao Director a designação dos responsáveis pelos cargos de gestão intermédia: coordenadores de departamento, coordenadores de grupo, coordenadores dos ensinos básico e secundário, etc. Assim, todos os professores que têm assento no Conselho Pedagógico são nomeados pelo Director. Que independência pode ter aquele órgão? Que sentido tem um Conselho Pedagógico que mais não é do que a extensão da autoridade do Director?
3. O Conselho Geral Transitório
Na composição deste órgão culmina a falta de respeito pelos professores e o desconhecimento – ou a ignorância – do que é a Escola e o seu funcionamento.
A este conselho cabem funções tão importantes como, por exemplo, a elaboração do Regulamento Interno que estabelece a composição dos vários órgãos da escola – aqueles que existem por força de lei e aqueles que são criados no âmbito da “autonomia” concedida aos estabelecimentos de ensino. Por outras palavras, a este órgão cabe redigir o documento “fundador da escola”, a partir do qual tudo o mais se organiza. Ora, justamente, dos vinte membros, apenas sete são professores. Representantes da autarquia são três (lembramos que com dificuldade a autarquia tem assegurado a participação esporádica de um elemento). Representantes da comunidade local são três. Que comunidade local é essa? Que interesses representa? Que vontade, que capacidade tem de participar neste conselho que vai “ criar” a escola onde, diariamente, professores e alunos desenvolvem o processo de ensino - aprendizagem? Os representantes dos pais são cinco, e apesar do respeito que nos merecem, parece-nos desproporcionado este número quando o comparamos com a representação dos docentes.
A composição deste conselho é uma afronta aos professores e o reconhecimento expresso de que, na escola, a sua voz é de importância relativa, a sua formação inútil, o seu papel secundário.
Rejeitando toda e qualquer acusação de corporativismo, afirmamos que os professores são profissionais que na escola têm o papel específico para o qual estão, ou devem estar, preparados: a eles cabe o desempenho das funções pedagógicas que lhes estão atribuídas, a leccionação das matérias curricularmente estabelecidas. Com os alunos, eles são o núcleo essencial da escola – sem eles, não há escola.
A comunidade educativa deve mobilizar-se para que os professores tenham condições para exercer as suas funções: tem direito a obter as informações que solicitar, pode pedir avaliações, deve exigir resultados, mas não pode assumir, em tempo algum, o papel exclusivo que cabe aos professores, como não o fará relativamente ao papel dos médicos, dos juízes, dos engenheiros…
O que o legislador pretende da escola não se depreende da leitura dos vários diplomas legais recentemente promulgados. Mas a verdade é que, sistematicamente, têm contribuído para a desmotivação, para o desânimo dos professores, sobretudo daqueles que mais respeitam a sua profissão.
domingo, 27 de janeiro de 2008
De Lisboa, por Coimbra
Está a processar-se, em Coimbra, um importante movimento em defesa da cultura. Apesar de ser um Movimento relativo à política cultural da Câmara de Coimbra, quem defenda uma política cultural para o país não lhe pode ficar indiferente:
Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!
Em Dezembro de 2005, um conjunto de sessenta cidadãs e cidadãos de Coimbra manifestou publicamente a sua preocupação com a forma como estava a ser conduzida a política cultural da Câmara Municipal. Num documento intitulado “O saneamento básico da cultura”, chamava-se a atenção para dois aspectos fundamentais: o corte de 60% nas verbas destinadas à cultura no orçamento para 2006 e a falta de respeito por alguns dos agentes culturais da cidade, evidenciada nas expressões com que os responsáveis autárquicos a eles se referiam e nas suas atitudes reveladoras de uma visível e ofensiva falta de cultura democrática. Alertava-se para o péssimo prenúncio que tal comportamento configurava para o seu segundo mandato que então se iniciava.
Dois anos depois, as piores expectativas foram ultrapassadas. Coimbra é hoje uma cidade amarfanhada do ponto de vista cultural, que só não se tornou absolutamente insignificante a nível nacional graças à actividade que, no limiar da sobrevivência, os poucos agentes culturais que ainda restam conseguem ir desenvolvendo. A Câmara Municipal já não se limita a não apoiar devidamente a actividade cultural que aqui é feita; assume-se, pelo contrário, como um elemento dificultador e tendencialmente destruidor do potencial de criação artística que a cidade possui e que é uma das suas principais mais-valias.
