sexta-feira, 1 de junho de 2012

S. Lázaro

Ontem, a CML, através da vereadora da habitação Helena Roseta, invocando o interesse público, chamou as forças de "segurança" para o despejo do prédio da Rua de S. Lázaro, ocupado há semanas por um grupo de pessoas que lá promoviam atividades culturais.
A argumentação da vereadora é a de que a actuação da câmara visa garantir o “direito à habitação” e “disponibilizar o prédio” para que seja atribuído “a agregados familiares efectivamente carenciados”, um requisito que o grupo de ocupas “não preenche”.

A autarca acrescenta que a ocupação ilegal e "abusiva" pode levar à "perda de investimentos aprovados ou a aprovar e ao agravamento de custos, colocando em causa o interesse municipal e os interesses públicos de reabilitação do imóvel, no sentido de garantir habitação atempadamente a quem efetivamente precisa”.

A câmara está a ponderar a inclusão do n.º 94 da Rua de São Lázaro num projecto de reabilitação de casas devolutas camarárias, através do PIPARU (plano de investimento prioritário em acções de reabilitação urbana), sendo para isso necessário que o edifício esteja totalmente vazio de pessoas e bens.

Ora, a CML é o senhorio com maior número de prédios em Lisboa, muitos desocupados, outros sem condições mínimas de habilitidade. Agora ficamos a saber que o prédio da Rua de São Lázaro pode estar num plano de reabilitação. Mas que bom! Pena só agora se terem lembrado dele!

Nada justifica o que ontem se passou e que aqui fica relatado pelo Ricardo Castelo Branco.

2 comentários:

MING THE MERCYLESS disse...

Obrigado sincero
Ricardo Castelo Branco

MING THE MERCYLESS disse...

s 2Obrigado sincero
Ricardo Castelo Branco