A geração Eramus é a que está confrontada com a perspetiva de desemprego. É uma geração que vive uma crise de esperança. Ao mesmo tempo, foi a que cresceu a conhecer a diversidade da Europa através do contacto entre pares. Uma geração que, devido à sua situação desesperante, entende aquilo a que o grande filósofo checo Jan Patocka chamou "solidariedade dos chocados". Este destino comum faz com que a geração Erasmus saiba hoje que o mundo como nós o conhecemos está a chegar ao fim. O que está a começar? O futuro está nas nossas mãos. É tempo de a "geração perdida" de hoje começar a construir uma nova Europa. Precisamos de uma política progressista, que não se baseie na lógica de crescimento, mas numa mudança radical com base nele. Hoje, a única liberdade não é a daqueles que dizem "mais, mais, mais" (mais consumo, mais crédito, mais destruição da Mãe Natureza), mas daqueles com força e determinação para dizer "basta!"
Membros da geração Erasmus, bem sei que estão sem trabalho, repetidamente privados de esperança num futuro melhor, mas, hoje, vocês são a última oportunidade da Europa. Se não forem vocês, quem vai salvar a UE? Quando, se não hoje? Façam-no por vocês e pelos vossos filhos. O "sonho europeu" está nas vossas mãos.
É desta forma que o filósofo polaco Jarosław Makowski termina o artigo publicado no Gazeta Wyborcza, traduzido pela presseurop.
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