O orçamento aprovado para 2008 é apenas o exemplo mais facilmente quantificável desse comportamento da autarquia. As verbas para a cultura sofreram um novo corte de 3 milhões de Euros, sendo hoje menos 80% do que em 2004. O investimento público na cultura atingiu, assim, o grau mais reduzido e insignificante. Uma cuidada análise do orçamento revela que as verbas com que este pulmão de vida e de cidadania de uma sociedade democrática e participativa deveria ser contemplado nem sequer atingem o limiar da simples manutenção. E os discursos com que os responsáveis autárquicos pretendem justificar-se, iludindo as questões e distraindo os munícipes, não passam de um mar de contradições, demonstrando um vazio total de ideias sobre o papel da cultura no desenvolvimento da cidade e no exercício da cidadania. Não há plano estratégico cultural a curto, médio e longo prazo para a cidade de Coimbra e para o seu município, não há definição de objectivos, não há definição nem quantitativa nem qualitativa de resultados a atingir, não há planificação dos recursos a mobilizar, não há definição nem de dinâmicas internas a desenvolver (sobre a cultura na cidade e no concelho), nem de dinâmicas externas a incentivar (sobre a ligação cultural de Coimbra a Portugal, à Europa e ao Mundo). Não há política de construção, de gestão e de programação de espaços culturais, quer para espectáculos de dança, música e teatro, quer para exposições de artes visuais, excepto se se considerar que a omissão e a alienação dessa capacidade de programação a entidades exteriores a Coimbra é uma forma de política. O programa e o regulamento de apoio à actividade cultural das colectividades já não é cumprido desde o ano das eleições autárquicas. Há, em contrapartida, uma asfixia dos recursos e dos agentes culturais e há um desbaratar do património constituído, numa demonstração paralisante de mediocridade e provincianismo, bem patente na falta de condições e dignidade com que é desenvolvida na Casa da Cultura uma parte significativa das suas actividades, entre o átrio das casas de banho transformado em espaço de exposições e uma garagem imunda e sucessivamente inundada a servir de entrada para um teatro-estúdio que só o esforço do grupo nele instalado consegue manter em funcionamento. As intersecções da cultura com a educação e o ensino e a política de bibliotecas, de arquivos e de promoção da leitura têm sido praticamente ignoradas em termos de planificação e algumas iniciativas avulsas não escondem a falta do investimento político nestas áreas.
Quem acredita que a Câmara Municipal fez algum esforço para ser Capital Europeia da Cultura, quando o investimento que está disposta a fazer nesta área é cada vez menor? Quem acredita que este executivo quer efectivamente instalar um novo Teatro Municipal no Convento de São Francisco, quando nem sequer consegue dar condições mínimas ao Centro de Artes Visuais e ao Teatro da Cerca de São Bernardo, recusando-se a pagar as despesas com a electricidade? Que incentivo sentirão os novos grupos e criadores (na área do teatro e da música, por exemplo) se a desastrosa gestão dos espaços municipais que existem continua a arredá-los de qualquer possibilidade, sequer, de partilharem um espaço? Que tipo de programação cultural se pode esperar, quando a Câmara deixou de ter qualquer protocolo com o TAGV, a principal sala de espectáculos da cidade e deixou cair ou abandonou os principais eventos que colocavam Coimbra na rota da cultura em Portugal?
Que tipo de política cultural se pode esperar de um executivo que insiste em amesquinhar publicamente os agentes culturais da cidade, denegrindo a actividade que desenvolvem, forçando-os a assinar protocolos que ameaçam a sua própria subsistência, procurando virá-los uns contra os outros e utilizando-os para acções de auto-homenagem? Chegou-se a um ponto em que, mais do que qualquer outra prerrogativa, é respeito aquilo que se reclama: respeito pelos que se dedicam à actividade cultural neste concelho – pelo seu direito à vida, à liberdade, à capacidade de acção; respeito pelo direito à cultura de uma cidade que se quis capital cultural do país e que se diz ser cidade do conhecimento; respeito pelo dever de cultura de quem, também em nosso nome, vai tendo a responsabilidade de a governar.
Em resposta às críticas que têm sido feitas, encontramos sempre duas linhas de argumentação: a do vereador da Cultura, que nas suas crónicas semanais de crítica aos “intelectuais” insiste na mais que ultrapassada dicotomia entre “cultura popular” e “cultura de elites”, agarrado a conceitos que já só fazem sentido na sua cabeça; e a do presidente da Câmara, que reserva para si próprio o anúncio dos “grandes projectos” e o facilitismo das acusações ao “discriminador” governo central, num exercício de auto-vitimização que se tornou slogan.
