Realiza-se amanhã uma greve de professores.
Os objetivos da greve estão expressos nos pré-avisos
entregues:
· Em defesa do horário de trabalho e da sua matriz pedagógica e contra o eventual aumento para as 40 horas semanais;
· Contra os cortes salariais;
· Contra medidas que visam destruir postos de trabalho;
· Pela humanização da escola, pela valorização do currículo e pela redução de alunos por turma;
· Contra os cortes orçamentais na Educação, Ensino e na Investigação Científica;
· Pela qualidade do ensino e pelo futuro dos nossos alunos;
· Em defesa da Escola Pública e das demais funções do Estado.
Esta é uma greve justa. Estão em causa aspetos
importantíssimos para o futuro da educação em Portugal e, consequentemente,
para o futuro do país.
Tal como todos os portugueses, os professores são vítimas da
política de austeridade do governo, das medidas da troika, do ataque aos
direitos dos trabalhadores, do esbulho aos rendimentos dos cidadãos, do corte
de direitos no trabalho, etc., etc..
Mas, neste caso particular, não é só isso que está em causa.
É também uma forma de encarar o futuro de um país.
Um professor é alguém que, para além de exercer a sua
profissão, tem uma função formativa que pode marcar o futuro de um país. O
professor não é mais nem menos do qualquer outro cidadão, mas dele depende muito
do desenvolvimento da nossa juventude.
Os ataques à estabilidade profissional e pessoal de qualquer
professor põe em causa a qualidade do ensino que ministra.
Aqueles que argumentam, como o governo, que esta greve põe
em causa os direitos e a estabilidade dos estudantes são imediatistas e não
percebem que, o que está em causa, é o futuro.
É evidente que nenhum aluno será prejudicado. Não faz exame
amanhã? Faz noutro dia. É melhor do que, num amanhã próximo, poder não ter um
ensino que se possa chamar ensino.
Quantos dos professores que amanhã farão greve têm filhos
que não vão fazer exame? Milhares com certeza. E são piores pais do que os
outros?
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