quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O mercado dos livros em Portugal e a Leya

A Leya é, há alguns anos, dona de um conjunto de editoras portuguesas. Algumas delas são editoras de referência. A lista é longa:

Academia do Livro
ASA
BIS
Caderno
Caminho
Casa das Letras
D. Quixote
Estrela Polar
Gailivro
Livros d'Hoje
Lua de Papel
Novagaia
Oficina do Livro
Quinta Essência
Sebenta
Teorema
Texto


Desde que Paes do Amaral comprou estas editoras, assistimos, de uma forma consequente, a uma transformação do mercado livreiro em Portugal. Algumas destas editoras publicavam obras de referência que poderiam não dar lucro, mas que eram obras de referência para a divulgação do livro e de escritores de valor. A Leya passou a considerar o mercado do livro semelhante ao dos telemóveis. Sem deixar, diga-se em abono da verdade, de publicar alguns excelentes autores, o seu objetivo passou a ser o mero lucro. O livro e os leitores perderam.

Agora a Leya passou a apostar na produção de conteúdos digitais e de ensino à distância, em Portugal, e apostar na edição no Brasil.

O editor da Teorema e a editora da Estrela Polar, assim como os dois gestores de marca, o da Dom Quixote e o da Asa, estão entre as mais de 30 pessoas de diversos sectores que o grupo editorial Leya está a despedir desde terça-feira, no Porto e em Lisboa, alegando extinção de postos de trabalho.


O mercado livreiro poruguês sofre mais um grande golpe.

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