É manifestamente muito pouco para seis anos de mandato. É manifestamente muito grave nos efeitos que produz sobre a dinâmica e a oferta para quem vive nesta cidade. E é sobretudo muito triste que Coimbra continue espartilhada nesta forma de encarar a actividade cultural e a criação artística e amarrada a uma tão grande incompreensão sobre o papel destas actividades no desenvolvimento das pessoas e da comunidade.
Por isso tomamos esta posição pública. Para dizer que já chega. Para mostrar que não aceitamos com naturalidade a redução sistemática das verbas destinadas à cultura. Para apelar a uma urgente inversão de rumo, antes que seja demasiado tarde e Coimbra perca em definitivo qualquer possibilidade de se afirmar como o pólo cultural de referência que, para além dos rótulos balofos e das placas de auto-estrada, pode efectivamente ser.
Coimbra, 23 de Janeiro de 2008.
Abílio Hernandez, Adérito Araújo, Adília Alarcão, Adriana Bebiano, Albano da Silva Pereira, Alexandra Teles Monteiro, Alexandre Alves Costa, Alexandre Ramires, Amílcar Cardoso, Ana Cristina Macário Lopes, Ana Pires, André Ferrão, André Granjo, António Andrade, António Arnaut, António Augusto Barros, António Dias Figueiredo, António Jorge, António José Martins, António José Silva, António Marinho Pinto, António Sousa Ribeiro, António Tavares Lopes, Augusto Monteiro Valente, Boaventura de Sousa Santos, Carlos Antunes, Carlos Ascenso André, Carlos Fiolhais, Carlos Fortuna, Carlos Madeira, Carlos Reis, Catarina Martins, Claudino Ferreira, Conceição Berardo, Cristina Janicas, Cristina Martins, David Cruz, Deolindo Pessoa, Desirée Pedro, Eliana Gersão, Elísio Estanque, Emanuel Brás, Eneida Nunes, Ernesto Jorge Costa, Eugénia Cunha, Fátima Carvalho, Fernando Catroga, Fernando Martinho, Fernando Matos Oliveira, Fernando Meireles, Fernando Taborda, Francisco Allen Gomes, Francisco Amaral, Francisco Paz, Francisco Queirós, Gonçalo Barros, Gonçalo Luciano, Helder Wasterlain, Helena Faria, Helena Freitas, Henrique Madeira, Inês Borges, Isabel Calado, Isabel Campante, Isabel Craveiro, Isabel Cristina Pires, Isabel Maria Luciano, Joana Castanho Sobral, Joana Monteiro, João Bicker, João Curto, João Figueira, João Maria André, João Mesquita, João Miguel Lameiras, João Paulo Dias, João Paulo Janicas, João Pinto Ângelo, João Ramalho Santos, João Silva, João Vaz Silva, Joaquim Gomes Canotilho, Joaquim Machado, Jorge Alarcão, Jorge Pais de Sousa, Jorge Ribeiro, José Alberto Monteiro Gabriel, José António Bandeirinha, José Augusto Ferreira da Silva, José Bernardes, José Dias, José Faria e Costa, José Manuel Costa, José Manuel Pureza, José Miguel Gonçalves, José Reis, José Vieira Lourenço, JP Simões, Lúcio Cunha, Luís Januário, Luis Lobo, Luis Martinho do Rosário, Luis Quintais, Luís Reis Torgal, Luis Sousa, Luisa Lopes, Manuel Guerra, Manuel Portela, Manuel Rocha, Manuela Cruzeiro, Margarida Mendes Silva, Margarida Paiva, Margarida Viegas, Maria Helena Caldeira Martins, Maria Irene Ramalho, Maria João Seabra, Maria Manuel Almeida, Maria Manuela Vaz de Carvalho Berardo, Mário Montenegro, Mário Nogueira, Marisa Matias, Natércia Coimbra, Nuno Patinho, Nuno Porto, Nuno Rilo, Ofélia Libório, Osvaldo Silvestre, Paula Abreu, Paulo Abrantes, Paulo Bernaschina, Paulo Corte-Real, Paulo Fonseca, Paulo Furtado, Paulo Mora, Paulo Peixoto, Pedro Dias da Silva, Pedro Hespanha, Pedro Medeiros, Pedro Rodrigues, Ricardo Seiça, Rita Marnoto, Rita Marquito, Rui Bebiano, Rui Cunha Martins, Rui Damasceno, Rui Lobo, Rui Namorado, Rui Pena Reis, Rui Valente, Serafim Duarte, Sílvia Brito, Sofia Lobo, Susana Lobo, Susana de Matos Viegas, Susana Paiva, Teresa Portugal, Teresa Santos, Tiago André, Toni Fortuna, Vasco Pinto, Vital Moreira, Vitor Torres.
