quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"Novo Dia"


A manhã sobe
na minha vidraça.
Ó penumbra nítida!
Ó claridade!

A manhã rebenta
como explosão.
Salto remoçado
da cama pró chão.

Ó realidade
crescida, sincrónica,
sempre afirmação
só para quem ama!

A manhã vibrou
numa gota fina
suspensa da folha
que à janela assoma.

Que manhã tão fria
me anuncia inverno.
Quanto arrepio
na minha cidade.

Medito na vida
ano após ano.
Um mês repetido
sempre um desengano.

Ruy Cinatti

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