Pode subscrever aqui. Eu já o fiz.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Curiosidades da língua portuguesa - "Erro crasso"
Erro crasso
Na Roma antiga o Triunvirato era o poder dos generais dividido por três pessoas. O primeiro destes Triunviratos, era constituído por Caio Júlio, Pompeu e Crasso.
Este último foi incumbido de atacar um pequeno povo chamado Partos. Confiante na victória, resolveu abandonar todas as formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número, conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos primeiros que caíram. Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos que cometeu um erro crasso.
Cinema - John Ford 2 - (1894/1973)
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Cinema - John Ford 1 - (1894/1973)
Lisboa - Um mastodonte
Esta "obra-prima" da arquitectura portuguesa está situada no Cais do Sodré, em Lisboa.
Vai ser a sede de três instituições europeias, a Agência Europeia de Segurança Marítima, o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência e o Centro de Informação Europeia Jacques Delors. O seu custo está avaliado em 24.360 milhões de euros e é da responsabilidade da Administração do Porto de Lisboa (APL) , essa instituição a que todos têm medo de se opôr, sabe-se lá porquê.
Manuel Tainha é o arquitecto e os edifícios ocupam uma área de 30 mil metros quadrados.
Mas não percam a esperança, porque há uma segunda fase: mais um edifício com fachada para a Ribeira das Naus (com 2.000 metros quadrados), que está dependente de um estudo de ordenamento para aquela artéria, da responsabilidade da Câmara de Lisboa.
A vista para o rio Tejo, como podem constatar, é extraordinária.
Ah! Já me esquecia: foi ainda construído um estacionamento subterrâneo num piso abaixo do solo, com capacidade para 218 carros.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Livro recomendado - "Memórias de Adriano"
A propósito do aniversário do Imperador Adriano, nascido a 24 de Janeiro de 76, recomendo uma obra-prima: Memórias de Adriano de Marguerite Yourcenar .
É uma obra fantástica que nos leva a viajar pelo império de Adriano e, sem preconceitos, entrar no próprio pensamento e intimidade deste imperador romano.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Palestina I
Foto de Suhaib Salem/Reuters
Na sequência do fecho das fronteiras de Israel com a Faixa de Gaza ,desde 17 de Janeiro, onde vivem 1,5 milhões de pessoas, impedindo o abastecimento de alimentos e combustível ao território, milhares de palestinianos entraram esta manhã no Egipto, depois de terem usado explosivos para derrubar um muro que separa os dois territórios, à procura de comida e combustíveis.
Alguns entraram de burro, outros em automóveis, para transportar alimentos e combustível para Gaza.
De acordo com as notícias difundidas, o Presidente Mubarak deu instruções às Forças Armadas do Egipto para não impedir os palestinianos de entrar no país.
O bloqueio israelita é, de acordo com os seus responsáveis, para obrigar os militantes palestinianos a parar os ataques ao seu país.
Uma acção terrorista que "pretende" combater o terrorismo.
A situação humanitária é quase "insuportável", de acordo com Ismail Haniyeh, o homem forte do Hamas na Faixa de Gaza, que pediu hoje uma “reunião de emergência” com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e as autoridades egípcias, destinada a forçar Israel a pôr fim ao bloqueio daquele território.
Esta é uma situação insustentável. Nada justifica que milhares de pessoas sejam destinadas a morrer de fome.
Fontes: Público, Diário de Notícias, Agência Reuters
Na sequência do fecho das fronteiras de Israel com a Faixa de Gaza ,desde 17 de Janeiro, onde vivem 1,5 milhões de pessoas, impedindo o abastecimento de alimentos e combustível ao território, milhares de palestinianos entraram esta manhã no Egipto, depois de terem usado explosivos para derrubar um muro que separa os dois territórios, à procura de comida e combustíveis.
Alguns entraram de burro, outros em automóveis, para transportar alimentos e combustível para Gaza.
De acordo com as notícias difundidas, o Presidente Mubarak deu instruções às Forças Armadas do Egipto para não impedir os palestinianos de entrar no país.
O bloqueio israelita é, de acordo com os seus responsáveis, para obrigar os militantes palestinianos a parar os ataques ao seu país.
Uma acção terrorista que "pretende" combater o terrorismo.
A situação humanitária é quase "insuportável", de acordo com Ismail Haniyeh, o homem forte do Hamas na Faixa de Gaza, que pediu hoje uma “reunião de emergência” com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, e as autoridades egípcias, destinada a forçar Israel a pôr fim ao bloqueio daquele território.
Esta é uma situação insustentável. Nada justifica que milhares de pessoas sejam destinadas a morrer de fome.
Fontes: Público, Diário de Notícias, Agência Reuters
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
segunda-feira, 21 de janeiro de 2008
Curiosidades da língua portuguesa - "Para quem é, bacalhau basta"
Para quem é, bacalhau basta
Os portugueses foram os primeiros a introduzir o bacalhau na alimentação.
Descobriram o peixe no século XV e nessa época precisavam de produtos que não fossem perecíveis e que aguentassem as longas viagens que faziam.
Fizeram tentativas com vários peixes da costa portuguesa, mas foram encontrar o peixe ideal perto do Pólo Norte. Foram eles também que iniciaram a pesca do bacalhau na Terra Nova (Canadá), descoberta em 1497. Já em 1596, no reinado de D. Manuel I, mandava-se cobrar o dízimo da pescaria da Terra Nova nos portos de Entre Douro e Minho.
O bacalhau foi imediatamente incorporado nos hábitos alimentares e é, até hoje, uma das suas principais tradições. Os portugueses tornaram-se os maiores consumidores de bacalhau do mundo, a quem passaram a chamar "fiel amigo".
A sua popularidade tornou-o bastante acessível e por isso nasceu a expressão para quem é bacalhau basta. Actualmente esta situação mudou e um bom bacalhau, sobretudo no período que antecede o Natal, atinge preços elevados.
Portugal é possível! - Nelson Évora
Nelson Évora estabeleceu ontem a melhor marca mundial do ano no salto em comprimento, com a distância de 7,96 metros.
Este resultado permite que Nelson Évora passe a liderar o «ranking» mundial nas especialidades de triplo salto e salto em comprimento.
As escandalosas desigualdades sociais
Como tem sido largamente noticiado, para escândalo dos portugueses (não todos, claro!) Paulo Teixeira Pinto ao deixar as funções de CEO no BCP foi recompensado pelos seus serviços com 10 milhões de euros e uma pensão vitalícia de 35 mil euros mensais 14 vezes por ano.
Já tinha em tempos denunciado o escândalo da remuneração de cerca de 85 mil contos mensais (com o prémio de fim de ano) 14 vezes por ano, do seu antecessor Jardim Gonçalves que não deve ter uma reforma menor se é que a fortuna amealhada não dispensa tais trocos.[ver aqui]
É vulgar ouvir dizer que isso é lá com os banqueiros e accionistas porque o banco é privado. Mas é um raciocínio falso. Aquele dinheiro sai do bolso dos contribuintes e dos utentes obrigados aos ditames concertados da banca em geral, protegida pelo Estado.
Como agora se está a descobrir o BCP fugiu com milhões de euros ao fisco obrigando a sair do bolso do contribuinte o que foi para o bolso daqueles senhores e seus apaniguados. Por outro lado defraudou os pequenos accionistas ( e alguns grandes possivelmente) que deixam de receber a remuneração que lhes era devida. Os bancos viviam e ainda vivem, ainda que menos, em situações de favor fiscal em comparação com o comum do cidadão que vive do seu salário. Um quadro médio atinge facilmente uma taxa de IRS de 35 ou 40 ou 42% mas os bancos, utilizando legalmente vários truques legais que o Estado lhes faculta, pagavam 12, 10 0u até 8% de IRC. Isto é, pagamos nós para a saúde a educação, etc o que nos pertence pagar e o que deviam pagar os bancos para irmos alimentando principescamente a nobreza do dinheiro.
Seria interessante desvendar o que o Estado está a pagar de pensões aos GRANDES REFORMADOS não apenas pela Caixa Geral de Aposentações mas através dos acordos de empresa incluindo a pessoas com 60, 50 e menos anos de idade e em acumulação com ordenados e outras reformas. E o que pagam com o nosso dinheiro em indemnizações de cada vez que muda o Governo e o novo quer dar aos seus boys os jobs ocupados pelos boys do partido relevado?
Das escandalosas reformas dos administradores do Banco de Portugal que afinal não cumpria o seu dever de impedir os presumidos roubos de milhões no BCP fala-se aqui (8.000 euros mensais vitalícios, acumuláveis com salários e outras reformas, quer tenha sido governador 5 anos ou 5 dias, mesmo com 48 anos de idade como o ex-ministro Campos e Cunha).
O outro lado da moeda é, para além dos milhares de desempregados e da "escravatura" de parte dos imigrantes, os 500 euros mensais num qualquer call center a trabalhar 50 horas por semana, rodando por Sábados e Domingos, pelos 3 turnos do dia e da noite e sem garantia de continuidade. E a ele acorrem pessoas com o 9º, o 12º ano e até licenciados, em desespero.
Como amarmos esta abençoada democracia? Que fazer para mudar este estado de coisas?
domingo, 20 de janeiro de 2008
Petição - Em defesa do Serviço Nacional de Saúde universal e gratuito
Ao Presidente da Assembleia da República
A actual política de saúde, em especial o encerramento de serviços e o corte de despesas necessárias ao seu bom funcionamento, tem degradado o Serviço Nacional de Saúde: o acesso é mais difícil e a qualidade da assistência está ameaçada.
O SNS é a razão do progresso verificado nas últimas décadas na saúde dos portugueses. Ao serviço de todos, tem sido um factor de igualdade e coesão social.
Os impostos dos portugueses garantem o orçamento do SNS e permitem que a sua assistência seja gratuita. Não é legítimo nem justificado exigir mais pagamentos.
Os signatários, reclamam da Assembleia da República o debate e as decisões políticas necessárias ao reforço da responsabilidade do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de cuidados de saúde, através do SNS geral, universal e gratuito.
Primeiro Signatário: ANTÓNIO ARNAUT, advogado e ex-ministro dos Assuntos Sociais Restantes Signatários: BATEL MARQUES, farmacêutico e prof. univ., presidente da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos, Coimbra - CIPRIANO JUSTO, médico e prof. univ., especialista em saúde pública, Lisboa - JOÃO SEMEDO, médico e deputado à Assembleia da República, Porto - JOSÉ ARANDA DA SILVA, farmacêutico, ex-presidente do INFARMED, ex-bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa - JOSÉ CARLOS MARTINS, enfermeiro, presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Lisboa - JOSÉ MANUEL SILVA, médico dos HUC, prof. universitário, presidente do Conselho Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Coimbra - MANUEL ALEGRE, deputado e vice-presidente da Assembleia da República, Lisboa - MANUEL STRECHT MONTEIRO, médico especialista de ginecologia e obstetrícia, ex-director da Maternidade Júlio Dinis, ex-deputado do PS, Porto - NUNO GRANDE, médico e professor universitário, Porto - OCTÁVIO CUNHA, médico pediatra, director do serviço de cuidados intensivos neo-natais e pediátricos do Hospital Geral de Santo António, Porto - PEDRO NUNES, médico e bastonário da Ordem dos Médicos, Lisboa
Já assinei.
sábado, 19 de janeiro de 2008
Portugal é possível! - José Luís Peixoto
O livro Nenhum Olhar do jovem escritor José Luís Peixoto foi distinguido pelo jornal Finantial Times como um dos melhores livros editados no Reino Unido em 2007.
Para além disso, José Luís Peixoto, em boa verdade, um dos meus escritores favoritos, irá publicar este ano algumas das sua obras em França, Polónia, Brasil, Itália, Holanda, Japão, Israel e Estados Unidos da América.
Merecido. Já que é, na minha opinião, um dos escritores mais originais e sensíveis da actual Literatura portuguesa.
Banco de Portugal - 2ª parte
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
Câmara Municipal de Lisboa
Mais de 41 milhões de euros foi o prejuízo sofrido por Lisboa com a permuta de terrenos entre o Parque Mayer e a Feira Popular.
De acordo com o Despacho do Ministério Público, Todos os arguidos actuaram com conhecimento de que os seus actos violavam deveres de legalidade substantiva, objectividade e transparência, inerentes aos cargos políticos que desempenhavam.
Carmona Rodrigues e os ex-vereadores Fontão de Carvalho e Eduarda Napoleão são acusados no processo agora aberto e que irá a julgamento.
Todos os arguidos são considerados inocentes até que o Tribunal os condene. Não faço a menor ideia se a acusação do Ministério Público é suficientemente fundamentada. O que sei é que, em qualquer país "civilizado", o mínimo é a suspenção do mandato.
Cá não é assim. É pena. Seria uma atitude digna, mesmo com "a consciência tranquila".
Fotos que fizeram História 9 - O içar da bandeira
O içar da bandeira
Autor: Joe Rosenthal
O içar da bandeira em Iwo Jima é uma fotografia histórica tirada em 23 de Fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Cinco "marines" dos EUA içam a bandeira no topo do monte Suribachi durante a batalha de Iwo Jima na Segunda Guerra Mundial.
A foto ganhou o prémio Pulitzer no ano da sua publicação.
Autor: Joe Rosenthal
O içar da bandeira em Iwo Jima é uma fotografia histórica tirada em 23 de Fevereiro de 1945, por Joe Rosenthal. Cinco "marines" dos EUA içam a bandeira no topo do monte Suribachi durante a batalha de Iwo Jima na Segunda Guerra Mundial.
A foto ganhou o prémio Pulitzer no ano da sua publicação.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Jan Palach - 11 de Agosto de 1948/16 de Janeiro de 1969
A 16 de Janeiro de 1969, o jovem estudante Jan Palach
morreu, três dias depois de se ter imolado pelo fogo na Praça Venceslau, em Praga. Protestava contra a invasão da Checoslováquia pela União Soviética.
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Petição - Ainda o Darfur
O governo do Sudão está a bloquear a acção da UNAMID (a força de paz da ONU).
Este bloqueio só pode parar se a China, o maior aliado do Sudão, intervir.
É preciso agir!
Pessoas eternas - Martin Luther King
15 de Janeiro
Dia de Martin Luther King
(n. 15/01/1929-assassinado a 04/04/1968)
I Have a Dream
Discurso realizado a 28 de Agosto de 1963 em Washington
Dia de Martin Luther King
(n. 15/01/1929-assassinado a 04/04/1968)
I Have a Dream
Discurso realizado a 28 de Agosto de 1963 em Washington
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
Petição - Contra a Mutilação Genital Feminina
Ao Sr. Louis Michel, Comissário Europeu para o Desenvolvimento & Ajuda Humanitária;
Aos Ministros para a Cooperação e Desenvolvimento dos países da União.
Como cidadãos ou organizações, queremos expressar a nossa oposição à prática da Mutilação Genital Feminina. Anualmente, mais de 3 milhões de meninas sofrem anualmente esta ignomínia, e mundialmente mais de 150 milhões de mulheres vivem com os efeitos para o resto das suas vidas. As consequências físicas e psicológicas desta violência constituem uma séria invasão da integridade e dignidade destes seres humanos. Nós pedimos que tornem esta causa um tópico prioritário.
Nós pedimos que dediquem mais recursos para informar e educar a fim de se poder atingir a erradicação desta violência a todos os níveis, quer nacional quer Europeu.
Nós apoiamos as propostas do “Respect-ev” para lutar contra esta calamidade, em especial:
1. A elaboração e aprovação de leis claras e eniquívocas banindo esta prática de modo a tornar a Europa um mundo de tolerância zero contra a Mutilação Genital Feminina.
2. Estruturar a distribuição de ajuda a países africanos sómente se ajudarem a ilegalizar e erradicar esta violência.
3. Colocar este tópico na agenda das conferências intergovernamentais com países africanos.
4. Financiar ONGs que trabalhem com este problema na Europa e em África.
5. Liderar e financiar campanhas importantes e actividades que eduquem e tragam os factos ao conhecimento das populações.
6. Considerar a ameaça de mutilação como justificação para concessão de estatuto de refugiado.
Agradecemos a vossa compreensão e consideração, e respeitosamente pedimos que considerem a nossa petição.
Esta petição será publicada, como uma carta aberta, em vários jornais europeus, no 5º “dia mundial de tolerância zero contra a mutilação genital feminina”, em Fevereiro de 2008.
Já assinei.
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